Capítulo 22

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Pobre da Mya pagando todos os seus pecados dessa curta vida.

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POV JENNA

Parei meu carro na frente da casa dos meus pais e só o carro da Aliyah estava parado em frente a garagem. Em qualquer outra hora eu sentiria pena da caçula da família Ortega, mas não nego que me diverti um pouco com seu desespero.

- Aliyah? – Chamei ao abrir a porta da casa.

- TIA – Ouvi Cash gritar ao meu ver em pé sobre o sofá.

- Desce daí – falei arqueando a sobrancelha e ele obedeceu imediatamente – não é para ficar em pé no sofá, sua avó já falou isso.

- Desculpa.

- Oi, Tia – DJ falou sentado na poltrona caramelo do meu pai, de pernas dobradas, calminho, assistindo a algum filme de super-herói.

- Oi, meu amor – curvei meu corpo e deixei um beijo no topo da sua cabeça – e você? – Empurrei Cash no sofá, obrigando-o a deitar e comecei a fazer cosquinhas.

- Para tia – o menino gargalhava tentando proteger a barriga.

- Tá aprontando e deixando a tia Aliyah louca, né?

- Eu não – ele respondeu rindo.

- Sei, sei. Cadê a Aliyah? – Perguntei olhando para os dois meninos.

- Tá dando banho na Mya, tia, no banheiro do quarto da vovó – DJ respondeu.

- Vou lá, e você se comporta – apontei para Cash que fez uma careta com a língua para fora.

DJ e Cash são completamente diferentes, DJ é o lord inglês da família latina, como meu irmão Isaac costuma falar, ele é uma criança calma, centrada, compreensiva, já Cash era um verdadeiro furacão.

- Aliyah? – Chamei abrindo a porta do quarto dos nossos pais.

- No banheiro – ela falou.

- Pensei que fosse encontrar um tornado dentro de casa.

- Nem brinca, Jenna. Joguei água benta e ele se acalmou. Pega a toalha pra mim? – Peguei a toalha da Mya presa no pegador da parede.

- Idiota - ri. - Aqui. Oi, gatinha – falei para a minha sobrinha que deu um gritinho agudo e bateu as mãozinhas na água.

- Obrigada. Vamos sair, princesa?

- As crianças já almoçaram? – Perguntei enquanto Aliyah tirava a nossa sobrinha da água um pouco sem jeito.

- Não, enfiei salgadinho no Cash pra ele calar a boquinha – eu ri e balancei a cabeça negativamente – mamãe vai chegar para fazer o jantar.

- Tá, vai colocar a Mya pra dormir?

- Vou, preciso fazer o leite dela ainda – Aliyah falou com cara de choro e eu ri.

Nem eu e nem minha irmã sabemos como cuidar de crianças, não somos os mais velhos e a nossa diferença de idade é pouca, mas na hora do sufoco, a gente tenta ajudar com os nossos sobrinhos. E hoje era o dia do sufoco.

- Termina de arrumar a Mya, vou esquentar o leite dela e fazer algum sanduíche para os meninos.

- Beleza.

- Não esquece de passar pomada, a menina ficou toda assada da última vez que você trocou ela.

- Vai a merda, Jenna.

- Olha a boca na frente da criança – empurrei a cabeça da Aliyah fazendo Mya rir.

Antes que minha irmã conseguisse revidar com um tapa, eu dei um pulo para fora do banheiro, rindo. Voltei para sala, DJ continuava na mesma posição, enquanto Cash assistia do sofá, deitado de cabeça para baixo. Fui até a cozinha e vim as opções na geladeira. O lance com os meus sobrinhos é o seguinte: não importa se tem trinta mil opções, você dá duas e eles lidam com isso.

The Blue House (JEMMA)Onde histórias criam vida. Descubra agora