Nosso Segredo - Bajifuyu

IV

Matsuno Chifuyu.
4 anos depois.

Todo ano novo eu sinto o mesmo dejavu, hoje é meu primeiro dia de aula e eu sinto como se fosse a primeira vez, há 4 anos atrás, nem parece que agora eu tenho 16...

Me arrumo para a escola e saio de casa feliz, pensando no primeiro dia do segundo ano do colegial, vou para o ponto de ônibus e enquanto o espero, desembolo o fio do meu fone e logo conecto no meu celular para ouvir músicas até o caminho da escola.

Quando chego lá, o ar mudou, era outra coisa, completamente diferente.

Chego e vou direto até Takemitchi, que estava vidrado no celular.

— Eai Take! - digo dando um tapinha no seu braço mas ele não desvia a atenção do celular, então o tomo da sua mão.

Na hora que li com quem ele estava falando quase caí para trás.

(O MIKEY?)

— TAKEMITCHI??? - dou um grito espantado mas não tão alto.

— DEVOLVE! - ele toma o celular da minha mão.

— Agora você vai ter que me contar essa história!!! A-G-O-R-A! - digo cruzando os braços.

— Ai... a gente começou a conversar nas férias... ai meio que a gente foi tomar sorvete e acabou ficando...

— Meu Deus... não sei nem o que falar ... - quando vou falar algo, Mitsuya e Hakkai chegam, logo depois Ryuusei, vem correndo em nossa direção. — GENTE! Vocês sabiam que o Takemitchi ficou com o MIKEY? - digo e todos se entreolham como se já soubessem, então eu olho para Takemitchi. — Eles já sabem né? - digo desapontado.

— Sabem...mas...eu tava com medo de como você iria reagir...sabe, você sempre ameaça brigar com a Toman... - Takemitchi diz olhando para o chão.

— Cara ... - dou uma risada fraca. — Você é meu melhor amigo e escondeu isso de mim por um mês inteiro ... e talvez iria continuar escondendo, eu não me importo se for o Mikey, eu só quero te ver bem, mas eu me sinto traído. - digo dando as costas, vou até o banheiro e me tranco em uma cabine.

Coloco meus fones ignorando as notificações de todos perguntando onde estou, decido então sair da escola, saio do banheiro e vou para os fundos da escola, lá tinha um muro sem cerca que era baixo, então joguei minha mochila por cima e o pulei, passei o dia inteiro na rua, andando por ai, bebendo, meu ponto fraco é a falta de confiança, ainda mais quando vem de seu melhor amigo, as unicas pessoas que eu sinto que posso contar são eles, principalmente o Take...

Na hora de voltar para casa, minha mãe me liga, a casa estaria vazia pois ela ia viajar a trabalho, ela ganhou uma promoção, mas o que eu não sabia era que a Sra Baji também.

— Alô filhote?? - minha mãe diz.

— Oi mãe, tudo bem? Já chegou em Miami? - digo.

— Sim, eu e a Sra Baji, mas esqueci de te falar, ela não quis deixar o Baji sozinho pois o lugar que eles moram é meio perigoso, então ele vai ficar ai em casa, já que é em um apartamento em
uma região mais segura, tudo bem?

(era só o que me faltava...puta que pariu)

— Tudo sim mãe.

Minha mãe passa o celular para sua amiga.

— Alô? Matsuno?? - a mãe de Baji diz.

— Olá! Sra Baji?

— Isso! Só vou te falar pra você ir com o Baji ai depois da escola junto com ele pra casa dele já que ele não sabe o caminho da sua, ele precisa pegar algumas roupas, tudo bem? Ele já está avisado.

— Tudo bem, pode deixar!

Ela passa o telefone para minha mãe enquanto eu começo a caminhar de volta para a escola.

— Tchau mãe!

— Tchau filho, eu depositei um dinheiro na sua conta se precisar comprar alguma coisa, se cuida! - ela desliga.

Em poucos minutos chego na porta da escola, ainda com a garrafa na mão, passo reto por Takemitchi indo até Baji.

— Eai.

— Por que você tá bebendo? Não são nem uma da tarde. - Baji diz me repreendendo.

— Foda-se cara, só vamos logo. - digo revirando os olhos e então ele me puxa pela manga se despedindo de seus amigos.

Andamos em silêncio o caminho inteiro, quando chegamos, ele abriu a porta e eu entrei.

— Espera aqui na sala. - Baji disse subindo as escadas.

Eu me sentei no sofá, peguei meu celular que estava vibrando e atendi.

— Chifuyu! Onde você tá? estou na porta do seu prédio e o porteiro disse que você não está aqui! - era a voz de Takemitchi que provavelmente não estava sozinho, nesse meio tempo, Baji desceu com uma mala e eu me levantei.

— Já já eu estou chegando. - desligo o celular e me viro para Baji. — Eu peço um taxi para te poupar da humilhação de ter que ficar andando pra cima e pra baixo com essa mala.

— Pra me poupar ou porque você mal consegue andar de tão bebado? - Baji disse tomando o celular de minha mão o enfiando em seu bolso. — Eu peço, sem problema nenhum, afinal, se for pela mala, ela é minha.