Capítulo 11

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Oliver Danvers

Hoje meu dia foi um porre. Ava apareceu no escritório sem mais nem menos.

Descobri que os roubos estavam acontecendo a bastante tempo e ninguém percebeu.

Eliza, minha mãe adotiva, marcou um jantar de família e nem me deu a opção de fingir que tinha uma reunião.

Eu amo minha família, mas odeio me reunir pra que eles comecem a falar sobre eu trabalhar demais, não namorar, não casar, não ter filhos.

Depois de dar um leve empurrão na lamparina ao lado da estante eu finalmente entro no meu paraíso.

O grande salão nas cores branco e dourado não está tão cheio hoje.

O bar fica em frente a um quarto com paredes de vidro, onde a vista me permite ver perfeitamente uma mulher ruiva fazendo sexo oral em uma loira, enquanto um moreno a fode por trás.

- Whisky puro. - Digo para uma garçonete que usa apenas uma calcinha minúscula com cinta de liga.

No pole dance a esquerda um homem apenas de cueca e suspensório faz um dança sensual para alguns espectadores em sua frente.

Meu Whisky chega acompanhado com o número da garçonete. O nome Raquel está escrito no papel.

Ela realmente parece interessada em ser amarrada e amordaçada por mim. E eu pareço mais interessado ainda para amarra-lá.

Quando pego o telefone e coloco o número da mulher, visualizo uma mensagem de Liza dizendo.

*Amei essa diretora do financeiro! Pode contratar. Ela está me ajudando a acabar com o estoque de álcool do bar.*

Liza com certeza está bêbada, e pela foto que ela me mandou a garota inexperiente também está.

Como ela pretende voltar pra casa? Eu espero que ela não vá dirigir nessa condição. Connor foi passar a noite com a Alex, provavelmente não vai buscá-la.

Antes que eu perceba já me levantei e estou indo em direção a saída. A garçonete parece um pouco decepcionada por me ver ir embora.

Mas agora não tenho tempo pra isso, preciso impedir essa garota de se matar.

***

O bar está bem movimentado, a grande mesa com mais de trinta funcionários está agitada.

Todos estão gritando "VIRA, VIRA" e quem está virando tudo é Aline e a garota que me faz passar horas pensando como deve ser ouvir o som do seu gemido, enquanto a amarro e fodo sua pequena boquinha.

Quando ela termina de virar todos os cinco copos de vodka, um filho da puta lança um sorrisinho sacana.

Se esse moleque encostar a mão nela vou cortar ele em pedacinhos.

Rafaelly parece animada, seus cabelos estão presos em um coque mais solto. Ela usa o mesmo vestido de hoje mais cedo.

Quando Liza grita: "MAIS UMA VEZ". Eu pulo em direção a elas

- Sem essa "Mais uma vez". Todo mundo pra casa. - Pego as três pelo bracinho, como se fossem três crianças.

Liguei pra Paul, mandei ele buscar Liza e deixar Aline em casa.

- Ei, você não pode me obrigar a ir pra casa. - Diz minha garota colocando a mão na cintura e parando bem no meio da calçada.

- Eu posso fazer o que eu quiser. - Continuo andando, mas ela não me segue.

- Você vai andar ou vou ter que te pegar no colo? - Ela arregala os olhos.

- Não vou andar e não vou deixar você me carregar! - Ela está ficando nervosinha.

Antes que ela diga mais alguma coisa pego seu corpo e jogo em cima dos meus ombros. Ela solta um gritinho e esperneia igual criança.

Eu acerto um tapa na sua bunda. Ela reclama e protesta.

- Ei, o que você tá fazendo? Isso doeu. - Nem foi tão forte assim.

- Era pra doer mesmo. O que deu na sua cabeça de beber todas em um bar desconhecido, com pessoas desconhecidas? - Coloco ela no banco do passageiro e aperto bem o cinto de segurança.

- Você viu como aquele cara do TI estava te olhando? Como você pretendia voltar pra casa? Ia voltar dirigindo? Quer se matar? - Continuo a falar enquanto aperto o meu cinto.

- Para de ser paranoico, é óbvio que eu não ia dirigir. E o Mike é muito gente boa.

- Espera aí, você sabe o nome dele? Pra que você sabe o nome dele? - Pergunto mantendo meus olhos na estrada.

- Você achou mesmo que eu ia beber e conversar com ele sem saber o nome dele?

- Eu espero que ele só tenha conversado com você, porquê se eu descobrir que esse filho da puta colocou a mão em você, vou voltar lá e matar ele.

- Matar ele por quê? Porque ele me tratou como uma mulher de verdade e não como uma garota qualquer? - Do que ela está falando?

- Ele tocou ou não tocou em você?

- Não é da sua conta. Para esse carro agora. - Ela tenta tirar o cinto de segurança, mas eu a impeço que ela faça isso.

- Você só vai sair desse carro quando chegarmos. - Digo voltando meus olhos para a pista.

- Chegarmos aonde? Não está pensando em me levar pra sua casa, né? - Não seria uma ideia ruim.

Iria adorar ter ela na minha cama, vestindo minhas camisas, usando meu peito como travesseiro.

- Não vai me responder? - Pareço ter viajado por bastante tempo, já que ela teve que fazer essa pergunta.

- Infelizmente, estou te levando pra SUA casa.

- Ótimo! - Ela encosta a cabeça no banco e não diz mais nada.

***

Quando encosto o carro percebo que minha pequena garota está dormindo.

Ela estava quieta demais pra estar acordada.

Seu peito sobe e desce lentamente por conta da respiração regular. Seus lábios estão levemente entreabertos. Alguns cachos do seu coque estão soltos.

Às luzes da varanda se acendem. Madalena está abrindo a porta.

Pego minha pequena garota no colo, ela se mexe um pouco, parece que vai acordar. Mas se aconchega no meu colo, apoiando a cabeça no meu peito.

Madalena parece um pouco surpresa, mas não pergunta nada. Ela me mostra onde fica o quarto da garota e observa cada passo que eu dou.

Quando faço menção a tirar os sapatos da minha garota ela me interrompe.

- Acho que você já fez o suficiente por hoje. Vá para casa, eu cuido dela. - Ela é muito parecida com John.

Com certeza ele diria a mesma coisa. Eu me afasto e desço as escadas de volta.

(...)

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