💦 - Agroboy?

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↷✦; ♡ Acordei com uma trovoada do lado de fora. Abri meus olhos com um pouco de dificuldade. Dei uma olhada em volta e percebi que Sal havia dormido sentado enquanto acariciava meus cabelos. Eu o puxei para baixo para que ele se deitasse direito.

Uma chuva forte caia do lado de fora. Eu sai da cama e me sentei em frente á grande janela que havia no quarto. Me sentei abraçando meus joelhos encarando raios e as gotas grossas de água que caiam do céu.

— Acordada?

Larry se senta ao meu lado encarando a janela.

— Trovão. Um trovão me acordou. — Sussurrei.

— Tô ligado. O mesmo trovão me acordou. — Ele deu um sorrisinho.

— Larry. Você também... Me ajudou muito, você sabe, né?

Ele deu uma risadinha abafada.

— Tudo bem. Não precisa agradecer.

— Preciso sim. Valeu, Larry. Você é um amigo incrível. E digo isso pelo Sal: você é um irmão incrível.

Larry dá um sorriso reconfortante e se ajeita, se sentando apoiando as costas na janela, me encarando.

— Sal é como meu irmãozinho. Ele é um carinha incrível.

Eu dei um sorriso e concordei com a cabeça.

— É verdade.

— Fiquei sabendo.

— Hm? — Murmurei.

— Ele gosta muito de você.

Eu senti meu rosto pegar fogo como brasa. Agora o assunto de “quem o Sal gosta” foi focado diretamente em mim. Meu coração ultrapassa os limites de velocidade. Eu viro o rosto de novo para outro canto da janela, tentando esconder o rubor no meu rosto.

— Ei. Não precisa ficar com vergonha.

Ele dá uma risadinha.

— É tudo novo pra mim.

— Acho que para todos nós.

Concordei com a cabeça. É verdade, eu não sou a única á ter a adolescência mais estranha que alguém poderia ter. Algo dentro de mim estava despedaçado, e esse algo me dizia que não era só ele que estava fragmentado. Todos estão assim.

— É, você tá certo, Larry.

Suspirei e me levantei.

— É melhor você dormir um pouco.

— É, eu digo o mesmo pra você, [Apelido].

Larry sorriu e foi se deitar na sua cama. Eu ainda fiquei alguns momentos encarando a janela e pensando na vida. Quando finalmente me levantei, não fui me deitar na minha cama, fui lá para baixo na sala.

Me sentei no sofá encarando o nada.

— Senhorita [Nome]. O que faz acordada á essa hora?

Me viro para Henry que segurava uma xícara de café. Ele estava com os óculos na cabeça e o cabelo meio bagunçado.

— Nada. Um trovão me acordou.

— Ah, certo.

— E você? O que faz de pé essa hora, Henry?

— Eu acordo esse horário.

— QUE? COMO ASSIM?

— Já são 5:21 da manhã, senhorita.

— Misericórdia, como você acorda esse horário?

Ele deu um sorriso.

— Me acostumei.

— Céus.

Ele se sentou ao meu lado e olhou a janela.

— Meu senhor, é chuva que não acaba mais, né?

Um homem adentrou a sala. Eu tomei um susto. Ele estava exarcado da chuva forte que caia lá fora. Ele era bem forte e usava uma camiseta xadrez meio aberta, um jeans, um chapéu de couro e botas levemente escuras. Ele tinha cabelos castanhos-claro. Além de um sotaque bem forte, porém, diferente do de Chris. Parecia ser uma pessoa do interior.

— Opa, Henry!

O homem sorriu. Quando percebeu minha presença seus olhos âmbar brilharam.

— [Nome]!

Ele ficou estático. Henry se levantou e estendeu uma das mãos na direção do homem.

— Senhorita [Nome]. Esse é seu tio; Nathan.

O homem me abraçou com força.

— Você tá viva mesmo! Meu Deus! Isso é incrível.

— Você vai me esmagar! — Disse com um pouco de dificuldade.

Ele me soltou e passou a mão nos meus cabelos.

— Você é linda como sua mãe. — Ele deu um dos sorrisos mais amigáveis que já presenciei.

Me pergunto o que ele faz aqui de madrugada. Me virei para Henry confusa. Como se lendo meus pensamentos, ele responde:

— Nathan cuida de uma fazenda enorme por aqui. E estava ansioso para te ver, então veio o mais cedo que pode.

— É! Isso é a mais pura verdade, sério! Você é incrível, pequena.

O mundo a minha volta parecia ter dado uma volta e caído de ponta-cabeça. Chris desce as escadas rápido e se vira para nós, dando um suspiro de alívio.

— Nathan! Que susto. Você fez tanto barulho que achei que estavam invadindo a casa!

— Meu santo Deus, Christopher! Minha sobrinha é a coisa mais linda que já vi!

Ele se inclinou levemente para ver meus olhos e dá outro sorriso.

— Garotinha, você é muito forte! Seu pai me contou tudo o que passou.

Algo frio correu pela minha espinha. Chris deu um sorriso do tipo “é, eu sei que está rápido demais para você”. Foi como um choque.

— Calma. Nathan, você é meu tio.

— Sim! — Ele sorriu e bateu palmas animado. — Não é demais, pequena?

O mundo envolta parecia ter ganhado mais cor. Eu ainda tenho alguns membros da minha família. Os quais aparentemente me amavam muito. Uma lágrima escorre pela minha bochecha. E como se ela queimasse, eu a limpo rapidamente.

— Vocês... Estão vivos. Isso é mesmo verdade?

Minha vontade era de me beliscar e de chegar que aquilo era um sonho. Mas meu medo era acordar deitada na minha cama com a palma da mão de Jayden ainda quente depois de me efetuar um golpe.

— Filha... — Chris me dá um abraço firme e sorri, também sensibilizado. — Você é incrível. Isso é tudo verdade, está bem? Nós estamos aqui com você.

— É mesmo, garotinha. Estaremos aqui para sempre. Pode contar com o tio para o que der e vier! — Nathan disse me abraçando também.

Eu estou tão feliz... Eu não consigo expressar.

Esse quentinho no coração... Que sensação maravilhosa.

·˚ ༘₊💍· ͟͟͞͞꒰➳ 𝐌𝐞𝐮 𝐌𝐚𝐬𝐜𝐚𝐫𝐚𝐝𝐨. 💙 {sally X y/n}Onde histórias criam vida. Descubra agora