❝𝗛𝗪𝗔𝗡𝗚 𝗛𝗬𝗨𝗡𝗝𝗜𝗡, um aclamado modelo desde a infância, enfrenta uma realidade sombria por trás dos holofotes. Enquanto lida com a pressão e o sucesso, ele se vê aprisionado em uma família narcisista que o força a esconder sua verdadeira id...
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— Está ótimo Hyunjin – Falou o fotógrafo abaixando sua câmera — Acabamos por hoje.
O som de palmas soou no local com eco, o som de colisão foi começado por Hyunjin, que logo foi acompanhado dos membros da equipe de produção. O Hwang estava com um sorriso bobo em sua face, não o mesmo de quando saiu da sua casa, mas se assemelhava. As pessoas que estavam ali não sabiam como ele era tão energético e tão alegre pela manhã, muitas das vezes, faziam cochichos entre si. Diziam que ele o forçava para parecer simpático, bom, não era mentira. Mas também, não era uma verdade absoluta.
Na mente de Hyunjin, ele não estava cansado, ele não sentia fome e ele não estava triste, nem com o psicológico estragado. Ele não sentia nada além da euforia e alegria, ele sentia que precisa andar para um lado e para o outro, que precisava sorrir por motivo algum. Se ele se lembrasse do que acontecia quando estava sóbrio, ele com certeza diria que ele parecia um louco. Mas, ele era um louco, um louco viciado. Um louco que ninguém ia querer ter ao seu lado se soubesse da droga que ele usava para fugir de sua realidade fútil.
— Querido – Chamou sua mãe enquanto mexia no celular — Vamos para casa. Você precisa se arrumar para uma entrevista e a... – Respirou fundo para não soltar um palavrão, não queria ter sua reputação de elegante jogada no lixo — A ajudante não veio hoje. Então terá que se arrumar lá.
O garoto apenas assentiu sorridente. Um sorriso idiota.
— Claro, mamãe – Falou assim que pegou sua bolsa. Os dois foram andando em direção a saída do estúdio.
— Ah, você fica ótimo assim. Continue Hyun, você só terá a ganhar, meu amor – Segurou na mão do loiro. Ah, ele gostava desse afeto, fazia tanto tempo que ele não sentia isso. Ele amava quando sua mãe pegava em sua mão. Mas, porque ele ainda se sentia vazio? Talvez porque ele no fundo de toda sua ilusão, ele sabia que aquele afeto era falso, assim como ele.
Já no carro, a situação estava diferente. Ele agora se encontrava encostado no banco, seus lábios estavam secos e ele suava frio. Seu mundo de faz de conta estava desabando e ele não podia fazer nada até chegar em casa.
— Já... Já estamos chegando? – perguntou baixo, sua voz tremia. Mal saia de seus lábios esbranquiçados.
— Ah querido... Aguente mais um pouco – Falou sua mãe enquanto no banco da frente, junto com seu motorista particular — Você vai ficar bem, quando chegar em casa vai poder fazer o que quiser...
" Irá poder morrer quando chegar em casa. Até lá, haja como a pessoa que todos pensam que são. " Hyunjin entendeu. O efeito do êxtase já havia ido embora. Com isso, os efeitos colaterais vieram, cada vez mais fortes do que antes, cada vez mais insuportáveis.
