·˚ ༘₊💍· ͟͟͞͞꒰➳ 𝐌𝐞𝐮 𝐌𝐚𝐬𝐜𝐚𝐫𝐚𝐝𝐨. 💙 {sally X y/n}

💦 - 190.

↷✦; ♡ Me reviro na cama procurando Sal, ele provavelmente já levantou. Eu me sento e olho em volta. Vejo o garoto de cabelos azuis colocando sua camiseta, que estava em cima da cômoda. Eu sorrio.

— Bom dia!

— Ah, eu te acordei? Foi mal...

— Ei, não precisa se desculpar, eu acordei sozinha.

Ele sorri.

— Amo seu sorriso.

— Hah, obrigado.

Ele se aproxima e beija minha bochecha. Eu sorrio e o puxo de volta para a cama, o abraçando.

— Você sabe que eu ficaria o dia inteiro assim, né? — Sal me abraça de volta e enterra o rosto no meu pescoço.

— Eu sei, por isso te puxei de volta.

Ele solta uma risadinha anasalada.

— Querida, eu preciso levantar...

— Hah, pra quê?

— Preciso conversar com o Todd...

— O Todd já saiu, Sal. Olha o horário. Ele já deve estár na faculdade.

— Certeza?

— Absoluta. Mas o Neil deve estár aí.

Sally me olha nos olhos. Gosto de quando ele me olha nos olhos. Eu não me importo no que ele pensa enquanto me olha, só sei que gosto porque me dá a impressão de que eu sou tão interessante ao ponto de ser vista.

É uma sensação boa.

— Aliás, adivinha quem me mandou mensagem?

— Hm? — Sal murmura. — Quem?

— Travis.

— Travis? Ué, o que ele quer?

— Quer me encontrar...

— Ixi, que tipo de encontro? Esse loirinho acha que tem chance? Você prefere os azuis.

Eu solto uma risada e reviro os olhos.

— Besta. — Eu dou de ombros. — Não sei o que ele quer, não. Ele disse pra me encontrar numa cafeteria aqui perto.

— E você vai? — ele pergunta levantando uma sombrancelha.

— Hm... acho que sim, sinto que é algo importante.

— ... Sobre aquilo?

Sinto minha cabeça dar uma leve pontada de dor. As memórias péssimas do passado dançam pela minha mente. Eu engulo em grosso.

— Eu... não sei. Não quero pensar nisso.

Ele suspira e acaricia minha bochecha com uma das mãos.

— Eu sei que você odeia esse assunto, mais, por favor, você precisa voltar pras investigações. — Sua voz é tão doce quanto mel. —Precisamos de você.

Eu desvio o olhar. Os olhos dele dizem mais coisas do que sua boca jamais falaria.

— ... Podemos falar isso quando eu voltar?

— Ah, claro — ele se levanta e me oferece sua mão.

Eu coloco meus sapatos e, antes de sair pela porta, Sal me puxa pelo pulso com uma risadinha, me abraçando contra seu peito.

— Meu amor... você esqueceu de colocar uma camiseta... — ele sussurra ao meu ouvido, enviando um arrepio na minha espinha.

Eu olho pra ele com os olhos arregalados e olho para mim mesma.

Quase saio só de sutiã.

Eu solto uma risadinha. E pego uma de suas blusas com a estampa de Sanity's Fall's, a colocando. Ele solta uma leve risadinha ao me ver. Ele está colocando sua prótese.

— Gatinha, quando voltar, você pode se vestir assim pra mim?

Ele diz em tom de provocação. Eu reviro os olhos com uma risada, beijando sua bochecha.

— Bobo. — Eu dou um leve beijo no seu pescoço. — Mas eu vou sim ~ — eu sussurro e ele dá uma risadinha.

Ele levanta a prótese e me dá um selinho.

— Boa sorte, gata. Quando voltar você me conta o que ele queria.

— Claro.

Eu aceno pra ele.

· · ─────── ·𖥸· ─────── · ·

Depois de algumas horas andando pela cidade  me sento na mesa mais afastada da cafeteria. Não é como se eu soubesse sobre o que é o assunto, mas acredito que seja algo pessoal.

Travis passa os olhos pelo local até me achar. Ele hesita antes de se aproximar. Ele se senta ao meu lado e fica em silêncio por alguns segundos.

— ... [Nome]...

— Faz um bom tempo, hm?

Ele suspira nervosamente.

— Desculpa. Eu... não podia meter vocês nas coisas do culto. — Ele engole em grosso. — Eu não queria que mais ninguém sofresse. Muito menos o Sal.

Travis coloca as mãos na cabeça como se lutasse com alguma enxaqueca. Minha ansiedade é tanta que minha boca já está quase sem pele (pelo fato de eu ficar arrancando).

— A culpa não é sua Travis. Nem de mim. Nem de ninguém.

Ele balança a cabeça.

— Tô ligado... — ele murmura.

Meu celular vibra em cima da mesa. Eu franzo o cenho ao ver que era Ashley.

— Licença — eu digo baixo.

— Sem problemas.

Eu me levanto e vou até uma área mais isolada ainda do restaurante. Eu atendo e coloco e celular na orelha.

— Alô? Ash?

— [Nome], vem pra delegacia agora.

... Delegacia?

— ... Quê? Pra delegacia?!

— Vem logo! Não pergunta!

Ela desliga e eu encaro o celular boquiaberta.

O que acabou de acontecer?

Eu engulo em grosso e vou até Travis.

— Travis, temos que sair daqui — eu digo rápido, pegando minhas coisas em cima da mesa.

Ele me encara confuso, mas se levanta da cadeira hesitantemente.

— É... Onde estamos indo?

— Pra delegacia.

· · ─────── ·𖥸· ─────── · ·

Cheguei na delegacia, tremendo da cabeça aos pés. Travis estava confuso demais para proferir quaisquer palavras.

Eu prendi a respiração ao abrir a porta, como se o ar lá dentro fosse denso demais.

E realmente era.

Meu pulmão não queria aceitar o ar que inalava ao ver Ash, de cabelos curtos, na recepção, apontando para a recepcionista e discutindo com ela.

Eu franzi o cenho e me aproximei dela em passos largos, sem cogitar em olhar para trás e ter certeza de que Travis estava me seguindo.

— Ashley! Que porra tá acontecendo?!

Ela se vira para mim rapidamente e parece congelar ao me ver. Ela engole em grosso.

— O Sal foi preso.