XXV

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Matsuno Chifuyu.

Tudo bem, para mim sempre foi uma bobeira enorme tudo aquilo de gangues, tipo, como assim você precisa chamar sua "ganguezinha" para bater em alguns manos? Mesmo assim, eu faço isso para o Baji, já que aqueles caras vão chamar a "ganguezinha" deles, nada mais justo!

O Keisuke é uma pessoa doce, depois de ser incrivelmente bruto, a gente se completa, mesmo sendo muito parecidos, temos diferença que importam mais que as semelhanças.

Eu não acredito que tevê alguém capaz de fazer com que eu deixe meu ego de lado e me sinta livre para amar e gostar de alguém em paz, eu não digo "eu te amo" como um peso, e sim como uma necessidade.

Foram anos comentando sobre cada passo da vida dele, falando mal dele a cada oportunidade, como ele fazia o mesmo, nos dois se conheciamos tanto mesmo sem ter tido nenhum conversa antes, a única certeza de toda minha vida, é que é ele.

Naquele dia que eu ajudei um nerd a escrever "tigre" e a gente dividiu depois da aula um Yakissoba, acho que todo o destino foi traçado, mesmo ele tendo saido daquela escola naquela mesma semana, e eu nunca mais tinha o visto.

Sabe o que é estranho? eu sempre tive admiração por ele, mesmo naquela fase de disputa, eu sempre observei de longe e ele sempre foi o tipo de cara que alem de tomar as dores dos amigos, vai atras de quem precisar.

Talvez todas as merdas que eu fiz até agora, renegando esse sentimento, foi para nos afastar, no fundo minha parte racional dizia que não a todo instante, mas nada grita mais alto que o coração.

Bom, chega de tantas declarações!

Outro dia se passou, segui minha rotina, acordei, escovei os dentes, tomei banho e me arrumei para a escola, sempre perfumado e o cabelo arrumado.

Ah, esqueci de avisar que minha mãe ganhou um extra enorme e me deu uma bike motorizada, não é tão nova, nem tão rapida, mas acho que vou começar a trabalhar para comprar uma moto.

Então eu dei tchau para ela, peguei minha bike e fui para a escola, cheguei lá e o mesmo de sempre, falei com meus amigos, demos risada, mas a todo instante mantia meus ouvidos atentos e meus olhos na porta, esperando pelo barulho da moto de Baji.

Ele não chegou.

E eu besta de esperar ele acabei chegando na sala depois do sinal, o que fez aquela vaca estressada quase me xingar.

Abro a porta.

— Licença. - digo entrando.

— Matsuno, você, sempre você, quando não falta, chega atrasado, ou então, cabula as aulas, sua sorte é tirar notas muito altas, por que se não eu já teria te reprovado de tanto que eu não te aguento mais. - enquanto ela diz apagando a lousa eu me sento.

(Vai se foder, são oito da manhã e essa cachorra latindo.)

Pego meu celular escondido e mando uma mensagem para Baji.

(Nossa, ainda não mudei o contato dele)

- cade vc porra.
enviada

Desliguei o celular colocando em meu bolso.

Passei todas as aulas esperando ele me responder, no intervalo, liguei e ele não atendeu.

Quando o ultimo sinal toca, saio da escola, infelizmente não posso mais cabular e nem faltar porque estou na risca para a reprovação por falta...

Vou até a casa de Baji, vendo sua moto na porta, toco a campainha. Mas quem abre é Kyoko.

— Matsuno! Que bom te ver! - ela me abraça.

— Sra. Baji? A Senhora não foi trabalhar?

— Meu querido Keisuke está quase convulsionando de febre, eu estava prestes a levar ele para o hospital mas a febre acabou baixando...Ah, e dispenso formalidades, Matsuno, pode me chamar de Ryoko! - ela diz meio brava.

— Ah, entendi...bom, se a senhora- se você quiser eu posso ficar com ele! Hoje é sexta mesmo.

— Matsuno! Obrigada Querido! Qualquer coisa é só me ligar. - ela diz se arrumando e pegando sua bolsa.

Vou até o quarto de Keisuke.

— Baji? - digo sentando na beira da cama.

— Eu estava esperando por você! - ele diz com dificuldade.

— Como assim me esperando? Pra que? Seu funeral? - digo e ele sorri.

— Não, eu sabia que você iria se preocupar.

— Mas eu não to preocupado, idiota.

— Então o que veio fazer aqui? - ele cruza os braços.

— Vim devolver a calça que a blusa que você me emprestou aquele dia.

— Ah então onde está?

— Eu acabei esquecendo e...tá! eu fiquei preocupado, mas não tanto quanto você imagina.

Ele me da um selinho caloroso.

— Acho que tudo isso da Tomam, Ryuusei, vem me estressando, como ainda estamos planejando quando bater neles, eu não tenho o que fazer para aliviar meu estresse.

(Se você tivesse condições eu dava uma aliviada nessa tensão...)

Dou um sorriso de canto perdido em meus pensamentos e ele faz uma cara de desentendido.

— Que foi?? - ele ergue a sobrancelha.

— Nada, você precisa estar bem para o dia da luta, Mikey deveria tentar derrubar gangues menores para ganharmos capachos, não acha? - digo colocando a mão no queixo.

— Mas é isso que ele pretende fazer, hoje a noite.

— Mas então você só me diz isso agora? Que capitão meia boca hein! - cruzo os braços.

— Eu acabei esquecendo, achei que te contariam hoje.

— Acho que o pessoal esqueceu, bom, já que você não vai- digo e ele me interrompe.

— Como não vou? logico que vou, você ta maluco???

— Não vai, você não ta bem, eu vou cuidar de você e depois vou. - digo colocando a mão em sua testa para medir a febre, que ainda estava alta.

— Ta! Então me honra e vai com a minha moto.

((N/A: gente desculpa por ter ficado quase 1 ano sem aparecer aquii!! eu me esqueci completamente!!!! amo ler os comentários de vocês, espero que os meus favs aparecam por aqui! 🩷))

Nosso Segredo - BajifuyuOnde histórias criam vida. Descubra agora