A profecia

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Cinco de junho de 1980. Esse foi o dia em que eu me tornei tia, Draco era uma pequena coisinha exigente, de acordo com o quadro do meu pai (a qual eu ainda não estava preparada para conversar) ele era exatamente igual a Lucius quando bebê, fofo, quieto, mas muito exigente. A pequena coisinha quase que exigia estar sempre no colo de alguém quando estava acordado ou abria o berreiro, também notamos que ele não suportava ficar do lado de fora da mansão, acho que meu sobrinho não gostava muito de natureza.

No dia trinta de julho foi anunciado no profeta o nascimento de outro herdeiro de uma casa importante, o menininho chamado Neville Longbottom uma coisinha rechonchuda que me deu muita vontade de ter um bebê, mas lembrei das manhas do meu sobrinho e pensei melhor, no dia seguinte, dia trinta e um de julho foi anunciado mais um nascimento, Harry James Potter um bebe muito fofo para ser filho de quem era, Severus ficou um pouco chocado por nem mesmo saber que já haviam se casado e tido um bebê, mas disse que desejava felicidades a eles, não fiz questão de lembrar do meu sonho sobre a queda de Voldemort pelo que agora sabia ser o bebê Potter, nem das minhas visões com que agora eu deduzia ser aquele pequeno ser me chamando de mãe, não queria desiludi-lo que seu primeiro amor e primeira amiga muito provavelmente não sairia viva desta guerra, mas ruminei um pouco sobre como aquela criança foi parar em minhas mãos.

Mais um ano havia se passado, o aniversário do pequeno Draco foi lindo e mesmo sabendo que ele não se lembraria meu irmão fez com que cada convidado se lembrasse para o resto de suas vidas, foi mágico, mas a guerra piorou, muitas mortes, muitas vidas perdidas de ambos os lados, meu irmão e Severus acumulavam mais e mais cicatrizes, coisas que eu mal conseguia fazer diminuir, Sev conseguiu sua maestria mais cedo que o previsto, se tornando o mestre de poções mais jovem da Grã-Bretanha, eu ainda esta fazendo meu último estágio no St Mungus, o último para conseguir minha maestria e ser uma curandeira, eu me dediquei tanto, noites e noites sem dormir para conseguir ter meu diploma o mais rápido possível, era terrivelmente cansativo, mas satisfatório.

Era um dia agitado no hospital, mas estávamos em guerra então meio que todos os dias eram, eu estava passando pela recepção quando o hospital foi praticamente invadido, com minha varinha em punho eu vi que não tinha que me preocupar, Potter vinha apoiando um Black muito machucado, ambos vestiam roupas de auror, mesmo que eu não quisesse eu não podia negar ajuda, então corri e apoiei Black, levei os dois para um quarto vazio, colocamos Black na maca e eu comecei a fazer feitiços diagnósticos. Acho que não me reconheceram por alguns minutos, muito concentrados um no outro, mas até que notaram rápido.

- A vida com o Ranhoso é tão miserável para que você tenha que trabalhar Malfoy?

Parei com os feitiços e encarei o idiota que havia dito aquilo, obviamente Black.

- Ao contrário de algumas pessoas, eu sou auto suficiente, agora me diga, isso dói?

Apertei uma de suas costelas o fazendo gritar de dor.

- Acho que sim.

- Sua vaca maluca.

Suspirei e quando ia lançar um feitiço para consertar suas costelas quebradas, Potter fez o favor de apontar a varinha pra mim em ameaça.

- Abaixe a varinha.

- Olha, se eu não consertar a costela dele agora o pulmão pode ser perfurado e a recuperação vai ser bem pior.

- Como posso confiar em você?

- Você pode James.

Remo estava na porta, ele parecia muito desgastado, haviam olheiras profundas alguns cortes pelo corpo e tinha um olhar cansado, ignorando Potter corri até Remo o abraçando com força, a quase dois anos eu não tinha notícias dele, o soltei e vi que ele sorria pra mim, me afastei e bati no braço dele com força.

Saphira MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora