Capítulo 12: "Bem-vindos a Borborema"

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— Senhor meu e meu Deus! Tu és digno de receber glória, honra e poder para todo sempre!— Gabriel dizia suas primeiras palavras a Deus antes de receber a mensagem— Faça-me capaz de compreender com clareza a mensagem que me dirá agora mesmo.

—Gabriel, Gabriel! O que tenho a lhe dizer é verdadeiro e certo. Ouve e entende o que o Espírito Santo tem a lhe revelar, pois é chegada a hora em que aqueles destinados a serem Meus servos se libertarão do equívoco que os uniu. Sabias que era necessário que ocorresse o erro em Christopher e que através do erro fosse revelado um grande mistério. Após passar um curto prazo tudo será posto em claras, deverá então apresentar-lhes o primeiro passo do manual de correção. Nesse tempo aparecerão os últimos escolhidos entre os sete que propus serem Meus servos. Assim concordarão entre todos que a melhor maneira de despertar os corações humanos para a verdade é através da comunicação na forma escrita. Não haverá mais confusão entre Meus servos e nenhum tipo de erro, peleja, desunião e dúvida desde então. Estas são as palavras que deve guardar para si e só. Digo tudo isso para que não fique alheio aos acontecimentos que deverão ocorrer.

Terminou Deus com aquelas palavras. Assim Gabriel se pôs a agradecer diante aquela revelação. Logo, foi até onde estavam os outros. Pareciam agitados com algo indesejável que ocorrera.

—Tome-o, Gabriel. Diga a ele toda a grosseria que merece ouvir, pois fez com que as pessoas saíssem sem grandes mudanças— Christopher se frustrara com Emanuel. Por isso não se inibiu em dedurá-lo para o anjo.

—Do que Christopher está falando, Emanuel? O que houve de errado?— perguntou consciente de que realmente tinha sumido todo o aglomerado de carros.

—O erro foi me obrigar a falar palavras educadas que fizesse dezenas de pessoas saberem que somos "especiais" e que estamos livres para orientá-las para o caminho certo— já estava nervoso com a pressão que antes haviam feito e agora, ao desabafar, colocara tudo pra fora com tom alto— Achavam mesmo que acreditariam? Eles não passam de uns esnobes que se preocupam apenas em como ganhar dinheiro e abastecerem suas futilidades.

— Não, Emanuel! O que lhe atrapalhou foi seu jeito grosseiro de falar com as pessoas— Christopher interveio, deixando claro seu descontentamento.

— Sim, Emanuel! Deveria ter se acalmado quando começaram a questionar nossa presença— foi a vez de Cecília dar sua opinião que deixou Emanuel decepcionado.

— Eu não vejo problemas nisso, okay?— Jeremias se pronunciou— O jovem não tem experiência para alertar as pessoas do erro, assim como qualquer um de nós, que fomos chamados para essa tal missão, também não temos.

— Se acalmem! É lamentável perdermos essa oportunidade, mas ainda não é o fim. Estamos no começo e teremos mais oportunidades pela frente— Gabriel disse aliviando Emanuel da culpa.

Ainda prosseguiu Gabriel, dizendo que o primeiro destino de todos era Borborema, uma pequena cidade que na sua maioria habitava pessoas idosas. Essas estavam presas a um engano que custou o não progresso daquele município. Lá aconteciam diversas coisas sobrenaturais e muitas lendas se faziam reais nas pobres cabeças dos habitantes manipulados por aquela doutrina macabra. Assim, eles deveriam ajudá-los a trilhar o caminho da verdade, o caminho certo que libertaria aquela gente desprotegida.

Chegando ao local, avistaram uma placa de boas vindas com letras bem visíveis. Porém, logo abaixo, estava escrito uma frase que deveria assustar qualquer visitante: "Aqui se vive o terror".

Era bem estreita a estrada de terra que dava acesso as primeiras ruas da pequena cidade. As casas eram em sua maioria feitas de madeira, algumas precisavam de uma boa reforma e outras se mostravam bem imponentes. Não eram muitas, deveria ter no total umas 30 casas naquele lugar que não se mostrou ser assustador até que desceram do automóvel.

Na esperança de um caminho certoOnde histórias criam vida. Descubra agora