Capítulo 17

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2/5⭐

Pov Carolyna Borges

Acredito que seja seguro dizer que "E se" é a palavra da noite.

E se eu não tivesse tido uma crise de ciúmes?

E se eu não tivesse brigado com a Priscila?

E se eu tivesse desistido de sair e ficado em casa?

E se aquele babaca tivesse se tocado de que "Não é não!"...

Ainda assim dentre as muitas suposições, em nenhuma delas Priscila aparecia aqui na delegacia. Senti meu sangue gelar com sua presença.

-Dele cuido eu delegado Carlos...

-A quanto tempo menina Priscila.

-Um pouco Carlos. Minha mãe está viajando, deve ter desligado o celular para dormir, então essa criatura aí resolveu me ligar. Seria pedir muito nos deixar a sós por um minuto? Sei que é sua sala...

-Fique a vontade Priscila. Vou cuidar pessoalmente da liberação desta jovem e lhe dar um tempinho. Por favor senhorita, me acompanhe.

Espera um minuto... Ela não estava aqui por mim?

Pensando bem, apesar do seu semblante fechado e triste, em nenhum momento é colocou o olhar sobre mim, o mantinha firme sobre o cara ao meu lado. Quem era ele para ela?

Enquanto era guiada para fora da sala pelo delegado, passei por ela que se mantinha na frente da porta e Priscila não se mexeu, pensei até que ela não iria nem mesmo reconhecer minha existência no ambiente, mas logo senti sua mão me segurando antes que saísse. Ela não disse nada, mas nem precisava, seu olhar apesar de rápido foi bem claro...

"Me espera?"

Pov Priscila Caliari

Os filmes estavam errados, se afogar em sorvete quando se está triste não ajuda muito... já passava das duas da manhã e eu não tinha conseguido pregar o olho por causa da minha briga com Carol. Eu tinha razão para tal? Um pouco, mas admito que exagerei um pouquinho também.

Se eu tivesse a escutado um pouco e conversado...

Se eu tivesse deixado um pouco o orgulho de lado e corrido atrás dela...

Sou despertada de meus pensamentos ao escutar o celular tocar. Largo tudo de qualquer jeito para o atender, na esperança de se Carol. Infelizmente era um número desconhecido. Normalmente não atendo números sem identificação, mas pela hora...

-Alô?

-Boa noite, irmãzinha. Tudo bem com você?

-Corta esse Vinícius, qual foi a merda dessa vez?

-Não tenho culpa, juro. Estava de boa numa boate curtindo com uns amigos e umas garotas vieram de confusão pra cima da gente.

-Vou fingir que acredito.

-É sério irmã. Mas voltando ao assunto, preciso que venha aquu na 23° DP...

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Desliguei e respirei aliviada, isso não quer dizer que não estava triste de ter que sair a está hora e resolver as merdas do meu irmão. Não era a primeira vez que ia buscá-lo na delegacia e provavelmente não seria a última...

Coloquei uma roupa simples e saí. No meio do caminho meu celular começa a tocar de novo. Dessa vez era Malu me ligando. Atendi pelo sistema do carro.

-Aí amiga que bom que atendeu... Desculpa te acordar e atrapalhar seu sono mas é que...

Um amor de vizinha (Capri)Onde histórias criam vida. Descubra agora