Demônio

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O ambiente estava tão carregado pela presença de Voldemort que era quase possível sentir o gosto de magia negra, eu me sentia tonta, minha pele estava toda arrepiada e eu só queria correr dali. Voldemort se sentou na poltrona do outro lado da sala em frente a uma mesa de centro e fez sinal com a mão para que eu me sentasse na poltrona à sua frente, me curvei levemente e me sentei.

- Elfo.


Uma elfa doméstica carregando um bebê elfo apareceu.

- Em que Poly pode servir os mestres?

- Chá, forte.

- Sim senhor.


Poly sumiu e um silêncio tenso ficou até que ela voltasse, ela estalou os dedos e um bule e duas xícaras apareceram, antes que ela pudesse sair, toquei seu braço a assustando.

- Peço perdão por assustá-la, mas ainda não conheço o pequeno.

- A jovem Lady Saphira estava na escola quando Poly teve o pequeno, se chama Dobby.

- Espero que esteja tudo ocorrendo bem.

- Sim senhora, Poly irá se retirar agora.


Vi a elfa sair com seu pequeno e eu só queria ter me agarrado nela e escapado.

- Você é muito gentil com os serviçais.


Aqueles olhos vermelhos me encaravam e pareciam querer desnudar minha alma, coloquei chá nas duas xícaras e notei que tremia levemente, dei uma das xícaras para ele que a pegou ainda me observando, peguei minha xícara e tomei um gole quase cuspindo pela falta de açúcar.

- Gentileza é muito mais apreciada do que medo, garante lealdade.

- Garante traição, vão achar que é fraca, e irão abusar disso.

- Entendo.


Voldemort deixou a xícara na mesa e se levantou, veio rapidamente em minha direção, segurou meu rosto com força me fazendo olhá-lo nos olhos, com toda a movimentação brusca acabei derrubando a xícara que se despedaçou e sujou o tapete, quase segurei seus braços por reflexo, mas acabei conseguindo me conter. Ele me olhava intensamente, eu conseguia sentir ele tentar uma e outra vez entrar em minha mente, cada vez com mais força até que soltou meu rosto e me empurrou para a poltrona com força.

- Por que, sua menina insolente não consigo entrar na sua mente.

- E-eu...


Minha cabeça doía pela força do ataque a minha mente, quase soltei um grito quando ele me pegou pelo pulso e me forçou a ficar de pé.

- FALE.

- E-eu não sei, sou uma oclumente natural, m-mas o senhor poderoso como é d-deveria conseguir.

- Você está mentindo não é.


Ele me soltou e apontou a varinha para mim.

-Crucio


A dor que se apossou do meu corpo não se comparava com nada do que eu já havia experimentado, acabou que eu desmoronei, meu corpo convulsionava pelo que parecia uma eternidade, lágrimas saiam dos meus olhos, quando ele parou eu mal conseguia me mexer.

Saphira MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora