Capítulo 7

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Olha o bonde da insônia chegando!

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POV JENNA

Fiquei jogada na cama como uma estrela do mar, olhando para o teto. Eu não fazia ideia do que fazer para arrumar a confusão que eu fiz. Eu poderia ir para LA, é, eu tinha que ir para LA. De Londres para Los Angeles são mais de onze horas de voo, amanhã eu estou de folga, mas sábado eu gravo, e domingo estou de folga. Merda, se pelo menos a gravação de sábado fosse cancelada. Esfreguei minhas mãos no meu rosto, eu precisava ser realista. Não tem como eu ir para Los Angeles e eu vou ter que consertar essa burrada daqui mesmo.

Meu telefone começou a tocar sobre o colchão e eu levei um susto, peguei o aparelho e vi o nome da minha mãe no visor.

- Nem fodendo que eu vou atender.

Larguei o telefone de lado e esperei que caísse na caixa. E logo uma mensagem chegou, não abri a conversa, apenas li pela notificação, era da minha mãe.

"Uma hora você vai ter que aparecer em casa"

Respirei fundo, isso era tortura psicológica. Eu sei, eu tenho vinte anos, já pago as minhas próprias contas há um bom tempo, mas eu ainda tenho um medo da porra da minha mãe. E agora a raiva dela se uniu a raiva da Emma e isso virou tipo um Megazord.

- Eu tô muito fudida – fechei meus olhos e tentei me convencer que aquilo era um pesadelo, mas não era e estava bem longe de ser.

Peguei meu telefone novamente e abri as mensagens, nem sinal da Isabel. Por algum motivo eu realmente acreditei que ela fosse convencer a irmã de falar comigo ainda hoje. Pelo amor de Deus, Ortega, esqueceu como é a sua namorada? Nesse momento ela provavelmente não quer me ver nem pintada de ouro e eu não duvido nada de amanhã realmente chegar um caixão na portaria do prédio da Emma que ela comprou pela Amazon. Será se a Amazon vende caixão?

Abri o site de uma loja que eu conhecia, era a mesma que eu havia entrado na véspera do meu voo para Londres e onde comprei as orquídeas brancas que dei de presente para a minha mãe de dia das mães. Assim que abri o site um buquê me chamou a atenção, era um buquê de rosas Argentinas, vermelhas, brancas, rosas e amarelas, ele era colorido e vivo, as rosas maiores do que as convencionais deixavam o buquê ainda mais bonito e chamativo. Escrevi o endereço da Emma como endereço de entrega, e me concentrei para esquecer um bilhete em poucos caracteres.

"Meu amor, parabéns pela Pip, eu sabia que você ia conseguir, me desculpa por não estar com você nesse momento. Eu te amo, me desculpa, eu sei que pisei na bola. Eu te amo muito.

Ass: Babycakes"

Coloquei os dados do meu cartão e depois que a conta finalizou, só me restava uma coisa: esperar. Esperar foi a coisa mais difícil de fazer, porque minha mente não me permitia descansar, mas eu fui vencida pelo cansaço quando o dia estava amanhecendo, pelo menos é a única coisa que eu lembro antes de ser acordada pelo meu celular tocando ao meu lado.

Olhei no visor e vi a palavra Amor na tela. Tinha dado certo, nem acredito que as flores tinham dado certo.

- Alô, amor? - Atendi o celular eufórica.

- Me Desculpa, eu sei que pisei na bola, eu te amo muito – ela falava de forma monótona e logo reconheci as palavras que coloquei no cartão – é sério que você achava que ia consertar a merda que você fez com um buquê e um cartão digitado, Ortega?

O seu tom de voz deixava claro para mim que as flores foram uma péssima escolha.

- Baby, por favor, me escuta.

The Blue House (JEMMA)Onde histórias criam vida. Descubra agora