Já era dia. O sol iluminava as brechas daquela mata repleta de árvores de todos os portes. Estavam bem, não tão confortáveis naquele solo desarmônico, porém durante toda a noite dormiram despreocupados com qualquer perigo que ali fosse existente.
Emanuel foi o primeiro a abrir os olhos e questionar o que seria aquelas penas que subitamente saíam desenfreadas junto ao vento. Algumas haviam se prendido no longo cabelo de Cecília, se pôs a tirá-las enquanto ainda estava desacordada.
_Tudo é tão calmo enquanto dorme serena. Meu receio é que se vá ao enxergar a dura realidade!_ ele dizia em baixa voz.
Pensou em colher algumas frutas. Daquelas que ainda não sabia o nome, mas reconhecia o sabor adocicado sem igual. Pôde visualizá-las perto dali, assim observaria Cecília que não se assustaria caso acordasse.
Foi até elas e colheu na proporção que satisfez seu paladar, também levou algumas para sua esposa que acordava naquele instante.
_Está bem?_ sentou-se ao lado dela e perguntou.
_Acho que sim_ forçou um sorriso.
_Tome!_ ofereceu as frutas que trouxe.
Cecília as saboreou, realmente eram deliciosas e serviram para acabar com a fome que sentia.
_Minha esposa estava faminta_ ele afirmou, ela sorriu.
_Precisamos pedir ajuda para alguém!_ voltou-se a ele séria. Emanuel não disse nada, mas deixou transparecer em seu rosto uma certa insatisfação_ Meu marido sabe que não podemos viver aqui. Então é melhor procurarmos auxílio desde já!
_Minha esposa não vê que não temos a quem recorrer?_ a encarou.
_Meu marido bem sabe que quem procura acha! Se não quer vir, fique!_ saiu desenfreada sem rumo certo, bufando de raiva.
_Cecília, espere!_ teve que ir atrás dela. Quando a alcançou a puxou pelo braço_ Não fuja de mim como se eu fosse um inimigo seu!
_Por que se comporta como um? Oh céus, como eu queria que fosse a meu favor, não contra mim!_ se desesperou.
_Por acaso estou eu prejudicando a minha esposa?_ indignou-se.
_Sim, meu marido pede algo que confronta a minha sanidade!
_Tem razão! O luxo te atiça e aqui não há nada que lhe satisfaça_ revoltou-se.
_Se lhe desagrada, romperemos então!_ disse com lágrimas nos olhos. Mesmo com aquela afirmativa falsa de seu marido, não desanimaria no seu querer em sair dali.
_Isso nunca!_ assustou-se. Aquilo era o querer dela? Não poderia nem sequer imaginar-se longe de Cecília.
_Não posso ficar aqui!_ disse chorando.
_Okay, minha esposa terá o que deseja!_ entre ela e seu ego seu amor interveio. Seria louco se deixasse ela aos prantos ali, desprovida de um abrigo. Ou se a deixasse sair solitária. Pensando bem, concluiu estar equivocado com sua ideia, melhor seria pedir ajuda e garantir um abrigo_Vou contigo!
_Finalmente seus olhos se abriu!_ sorridente o abraçou_ Não poderia suportar a ideia de viver com esse confronto infindável!
_Meu amor me obriga a viver segundo a sua vontade!
XXX
A estrada era longe dali. Resolveram seguir um caminho diferente, que levaria menos tempo. Viram o fim daquela mata, havia uma estrada asfaltada mostrando que aquele era o limite. Uma casinha era a única por ali, naquela imensidão monótona de uma pista parecendo não ter fim.
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Na esperança de um caminho certo
FantasyDiante tanta angústia nos "corações perdidos" não abandonaria seus filhos ainda amados. Esperança soa a espera... Todos nós aguardamos algo, um ser, um acontecimento. Mas despertar-se para o agir sempre será o caminho certo. Um jovem casal que desfr...