Os dois entraram na roda gigante.
É como um cubículo só que de vidro com assentos estofados, como se fosse sofá.- Essa roda gigante é uma das maiores que tem — ele diz olhando para baixo e os arredores, vendo o brinquedo subir cada vez mais e mais.
- Eu acho que é uma péssima hora para dizer que eu não sou tão fã de altura — os seus olhos estão em seu colo, mas estão fechados por conta do acontecimento que está ocorrendo.
- Tem medo de altura? — ele perguntou levemente preocupado. Se for uma fobia pode acabar trazendo uma ansiedade muito grande no corpo, e se passar mal? O que ele vai fazer se isso acontecer?
- É esse tipo de roda gigante, não confio muito nesse brinquedo. Se quebrar ou qualquer outro tipo de situação acontecer... podemos cair, de um lugar bem alto e espatifar no chão. Tirando isso eu sou bem de boa — ele soltou uma leve risada.
- Posso ir aí? — você assentiu com a cabeça envergonhada. O homem sentou-se ao seu lado, vendo a paisagem do lado de fora. — Olhe — ele apontou com o dedo indicador, porém continuou olhando para ele, sem perder o foco para o lado de fora. — Confie em mim, olhe para lá — e de forma lenta, foi virando a cabeça, vendo a paisagem. Konoha em meio ao céu amarelado.
- É bonito — comentou sem ligar do objeto ainda subir. Ele repousou a mão no colo dele, sentindo que o clima ficou mais suave.
- É a nosso lar.
- É... eu amo Konoha. Esse céu vai ficar assim por bastante tempo, nessa época o sol demora a se pôr, parece até que não quer ir embora, não quer dizer adeus.
- Pelas nove da noite chuto que ele irá se despedir. Já esqueci que olhar para o céu é terapêutico. É algo tão natural, mas tão bonito — você o olhou.
- O melhor que o céu nunca é o mesmo, nunca saberemos como será o ele de amanhã, sendo que na real, nem sabemos se vai existir um amanhã.
O brinquedo parou com eles no topo, contemplando a vista dos prédios em meio ao céu. Ficou um rápido silêncio agradável, que foi quebrado pelo rapaz.
- Parece pensativa.
- E de fato estou. Gostaria de saber por que não aproveitou e viu uma nova secretária por exemplo, ainda tem a chance de fazer isso. E não precisa dizer que é por conta de já saber a rotina e afins, isso a pessoa se acostuma fácil.
- Está dizendo indiretamente que quer ser demitida? — perguntou com um sorriso travesso nos lábios.
- Claro que não, bobo — deu um leve empurrão pelo ombro. — Gostaria de saber se considerou outra opção, me substituir já que fui secretária do seu irmão por um bom tempo, e não sua. Não passei pelos seus testes e tals.
- O café no começo era meio que um teste.
- Quê?
- Eu não me importo muito com a temperatura do café, depende do meu dia e do meu humor.
- Entendi. Me diga qual você vai querer a depender do seu humor — ficaram mais alguns segundos em silêncio.
- Posso contar uma coisa?
- Vai em frente.
- No começo estava louco para que Kankuro voltasse, mas com o passar dos dias, quis que ele ficasse lá para sempre, para eu não precisar voltar para casa e trabalhar somente eu e meu computador. Meu eu do passado acharia engraçado o pensamento do meu eu de hoje, de ligar para o seu irmão e dizer que ele pode descansar mais, para poder ficar na empresa com pessoas que mal conhece. Porém me acostumei rápido demais, e entendi o motivo dele gostar tanto daquele ambiente.
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𝐂𝐡𝐞𝐟𝐞 - 𝐆𝐚𝐚𝐫𝐚 𝐱 𝐥𝐞𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚
Hayran KurguTrabalhando por mais de dois anos na empresa Sabaku, você falou para si mesma que nunca iria se apaixonar pelo chefe. ...Isso mudou com a chegada do seu chefe temporário.