Capítulo 18

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3/5⭐

Pov Priscila Caliari

-Papai, precisa disso tudo mesmo?

-Deixa Carolyna. - Respirei fundo antes de continuar. - O senhor tem razão... Primeiramente, o senhor fique a vontade para tomar as devidas ações contra o Vinícius. Não é por ser meu irmão que eu concorde com as atitudes imaturas e machistas dele. Se não for pedir muito, peço apenas que espere minha mãe chegar de viagem e entre em contato com o senhor.

-Não o vi saindo da delegacia com você.

-Pois é... Deixei ele passando uns dias lá na delegacia, ele que se resolva com a dona Adriana. Além do mais, quem sabe esse tempinho não ajuda a botar aquele moleque nos eixos.

-Acho difícil Prica, mas se você acha...

-Talvez, mas eu não podia deixar barato Carolyna. Eu amo meu irmão não entenda mal, mas eu também amo você.

Disse aquelas palavras olhando para minha Carolyna que ficou emocionada. Uma lágrima de emoção brotou nos olhos dela a partir de minhas palavras, mas nosso momento não durou muito...

-O que nos leva ao ponto principal desta conversa... Me conte sobre você Priscila.

-Com todo respeito Sr. Borges, por que não vamos direto ao assunto? O senhor mesmo disse que não se mete na vida da Carolyna mas abriu exceção desta vez, o que me leva a crer, mesmo com o pouco tempo desde a delegacia até aqui, que o senhor tenha suas fontes. Estou certa?

-Não acredito que fez isso papai... - Carolyna brigou interrompendo a resposta do pai.

-Relaxa Carolyna, está tudo bem. - Apertei a mão dela firme mas sem tirar os olhos do homem a minha frente. - O senhor ia dizer...?

-Ia dizer que estou surpreso e feliz Priscila, com sua colocação. Sim, realmente recebi algumas informações. Elas com o pouco que Carolyna me contou me fazem entender o encanto de minha filha por você. Bem, todas exceto uma...

-Meu casamento.

-Exato.

-Não vou mentir para o senhor. Apesar de não morar mais com meu ex-marido, para todos os efeitos ainda sou casada. Status este que infelizmente ainda devo carregar por algum tempo tendo em vista que ele não aceita nosso término. Confesso que não queria me envolver com a Carolyna nestas circunstâncias mas... Mas o que sinto por sua filha foi maior que tudo... Como disse, eu a amo. Posso ainda ter alguma conexão com meu ex, mas... - O Sr. Borges levantou a mão me interrompendo.

-Eu sei que seu sentimento por minha filha é verdadeiro, vi quando entrei e mais uma vez agora, mas não pode me culpar por ter algum receio.

-De modo algum.

-Papai Priscila e eu já conversamos sobre a situação dela, por favor não...

-Não se preocupe filha, não vou me meter mais nos seus assuntos, como disse, hoje foi uma exceção devido às circunstâncias. Ainda assim Priscila, apesar de perceber que o sentimento de vocês é verdadeiro, não posso dar minha bênção a este namoro, pelo menos não até que tudo esteja em seu lugar.

-Perfeitamente.

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Carolyna não tinha dito uma palavra desde que saímos da casa de seus pais e subimos a meu apartamento. Abri a porta e ela tomou um lugar no sofá.

-Você não tem um homem que preste em sua vida não é? - Carolyna perguntou quebrando o longo e torturante silêncio.

A princípio continuei tão apreensiva quanto nos últimos minutos, isso até ver o leve sorriso em seu rosto.

Um amor de vizinha (Capri)Onde histórias criam vida. Descubra agora