Os Dursleys

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O St. e a Sra. Dursley, da rua dos Alfeneiros, n°4, se orgulhavam de dizer que eram perfeitamente normais, muito bem, obrigado. Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa, porque simplesmente não compactuavam com esse tipo de bobagem.

Mas isso mudou quando encontraram o sobrinho em frente a sua porta, um bebê de quinze meses com uma cicatriz em forma de raio na testa. Um sobrinho, filho de uma irmã que a Sra. Dursley não queria mais ouvir falar. Um sobrinho de um mundo do qual o St. Dursley não queria ter nada haver. Um sobrinho que agora escondiam de tudo e de todos dentro de um armário sob a escada. Um sobrinho que acreditavam conseguir endireitar se tratado "corretamente".

Saphira povs on

As semanas após o fim de Voldemort (e consequentemente o fim da guerra) foram uma bagunça muito grande, os aurors perseguiram todos os comensais, Severus foi capturado, mas mal passou um dia em Azkaban antes que eu fosse exigir que Dumbledore o resgatasse, o que para o crédito do velho idiota ele fez, meu irmão conseguiu se livrar com uma alegação de imperius e alguns subornos, nossa família ainda ficou isolada na mansão por um tempo, para deixar as coisas esfriarem, e como estávamos basicamente isolados e somente transitando entre a mansão Malfoy e a mansão Prince, os avós do Severus, sua mãe e meu irmão decidiram que estava na hora de finalmente nos casarmos. Os preparativos estavam a mil, mas justo no dia marcado para o casamento, uma visão fez com que eu corresse para o meu filho.

Era uma linda manhã, doze de dezembro de 1981, eu estava sendo preparada por Narcisa, um belo banho de ervas, frutas à vontade, tratamentos de pele que eu nunca tinha ouvido falar, já passava do meio dia quando me tiraram da banheira, eu estava com a pele tão lisa que parecia porcelana, Narcisa me colocou sentada em frente a minha penteadeira, ela penteava meus cabelos com muita delicadeza, ao lado da penteadeira, estava meu vestido de noiva, um belo vestido no estilo fada, longo de manga comprida e um pouco bufante, ombro a ombro com um leve babado, sustentava bem meus seios, apertava minha cintura e soltava quando chegava ao meu quadril, revestido de um tule muito delicado, tudo isso de um tom de verde tão claro que parecia quase branco, a cor verde foi escolhida por simbolizar tanto equilíbrio quanto sorte, vigor, renovação, fertilidade e perseverança. Severus usaria vestes pretas, que significava principalmente proteção.

- O que acha?

Olhei para o espelho e sorri com o que eu vi, Narcisa tinha prendido as duas metades da frente do meu cabelo bem frouxamente com um laço de tule verde, duas mechas do meu cabelo haviam sido deixadas soltas emoldurando meu rosto, meus olhos estavam delicadamente demarcados com lápis de olho, meus lábios estavam rosados me dando um ar delicado.

- Obrigada Cissa, eu amei.

- Você está linda, e vai ficar ainda mais quando colocar o vestido.

Demos risadinhas bobas e eu estava feliz, mas senti um leve arrepio e me apoiei em Narcisa.

- Já volto.

- O que...?

E o mundo escureceu.





Quando abri meus olhos estava em uma casa estranhamente limpa, um homem que mais parecia uma morsa de tão gordo, estava sentado em um sofá assistindo tv, ao seu lado em uma cadeirinha estava o bebê mais gordo que eu já havia visto, eu tinha certeza de que não era nenhum pouco saudável, dava para ver uma mulher magrela e esguia na cozinha, um choro alto e sofrido foi ouvido, eu não consegui identificar de primeira de onde vinha, mas a mulher irritada foi em direção a um armário que ficava sob a escada e bateu com força na porta.

Saphira MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora