IX

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Matsuno Chifuyu.

Eu dormi nas quatro aulas, e quando deu o intervalo, Hakkai tentou me acordar de todas as maneiras possíveis, mas falhou miseravelmente...

Todos já haviam saído da sala, só estava eu lá, mas de repente escuto passos de alguém entrando na sala e se sentando na cadeira da frente virado para mim, eu estava o ignorando até que as primeiras palavras são proferidas e eu reconheço a voz na hora.

— Chifuyu. - era a voz firme se sempre que me fez abrir o olho no mesmo instante, levantando minha cabeça devagar, era ele ali, o tal do Keisuke Baji.

— Ah, o que você tá fazendo aqui? - digo.

— Eu não faço a menor ideia do que se passa na sua cabeça do mesmo jeito que eu imagino que você não faz a menor ideia do que se passa na minha, mas eu sei que você sabe uma coisa. - ele diz me olhando fixamente o que me faz abaixar a guarda prestando atenção em cada palavra sua, pois não fazia ideia do que ele estava falando.

— Como assim? - pergunto.

— Você sabe que eu sempre gostei de furar fila. - ele diz aquilo colocando a mão na minha nuca me puxando para um beijo.

No exato momento que minha boca tocou na dele, parece que meu corpo tomou um choque, foi uma das melhores sensações que eu já tive em toda minha vida, meu corpo extremeceu, formigando por completo, mas eu logo me afastei e o olhei nos olhos, eu não podia acreditar que aquilo era real, um desejo que eu tornei cego caiu completamente a tona agora...minha feição era completamente diferente, a dele também, então não exitei, me levantei e segurei em sua nuca me curvando retribuindo o beijo.

Apenas uma mesa de distância, mas aquele sem dúvidas foi o melhor beijo que eu já vivenciei, era lento, delicado, a sincronia perfeita, entrelacei meus dedos em seus cabelos macios mas logo nos afastamos do beijo, ainda continuamos próximos mas ele se levantou voltando até mim, me dando um abraço apertado, aquilo me fez ficar mais vermelho que eu já estava...como saímos de um ódio extremo para isso?...

Assim que nosso abraço chega ao fim, eu tento me estabilizar, olho em seus olhos e digo.

— Esse vai ser o nosso segredo.

— Por que quer manter isso no sigilo? - ele pergunta.

— O que ninguém sabe, ninguém estraga. - eu digo passando pelo mesmo e saindo da sala.

O que caralhos foi isso?

Assim que saio da sala, vou para o pátio encontrar meus amigos, e para a minha surpresa, estão todos juntos, em uma mesa conversando, então me sento, logo Baji chega e se senta de frente para mim.

— Mat, peguei uma maçã pra você! - Takemitchi diz sorrindo.

— Obrigado Take, mas estou sem fome! - digo dando um sorriso.

— Você não comeu nada hoje. - Baji diz.

— Eu vou almoçar depois, eu realmente não estou com fome.

— Então, Chifuyu, quando você não estava aqui, Mitsuya nos chamou pra ir na casa dele, mas dessa vez você vai ter que ficar até o final da festa! - Draken diz passando seu braço ao redor de Emma que estava sorrindo com as bochechas vermelhas.

— Tudo bem, que horas?

— Umas quatro, quatro e meia...só não chamo vocês direto da escola porque eu preciso dar uma arrumada lá ainda. - Mitsuya disse.

— Certo! - digo dando um leve sorriso.

Todos voltaram as suas respectivas salas, a aula foi passando e a única coisa que eu conseguia pensar era realmente em tudo que aconteceu...

Quando o ultimo sinal bate, pego minhas coisas e vou até a saida esperar Baji, ele logo chega, nos despedimos de nossos amigos e vamos até o ponto de ônibus.

O Mitsuya mora muito longe? A gente podia pegar minha moto né? - Baji disse.

— Pior que sim, você tem uma moto?

— Sim, eu não consegui pegar ela aquele dia por causa da mala que era muito grande. - assim que Baji conclui, o ônibus chega.

— Vamos até lá então. - digo subindo e ele logo sobe atrás.

Dessa vez, sentamos um ao lado do outro, e seguimos o caminho conversando, até que enfim chegamos em sua casa.

Ele tira a chave de casa do bolso, abre, entra e pega a chave de sua moto, ele tranca a casa novamente e abre a garagem.

Ele coloca sua mochila no baú, monta na moto e tenta dar partida.

— Tanque cheio, que sorte a nossa. - Baji diz tirando a moto da garagem. — Sobe ai, cuidado com o escapamento. - ele diz e eu subo, colocando, ele prende seu cabelo, fecha a garagem e acelera.

Ele tira a moto acelerando e eu seguro em sua cintura.

Em pouco tempo chegamos em casa, ele estaciona a moto e entramos, assim que entramos, assim que a porta se fecha, jogamos as mochilas no chão e vamos um em direção ao outro, ele me encosta na parede segurando minha nuca e eu o puxo pra perto pela sua cintura, paramos por alguns segundos para se olhar, e em seguida subi minhas mãos para seu rosto enquanto ele as desceu me pegando no colo, ele me sentou na mesa, me puxando pela cintura, ele desceu seus beijos para meu pescoço, lugar que eu temia que ele deixasse alguma marca, porém, enquanto estávamos lá, com nossos corpos colados, eu sinto meu celular vibrar, Baji se afasta enquanto eu atendo.

— Alô?

Nosso Segredo - BajifuyuOnde histórias criam vida. Descubra agora