·˚ ༘₊💍· ͟͟͞͞꒰➳ 𝐌𝐞𝐮 𝐌𝐚𝐬𝐜𝐚𝐫𝐚𝐝𝐨. 💙 {sally X y/n}

💦 - Judgement.

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— Sal Fisher, eu o declaro culpado. Com direito á pena de morte.

O juiz bate o martelo sobre a mesa. Eu testemunhei, mas eles continuam ignorando tudo o que digo.

Minhas pernas fraquejam enquanto eu tento me levantar e defender o garoto.

O meu garoto.

— Vocês não podem fazer isso!! — grita Ash, se levantando do seu assento. — Ele não é um criminoso, ele só precisa de ajuda!

Eu sinto um soluço se formar na minha garganta. Meus olhos derramam lágrimas enquanto eu me levanto, batendo nas costas do banco a minha frente.

— Sal Fisher não é a porra de um criminoso!!! — digo o mais alto que consigo. — Ele está certo! Ele precisa de ajuda para derrotar esse... esse culto!!

Eu dou uma fungada e suspiro, olhando para as minhas mãos e logo para Sal. Ele me encarava com olhos vazios, mas eu tinha uma visão ampla de suas mãos tremendo incontrolávelmente.

— E também...

— Ordem, ordem no tribunal! — Sou interrompida pelo martelar insistente do juíz.

— EU POSSO PROVAR!!! — eu grito a plenos pulmões.

O resto das pessoas ali presentes estão em silêncio. O advogado da promotoria me encarou de cenho franzido. O juíz parecia mais confuso do que furioso.

— ... Podemos ouvi-la, mas exigo ordem.

Eu suspiro em alívio e olho para trás; onde Ash e Travis estão sentados. Travis me encara inquieto, mordendo o lábio inferior enquanto alterna os olhares entre mim e Sal. Ash está de olhos arregalados, mas sorri. Ela concorda com a cabeça, me encorajando á continuar.

Engulo em seco e limpo a garganta, mudando meu olhar para o superior.

— Senhor, eu posso conseguir as provas em... um mês. Me dê apenas um mês. — Eu coloco minha mão sobre o peito. —Nem mais, nem menos. Exatos trinta dias.

— Isso- Isso é um absurdo!! — diz o promotor de cabelo (...ou peruca?) roxa indignado, quando se vira para mim, apontando. — Você não é nem um tipo de advogada, garota!

Eu franzo meu cenho e olho para o juíz, que suspira e chama o promotor, indicando para que ele se sentasse novamente. Bufando, o homem segue as ordens do superior.

— Então... — começa o juíz. — A senhorita diz que pode conseguir provas de tal crime hediondo?

Sinto meus dentes se cerrando ao ouvir “tal crime hediondo”. Eu respiro fundo tentando manter a calma e concordo com a cabeça.

— Vossa excelência... — começo e cerro meus punhos. — Se o período de exatos trinta dias não for do seu deleite, pode me dar... uma semana. Exatos sete dias. Sem mais, nem menos.

Ouço um engasgo vindo atrás de mim, obviamente de Travis. Não me viro para ver a reação.

— ... Acredito que os seus sete dias sejam o bastante. Se todo o crime aqui julgado for provado por um bem maior, podemos ajudá-los á combater tal mal.

Sete dias. Tenho sete dias.

Tudo bem, eu vou conseguir. Não vou perder meu garoto.

Eu sorrio e aceno com a cabeça em satisfação.

— Agradeço, vossa excelência. As provas estarão em suas mãos daqui exatos sete dias. — Eu olho para Sal. — E então, vou provar que Sal Fisher é sim inocente, e todos os crimes cometidos tem uma explicação incrívelmente compreensiva.

Sal está com os olhos brilhando de lágrimas. Mesmo de prótese, consigo ver seu sorriso crescendo aos olhos. Ele concorda com a cabeça.

Me viro para olhar Ash e Travis, que sorriem alegres para nós.

Novamente, tudo depende de mim.

A sensação no momento não é boa, mas a recompensa é essencial.

O advogado me olha de cara feia enquanto sorrio vitoriosa.