O Desejo Sombrio

Capítulo 24

Rafaelly Almeida

1 mês depois...

Todos os dias, Oliver me busca as 7 horas, tomamos café juntos, vamos para o trabalho, no fim do dia jantamos e ele me traz para casa. E assim estamos vivendo essa rotina gostosa.

Hoje é meu aniversário. Um dia que, normalmente, ficaria em casa, maratonando os filmes de Harry Potter e comendo um bom brigadeiro. Mas Oliver se recusou a me deixar passar meu aniversário em casa.

Então decidimos jantar fora, e pela primeira vez decidi que estou pronta para voltar ao clube.

Ele preferiu esperar um pouco, até que eu estivesse certa dessa decisão. Ele tentou ao máximo se encaixar no meu mundinho, queria muito tentar entender o dele.

Minha roupa escolhida para a noite é um vestido de paetê preto, na altura do joelho. No pé uso uma sandália de tiras, com um pequeno salto.

Sinceramente, troquei de roupa três vezes. Não tenho a menor ideia do que usar em um clube de sexo.

As meninas disseram que não importa que roupa eu use, sempre vou acabar sem elas. Por esse motivo não estou usando roupa íntima.

Oliver que se vire comigo andando por aí sem calcinha.

Oliver está encostado no carro, usando seu terno, o que deixa ele com um ar mais sério.

Essa Mercedes me faz lembrar de coisas, momentos e sentimentos. Me faz lembrar dele me penetrando fundo, enquanto a chuva banhava nossos corpos. E do melhor orgasmo da minha vida, até agora.

- E eu achando que você não podia ficar ainda mais gostosa. - Esse sorrisinho deixa minhas pernas bambas.

- Espere até descobrir que estou sem calcinha. - Digo passando por ele e abrindo minha própria porta.

Ele dá a volta, entrando no lado do motorista.

- Você está um pouco mais ousada do que o normal. Eu amei!

- Agradeço o elogio! Você também não está nada mal.

- Agradeço! Escolha uma música!

Ele sempre me pede para escolher a música. Acho que ele ama meu gosto musical.

Escolho "How Long" do Charlie Puth. Ele também gosta de cantarolar as músicas, assim como eu.

O caminho foi curto. Curto demais para chegarmos no restaurante.

- Onde estamos? - Pergunto.

Ele me entrega uma caixinha de veludo vermelho. Ela é pequena e longa.

- Feliz aniversário!

Abro a caixinha, dando de cara com uma chave prateada.

- O que exatamente você quer dizer com isso? - Digo levantando a chave.

- Eu quero dizer que agora tem seu próprio apartamento.

- Você está me dando um apartamento? - Pergunto, dizendo palavra por palavra com muita calma. 

- Sim! - Ele está sorrindo para mim.

- Eu não posso aceitar um apartamento de presente.

- Claro que pode!

- Por que está me dando isso?

- Primeiro, porque eu posso te dar o que eu quiser. E segundo, não posso ficar entrando escondido na casa do John, toda vez que quiser te comer de madrugada.