Capítulo 20

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Pov Yelena

Estava me preparando pra entrar no Pub, queria ver Kate, já fazem 4 dias que a gente não se fala, apenas poucas mensagens minhas que ela apenas visualizou sem resposta alguma.

"Eu to passando por alguns problemas em casa, provavelmente até sexta vou ficar presa, mas não é nada sobre nós, é sobre mim e minha família apenas" - quarta-feira de noite.

"Espero que esteja bem, desculpa desligar o telefone, mas prometo te explicar depois.
Se ainda quiser saber" - sexta feira de manhã.

"Kate, não me ignore. Amanhã vou aparecer no pub pra te ver" - sexta feira de noite.

Eu sabia que não tinha dado explicações grandes e ela tinha um real motivo pra ficar brava.

Mas não era como se pudesse realmente deixar Kate se envolver nisso. A conversa com Alexei sobre ele ir pra clínica foi caótica, fiquei toda marcada por Natasha ter que me segurar, depois ela mesmo se alterou com a nossa mãe e quase brigamos uma com a outra realmente, mas não podia brigar com ela justamente naquele momento e ela parecia pensar igual, ja que tentou se acalmar.

Depois começamos a falar sobre os problemas de fora, e deixamos de lado a merda de pai que Alexei era. Mesmo se Alexei apenas fosse embora da casa da nossa mãe, Dreykov ainda poderia querer fazer algo com Natasha ou comigo, ele sabia que o meu progenitor só sairia de casa com ordens nossas. Mas a nossa mãe não queria que ele fosse, isso significava que Alexei em casa, Dreykov também estaria, mesmo indiretamente, nem eu nem Natasha poderia deixar acontecer. De um jeito ou de outro entraríamos em confronto com ele, só Natasha queria acreditar que talvez fosse diferente se ele apenas largasse a gente. Mas ele não faria isso, minha irmã só precisava aceitar que deveríamos acabar com isso logo e não da margem pro azar.

Talvez fosse horrível da minha parte pensar assim e ja querer partir pra um ataque, mas era inútil continuar achando que daria algum resultado diferente. Então durante todos esses dias eu esqueci que estava em casa, esqueci que Alexei era meu pai. Nesses dias ele passou a ser um homem que daria informações sobre meu inimigo, então foram esses dias intensos de conversas intermináveis sobre tudo que ele sabia. Reuni todas as informações e pedi para entregar eu mesma para Logan, o amigo de Natasha. Ele me falaria sobre todas as propriedades de Dreykov, com quem fazia negócio, onde ele tinha contas, quanto dinheiro tinha nessas contas... Ou seja, toda a extensão do problema.

Alexei disse sobre ele ter negócios espalhados por Ohio e que começou a entrar em Indiana. Se os negócios dele estavam ficando maiores, mais atenção da polícia poderíamos atrair pra ele. Mas também era preciso pensar no plano B. Um plano de correção, um onde Dreykov caí morto e que ninguém desconfiasse de onde a bala foi disparada e quem disparou.

Ter esses planos em mente durante esses dias, além de ter ficado com a pele marcada por algum tempo, foi um dos motivos de realmente não achar bom ver Kate. Pra quê? Pra ela me ver de forma diferente? Kate era uma mulher doce demais, qualquer rudeza que chegasse a ela deveria ser considerado um ato repulsivo. E essa foi a maneira que encontrei de não deixar que toda a raiva em minha cabeça fosse vista e infentificada, eu sabia como podia ficar quando me concentrava assim em algo. Eu só precisava ter um plano pra conseguir ter uma base de apoio pra minha cabeça, ou não iria descansar sobre isso.

Logan me daria as informações que precisávamos e assim avaliariamos como proceder, Alexei foi ontem pra clinica com cara de cachorro abandonado, mas não deixei que fizesse qualquer teatro. Natasha não quis aparecer, podia entender seu ponto de vista, mas me sentia um pouco sozinha lidando com isso tudo. E tinha desconfianças sobre o motivo de Natasha não ter buscado dar um fim nisso no momento que Dreykov cobrou a dívida, Natasha não queria voltar pra qualquer tipo de combate, e sinceramente achava que ela não se permitia isso aqui, por medo de não conseguir parar de agir como agia em Sokovia. Mas ela precisa aceitar que isso vai acontecer, não sabia se o modo que estava lidando com a situação me fazia ser uma pessoa ruim, mas essa era a maneira que conhecia de proteger minha família de qualquer investida de Dreykov, além do sentimento de vingança que tinha por ele e ter uma consciência limpa de que ele não vai mais fazer o que fez com a minha família com outras.

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