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Áurea

Saio do banheiro vendo Brandão deitado já com roupa depois de ter tomado banho comigo e lá mesmo ter rolado o nosso terceiro round.

Vou pra frente dele colocando uma blusa dele que tinha ficando aqui e ele pega minha calcinha se abaixando passando a calcinha preta de renda em uma perna e depois e na outra e subindo deixando eu ajustar no meu corpo.

Olho pra minha bunda vendo a marca da mão dele e dou um risinho lembrando o motivo, dou um pulinho colocando a toalha na porta e vou pra cama deitando do lado dele. Brandão vem pra cima de mim deitando e fechando os olhos, começo fazer um carinho no cabelo dele mexendo no meu celular.

Áurea: Gabriel? - ouço ele resmungar baixo com os olhos fechado ainda. - amanhã compra o meu remédio e leva no salão pra mim, ouviu? - ele concorda, enfiando o rosto no meu pescoço.

Brandão: pra quer esse remédio? - ele fala no meu pé de ouvido.

Áurea: é a pílula, amor.

Brandão: hum, e o nosso filho? - olho pra cara dele dando risada.

Áurea: calma, tem nem uma semana que a gente tá sério. - ele levanta o rosto me olhando e depois volta o rosto pra meu pescoço dando um cheiro.

Pego meu celular que eu coloquei em cima das costas dele e vejo a mensagem da minha mãe falando que vai dormir na casa da amiga junto com minha avó. Olho pro braço do Gabriel mais frouxo na minha cintura mostrando que ele já dormiu.

Vou no aplicativo de uma lanchonete daqui, pedindo dois combos e o refri, finalizo o pedido, vendo que vai demorar uns minutinhos pra chegar.

[...]

Olho para o Gabriel saindo do banheiro com uma camisa azul da Lacoste no ombro, bermuda e a kenner. Ele vem pra perto de mim dando um cheirinho no meu cabelo, que eu tinha acabado de finalizar por cima e secado com o difusor.

Acordei com um pouquinho de cólica, e acabei ligando pra Vic pra falar que eu ia faltar no salão hoje. Gabriel quando acordou foi na farmácia e comprou um remédio e fez massagem na minha barriga.

Agora tô aqui deitada, vendo ele me cheirar toda parecendo um cachorro. Ele deita no meu pescoço dando um cheirinho e me abraçando, desde de ontem que ele tá todo grudento assim.

Pego o meu celular olhando as notificações por cima, vendo que não tinha nada de inoperante ali. Escuto o celular do Gabriel tocar ao mesmo tempo que o radinho começa a apitar antes dele entrar em linha no radinho só ouvimos a zuada dos fogos sendo lançado no céu.

Brandão

Tive nem tempo de raciocinar direito, levantei já pedindo um assistência no radinho, mandando trazer meu colete e o meu fuzil.

Áurea: não vai, ficar aqui comigo. Tô com o pressentimento ruim desde que eu acordei. - vou caminho de volta pra cama indo da um cheirinho na minha nega.

Brandão: fica de boa minha nega, daqui a pouco tô de volta. - ela concorda me olhando com uma carinha triste. - seu homem daqui a pouco tá de volta minha nega.

Áurea: cuidado viu? me avisa qualquer coisa. - concordo saindo quando o meu radinho começa a apitar já vendo o menor na linha.

Desço as escadas amarrando minha blusa no rosto e vou saindo pelo fundo vendo o menor me esperando com o colete e o meu fuzil, olho daqui de cima vendo que é os cana que tá invadindo, mas nem da praça principal não conseguiram passar ainda.

Vou descendo o beco acionando o Souza e Deco no radinho pra me darem uma assistência. Entro no beco estreito que dá pra boca principal encontrando Deco no meio do caminho com a camisa no rosto junto com o Souza.

Deco: patrão, da boca principal eles não passa. Metade deles já foram mortos, e a outra já tão querendo recuar. - confirmo, vendo um fardado encima da laje mirando na cabeça do Souza, em um gesto rápido eu aponto a minha Taurus T4 5,56 na testa dele vendo ele cair na hora com o sangue jorrando da laje.

Brandão: bora subir pra boca principal, e eu quero o nome de quem tá comandando a invasão. - ele confirma ajeitando o fuzil seguindo em direção pra boca principal junto com o Souza.

Vou indo pelo beco estreito ouvindo os sons do tiro abafado, olho pra cima de uma laje cheia de lençol estendido e vejo uma sobra e já aponto meu fuzil na direção vendo o corpo cair pra dentro do beco, ajeito meu fuzil e passo por cima do corpo velho e barrigudo e continuo indo pra direção da boca principal, olhando de cá de cima tendo a visão do pé do morro com os corpo no chão, olho o chiado do radinho e pego vendo Bucetinha na linha.

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Bucetinha: patrão, dos nossos foi dois ferido e o resto foi os cana eles tão tentando subir, mas não passa nem do postinho. Tem um helicóptero sobrevoando a região perto da mata, tão indo em direção a boca principal.

Brandão: beleza, quero reforço na boca principal. eu, Souza e Deco aqui, vou derrubar o helicóptero e nem do postinho eles passa, fé . - saio da linha, chegando em frente a boca principal.
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Paro do lado da boca vendo o helicóptero chegando perto e já miro minha T4 em direção da ponta dele vendo ele começar a girar indo em direção da mata, pronto pra cair.

Abaixo sentindo a adrenalina e o suor no meu corpo em plena segunda-feira. Olho pro relógio no meu pulso vendo que ainda é duas horas, respiro fundo sentindo o incômodo por tá com a blusa no rosto, Deco chega na minha beira abaixando do meu lado.

Deco: mandei dois pra fazer a segurança da casa da tua mãe e mais dois pra fazer a segurança da casa da tua mulher. - confirmo, lembrando da Áurea que quando eu sair eu deixei ela quase chorando e sentindo dor.

Escuto o barulho de tiro vendo o Deco ser atingindo com um tiro de fuzil na perna e barriga, pego meu fuzil levantando mas recuo pra trás quando sinto a queimação na minha canela caindo pra trás do lado do Deco desacordado e sinto minha pálpebra pesado, mas antes disso escuro os barulho de tiro e os passo da kenner chegando perto de mim e eu fecho os olhos escutando a voz do Souza de fundo.








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