💦 - Metal's boy.

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— Cacete!! — amaldiçoou Jackson.

Estamos eu e meu irmão entrando nos apartamentos Addison, que tem se deteriorado de forma rápida e até anormal. Não dúvido que seja por causa de alguma coisa relacionada ao culto.

— Que inferno, mano! Isso não era pra estar nesse estado!! — reclama o garoto de cabelos escuros enquanto tira um pouco das mechas do seu cabelo mullet do rosto. — Eu vim com o meu moletom novinho do Doors justo hoje...

— Para de chorar, Jack. — Eu solto uma risada e agarro sua mão, o guiando para a antiga casa de Larry.

Entramos no elevador, que dava uma sensação de instabilidade tremenda.

— Que horror. Se a gente morrer aqui vão levar uns três mêses pra achar nossos corpos nesse barraco.

— Jack... — murmuro e olho para ele, franzindo levemente o cenho.

— ... Desculpa, lindinha. — Ele solta uma risadinha.

Descemos até o porão dos apartamentos. Com passos nervosos e apressados, atravessamos o corredor, indo em direção a antiga moradia de Larry Johnson.

— ... Não tenho as chaves.

— Se liga, linda, o gatão aqui faz academia. — Ele solta uma risada e pisca para mim.

Jackson se aproxima da porta e põe a mão direita na maçaneta. Ele força a porta e dá algumas batidas nela contra seu corpo com firmeza. As dobradiças tremem e a porta libera a passagem.

Ele se vira e põe as mãos para o alto.

— Seu irmão é foda, [Apelido].

Eu solto uma risada e reviro os olhos.

— Você é péssimo.

Eu agarro sua mão novamente, procurando um conforto maior.

Atravessamos a sala e fomos até o quarto de Larry, que estava com a porta entre-aberta.

— Se ele não estiver aqui eu estarei sem esperanças... — sussurro com a voz trêmula.

Jackson suspira e aperta minha mão de leve.

— Vai dar tudo certo, linda. A gente vai tirar meu cunhado de lá — ele diz suavemente e me dá um sorriso reconfortante.

Seu sorriso me contagia e eu apenas sorrio em resposta.

Passando pelo quarto e indo direto ao quintal. A casa da árvore parece que foi construída ontem de tão nova que parece. O que é estranho comparado ao estado do resto dos apartamentos.

Larry...

Minhas pernas paralisam ao som de nossos sapatos se arrastando pela grama. Eu engulo em grosso e olho para Jackson. Ele me olha cautelosamente e acaricia uma de minhas mãos.

— Eu sei que é difícil, [Nome]... — ele sussurra e me abraça. — Mas eu vou estár aqui. Sempre.

Sinto-o sorrir. Ele me abraça acariciando meus cabelos.

— Sabe? — ele sussurra. — Quando eu tinha oito anos eu pedi uma irmã. Até pedi ao nosso pai uma. — Ele solta uma risadinha. — Ele disse que eu já tinha, mas não a conhecia. E que ela era a garotinha mais bonita, gentil, engraçada e inteligente.

Ele beija minha bochecha.

— E ele estava extraordinariamente certo. Você é a melhor irmã que um garoto de oito pedi, um garoto como eu, poderia pedir.

Solto uma risadinha embargada.

— Você vai me fazer chorar, pirralho.

O abraço de volta com força.

Depois de alguns segundos de conforto voltamos para a nossa principal "missão".

— Tem certeza de que se tirarmos uma foto do Larry vai ser aceito como prova? — questiona Jackson, me encarando enquanto subo na casa da árvore. Ele suspira e vem logo atrás de mim. — E se ele aparecer mesmo? Tenho mó cagaço de fantasma!

Reviro os olhos e rio. Subimos na casa da árvore. Me elevo sobre o piso de madeira que tem um cheiro poerento e familiar. Eu suspiro e olho em volta, sentido a derrota antes mesmo de pensar em qualquer outra coisa.

Olho em voltar, e Jack choraminga atrás de mim.

— Ah, tá de zoeira, né? — Ele faz um biquinho. — Você vai me comprar outro moletom, [Nome]!

— É só lavar! Ou, melhor, tira esse moletom por agora.

— Não! Por baixo eu to com uma do Red Hot Chili Peppers!!

— ... Seu guarda-roupa é como o de um adolescente de quinze anos... — murmuro enquanto vasculho algumas coisas.

— Mais estiloso que o seu, Wandinha Adams.

— Para de me insultar. — Eu rio.

Depois de vasculhar e revirar a casa da árvore de cima a baixo, desisto. Me sento no canto da sala e suspiro nervosa.

— Que porra. — Olho para Jackson e mordo meu lábio inferior. — Eu não sei mais o que fazer... Ele não está aqui...

Jackson olha em volta e agarra uma câmera velha.

— Só vamos tirar uma foto daqui.

Franzo o cenho e inclino a cabeça.

— Pra quê? Aqui não tem nada de importante.

Jackson dá de ombros e tira uma foto do local. O clarão do flash parece cegar nossos olhos por um momento. Ele pega a foto que tirou com a câmera e me entrega.

— Tá aí.

Ele me entrega a foto. Eu a chacoalho em mãos e vejo... Uma figura. Um homem.

— ... Larry?

Eu olho para frente e... Larry.

·˚ ༘₊💍· ͟͟͞͞꒰➳ 𝐌𝐞𝐮 𝐌𝐚𝐬𝐜𝐚𝐫𝐚𝐝𝐨. 💙 {sally X y/n}Onde histórias criam vida. Descubra agora