Capítulo 3

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Os raios solares que adentram pela sua janela, acariciando sua pele.
Não se lembra de ter deixado a janela aberta, mas deve ter ocorrido na noite anterior. Apesar que os raios solares atravessam o vidro direito.

Coçou um de seus olhos.
Hoje é sábado, um sábado depois de longos dias até tudo estar pronto.

- Até tudo estar pronto... pronto... — resmungou consigo mesma. Tem alguma coisa importante hoje que não se lembra ao certo.

Olhou para o seu despertador, vendo que já é de tarde. Realmente aproveitou desse dia extra para dormir e recuperar bem as energias. Mas... por que está folgando no sábado sendo que geralmente trabalha em todos? É um extra que acontece a maioria das vezes.

Oh... sim. Hoje é o casamento de seu chefe com uma modelo famosa no qual ele namorou por seis anos.
Puxa, seis anos é bastante para um relacionamento, ainda mais de gente famosa.

- O casamento! — se levantou, lembrando-se que o dia passa rápido, e boa parte dele já se foi. Se levantou da cama já indo se arrumar. Não pode se dar ao luxo de começar a se arrumar tão tarde, já que a comemoração será no início da noite. — Minha nossa, como eu dormi até às três da tarde?

Resolveu comer alguma coisa, seguindo de escovar os dentes e um bom banho. Convidados chegam antes dos noivos, e isso é óbvio. Para você o tempo sempre passa voando, além de que, gosta de enrolar às vezes, o que não facilita.

Hoje, por uma vez, quer estar arrumada antes, sem contar com o trânsito, que deve estar mais cheio pelo fato de ser final de semana.

Ino lhe emprestou um vestido verde e longo, com mangas longas.
Se sentou olhando para o espelho, onde ficou um bom tempo resolvendo o delineado.

Foram seis erros, que só a fizeram perder a paciência. Quase, por um triz pensou em ir de cara limpa, mas todos devem estar bem arrumados então voltou.

Sete é o número da sorte.

Tirando as pausas como: lavar a louça do seu lanche, questionamentos debaixo do chuveiro, uma arrumadinha nas coisas e, verificação das redes sociais, conseguiu.

Uma maquiagem leve com delineado. Colar e brincos. Cabelo preso em um rabo de cavalo alto — caso seja mais curto imagine outra coisa.
Salto alto bege, que não se destaca tanto por conta do vestido.

Uma leve borrifada de spray fixador e estava pronta.

Resolveu não ir de carro pois decidiu beber uns drinks. Essa noite liberou para si mesma, já que acha que merece curtir ao menos, sentir a bebida quente descer por sua garganta.

- Muito obrigada — agradeceu ao taxista depois de pagar, e olhou para o local do casamento. É um grande salão de festas, e deve ser ainda maior por dentro. Passou pelos seguranças, vendo seu nome na lista. Assim entrou.

E não se enganou. Teve que fingir estar acostumada em estar em lugares assim, só que o local não deixa de ser incrível.

A paleta de cores se consiste em cores mais claras, como branco, rosa, bege. Essas cores se misturavam com as outras.

Várias mini's mesas de vidro redondas, em volta delas, sofás e não cadeiras. Velas, inúmeros lustres, grandes janelas com cortinas cor de creme, plantas bem verdes, e uma mesa enorme, onde tem vários quitutes e um bolo gigante.

- Por aqui senhorita — se assustou ao ouvir a voz de uma mulher. Quando se virou viu uma moça usando um tipo de uniforme. Ela a guiou até onde todos estão. Uma outra parte do salão onde vai ter a cerimônia.

Isso esclareceu suas dúvidas, que tinha pensado ser a primeira a chegar.

Do outro lado tem uma grande porta, onde a noiva deve entrar. O altar está vazio no momento, com seus pequenos degraus brancos. Algumas plantas estão no teto, e as demais perto das cadeiras, dando destaque ao corredor onde a mulher irá passar.

As pessoas estão conversando animadas entre si, ao menos de forma geral. Se sentiu meio deslocada em meio a tanta gente.

Se sentou em uma das cadeiras.
A parte da frente deve ser para a família e amigos mais próximos.

Observando uma parte, viu alguns empresários ou pessoas que já viu por conta de alguma notícia.

Pegou o celular e quando menos viu, o noivo chegou. Nunca o viu tão nervoso. Kankuro mexe as mãos na frente do corpo, e sorte que lá é refrigerado, ou senão o coitado iria suar.

Os outros se acomodaram em seus lugares. Pode perceber que ainda chegou mais gente depois de ti, já que está mais cheio do que antes.

Logo a clássica música começou, as grandes portas de madeira escuras foram abertas, revelando a noiva. Feliz e nervosa.

Ela usa um vestido evasê, o cabelo está penteado em um coque messy. Nas suas mãos um buquê de rosas claras. Uma maquiagem um pouco mais pesada, um rosa em degradê com preto.

Foi acompanhando tudo. Os votos, os anéis, o beijo, tudo fluiu normalmente, com as pessoas em volta contentes, e o mais importante ainda, o casal de marido e mulher estão mais que felizes também.

Uma galera tirou seus saltos ou sapatos para dançarem na pista. Amaya trocou seu vestido para outro mais curto e festivo.

Quando jogou o buquê, quase, quase pensou que conseguiria alcançar, mas quem pegou foi Temari, que olhou para o namorado de forma séria.

Tudo bem, você não pretende se casar de qualquer maneira.

Quando se cansou de tudo foi se sentar em um dos sofás.
Começou a comer um pouco, para se distrair e encher a barriga.

- Eaí — Kankuro se aproximou, ficando em pé ao lado da mesa.

- Oi marido da Amaya — ele riu.

- Eu queria te apresentar ao meu irmão, mas não o achei em lugar algum.

- Tudo bem, eu também já estou indo. De qualquer forma eu irei vê-lo segunda — se levantou e o abraçou. — Aproveitem. Diga para Amaya que eu mandei um beijo.

- Certo. Espero que tenha gostado.

- Teve boas opções para eu comer e beber, então gostei sim — você riu e saiu, voltando para casa.

Não é tão tarde, um pouco mais que dez da noite. Tomou banho, tirou a maquiagem, escovou os dentes, tomou um analgésico e dormiu.

Domingo resolveu se questionar como é esse cara misterioso. Será que o viu no casamento? Talvez ele tenha a visto e a reconheça lá.

Só suspirou passando a mão pelo cabelo.

Como ele deve ser? Se for como Karura, a mãe de Kankuro, tanto em aparência quanto personalidade, deve ser incrível.

Sabaku No Karura é linda, um doce de pessoa e tão alegre quanto Kankuro.

Agora se for como Rasa... vai ser mais complicado. Mesmo que tenha o visto bem pouco ao longo dos anos, ele já se mostrou ser uma pessoa que não é tão fácil de se lidar. É mais ranzinza e sério.

- Por favor, se ele tiver puxado a alguém, que tenha sido a senhora Karura — pediu em meio ao nada.

𝐂𝐡𝐞𝐟𝐞 - 𝐆𝐚𝐚𝐫𝐚 𝐱 𝐥𝐞𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚 Onde histórias criam vida. Descubra agora