Saphira Malfoy

Pesadelo

Severus povs

Assim que Saphira e seu pai desaparataram, minha mãe colocou a mão em meu ombro e desaparatou comigo. Assim que consegui me ajustar notei que estávamos em um caminho em uma floresta, aparentemente estávamos na beira de uma enfermaria.

- Estamos em uma propriedade Malfoy, não é longe da mansão, quase três quilômetros, mas possui uma proteção separada, preciso te conectar a elas.

Minha mãe me fez liberar um pouco de magia e fez o feitiço para que eu fosse ligado as proteções, andamos mais um pouco pela trilha até que chegamos a um lago que tinha uma ponte direcionando para uma casa, tinha dois andares e era luxuoso de certa forma, rústico e muito bonito, assim que entramos pude sentir o calor de uma casa realmente aconchegante, a decoração combinava com a fachada da casa, rústica e confortável, um elfo logo apareceu e pegou minhas coisas, desaparecendo logo em seguida.

- Acredito que precisamos conversar filho.

Suspirei e me sentei em uma das poltronas que havia na sala, minha mãe sentou na poltrona à minha frente e parecia desconfortável, me ajeitei e a encarei.

- Pode falar.

- Tão direto ao ponto, bem eu consegui me separar do seu pai, nunca mais precisaremos voltar para aquela casa.

Suspirei e fiquei um pouco mais relaxado.

- Finalmente.

- Sim, peço perdão por ter durado tanto tempo, também queria dizer que consegui contato com meus pais, seus avós, eles disseram que eu poderia utilizar o nome Prince, mas jamais seria a herdeira, quando contei sobre você, eles disseram que querem te conhecer, e que recomendam fortemente que mude seu sobrenome.

- Entendo. Aceito a recomendação, não quero ter o nome daquele trouxa sórdido ligado a mim.

- SEVERUS, não fale assim do seu pai.

- Falo assim do homem que abusou de mim e da minha mãe por mais de uma década, eu não tenho pai.

Levantei e me dirigi para o andar de cima, logo vi uma porta com o meu nome e entrei fechando a porta logo em seguida, o quarto ela mobiliado de modo simples, uma cama com de casal perto da janela, um armário, uma escrivaninha ao lado da cama de carvalho com uma cadeira, meu malão estava aos pés da minha cama, me direcionei para lá, mas quando olhei a escrivaninha de relance vi que tinha uma carta, olhei atrás da carta e vi que era da Saphira, a abri rapidamente para saber do que se tratava.

Querido amigo carrancudo,

Espero que tenha gostado do quarto, sei que não tem muito,

mas achei que ia gostar de decorá-lo, também espero que goste da casa,

minha mãe e eu adorávamos passar as férias aqui,

tem muitas plantas que servem de ingredientes para poções na floresta e perto do lago,

espero poder visitar logo, posso te mostrar meus lugares favoritos,

tem um pequeno laboratório no porão, aproveite.

Com carinho, Saphira.

PS: Cuidado com os patos que vivem no lago, são temperamentais.

Mal notei que estava sorrindo, Saphira mostrava que era durona, mas com as pessoas mais próximas era um poço de doçura. Acabei passando o que restava da tarde e um pouco da noite organizando meus pertences pelo quarto, não tinha muito, mas consegui deixar tudo arrumado como eu queria. Escutei uma batida rápida na porta logo seguida pela voz da minha mãe.

- Filho, o jantar está pronto.

- Já vou.

Troquei rapidamente de roupa e fui para a cozinha que era decorada como o resto da casa, a pequena mesa com quatro lugares estava cheia de comida, havia frango, purê, legumes, suco e pão. me sentei a frente de minha mãe e comecei a colocar minha comida. O jantar foi silencioso, e meu objetivo era fugir para o meu quarto quando terminasse, mas minha mãe tinha outros planos.

- Severus eu sei que não quer ter nada haver com o seu pai, e tudo bem eu também entendo o por que, está tudo bem, não precisamos nem mesmo lembrar que ele existe.

- Pode apostar que eu não vou.

- Sei que não, mas quero que veja um curador de mente, o que seu pai fez, combinado com o que aqueles garotos ridículos, pode ter causado muitas coisas na sua cabeça.

- De fato.

Ficamos um tempo em silêncio, minha mãe parecia muito nervosa, e sendo sincero não queria confortá-la.

- Meus pais querem te conhecer na semana que vem, nos convidaram para ir a mansão Prince.

- Certo, estarei no meu melhor, agora quero dormir, estou cansado da viagem.

- Certo, tenha uma boa noite filho.

Acenei com a cabeça e fui para o meu quarto, peguei roupas e me dirigi para o banheiro do corredor, tomei um banho rápido e fui dormir.

Meu Pesadelo começou com uma risada, uma risada que eu conhecia, alguém passou correndo por mim, um vestido azul florido foi avistado, cabelos dourados como ouro esvoaçavam, olhos azuis quase cinzas brilharam quando me viram, lábios grossos e vermelhos se abriram em um sorriso.

- Sev, vamos.

Saphira, me puxou pela mão me levando para o que parecia a beirada do lago negro, lá vi minha mãe, Lilian, Narcisa, Lucius e até mesmo o senhor Abraxas sentados em uma toalha de piquenique, estavam todos conversando felizes, comendo e bebendo a vontade.

- Meu pai está muito feliz com o nosso noivado, então temos que nos comportar bem, pelo menos até o casamento.

- O- que?

Saphira deu outra gargalhada e continuou me arrastando em direção aos outros. Acabamos nos sentando entre minha mãe e o senhor Malfoy, de frente para o casal, Narcisa e Lucius com Lilian ao lado deles. Todos sorriam e brincavam, pareciam todos felizes, até que um vento frio e forte começou, de repente todos sumiram, ficando somente eu e Saphira, ela de frente para mim parecendo muito assustada.

- Sev, ele vai me matar, Sev me ajuda.

Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, uma sombra apareceu atrás de Saphira, dava para ver somente os olhos vermelhos malignos olhando para mim. A coisa colocou as mãos no percoço da garota e apertou a fazendo se debater tentando se soltar. Eu não conseguia falar, nem fazer nenhum movimento, Saphira foi puxada para dentro do ser das trevas gritando e se debatendo.

- SOCORRO, SEVERUS.

Acordei ofegante e com o corpo todo arrepiado, ainda escutando os ecos dos gritos da garota Malfoy. Olhei pela janela e podia jurar que vi os mesmo olhos vermelhos do meu sonho, olhando diretamente para mim antes de sumir na escuridão da floresta.