23. drunk sober

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🌼

Com o coração batendo forte dentro do peito, Mingyu estava vivendo um turbilhão de emoções. Um misto de emoção e euforia e um sorriso idiota que se recusava a sair de seu rosto.

Ele pulou, cantou e dançou a primeira música que veio na sua cabeça. Uma melodia que, na verdade, não existia, mas que ele tinha acabado de criar só para aquele momento. Girando sobre tapete da sala, sentindo-se extasiado.

Ele o beijou, ele realmente o beijou! E foi a melhor coisa do mundo.

Mingyu se jogou no chão de braços abertos sem se importar se ainda estava encharcado. E, sentindo-se ridículo, ri de si mesmo. Com lágrimas nos olhos como se, de repente, tivesse voltado a ser aquele adolescente de quinze anos descobrindo a vida. No instante em que as primeiras lágrimas caem de seus olhos, o seu sorriso aumenta. Inundando o seu rosto por completo com lágrimas que não eram de tristeza, tampouco de raiva, mas somente o ápice da sua felicidade.

Seungcheol, Seungcheol, Seungcheol.

Ah.

Seu nome era como poesia. Sua risada era música. Ele era como uma canção nostálgica, um filme de natal, como a tenra luz laranja do pôr do sol num campo de dentes de leão. A fotografia mais bela, a pintura mais bonita. A técnica, o sentimento, a iluminação perfeita. Tudo nele provocava fascínio. Ele era arte pura e o homem que Mingyu amava. E agora ele podia tê-lo, beijar os seus lábios e abraçá-lo forte contra o peito e sussurrar promessas que ele tanto quis fazer há mais de um ano. Alí, jogando no chão no meio das sombras do apartamento onde só um pequeno abajur iluminava a sua alma, Mingyu teve as maiores inspirações de sua vida.

Embriagado de tanta beleza.

Mingyu, de repente, pôde ouvir os passinhos tímidos de Kkuma se aproximando dele cautelosamente como se tivesse acabado de acordar e quisesse se certificar que ele estava bem.

— Kkuma — Mingyu murmurou com a voz embargada, a abraçando carinhosamente, enquanto as lágrimas se misturavam com risadas discretas. — Eu estou tão feliz. Isso foi tão... incrível.

Ela começou a lamber o seu rosto e a balançar o rabinho animada. E, ao ouvir Mingyu gargalhar, ela teve certeza de que o seu dono estava muito bem. E como ele estava bem!

Mingyu se levantou ainda inerte e com um sorriso idiota no rosto, anestesiado por aquele sentimento de felicidade sem fim que tomava conta de todo o seu ser. Olhou em volta e viu as muitas malas jogadas na sala que ele deveria desfazer o mais rápido possível. Ele estava tão feliz que até a idéia de uma faxina no meio da noite não pareceu nada ruim.

Ele correu para tirar a roupas molhadas e vestir uma de suas roupas velhas ao qual ele tinha carinho. Ele se jogou na cama e agarrou um travesseiro, pressionando-o contra o rosto. Suspirando apaixonado.

Ele ainda tinha tanto o que dizer.

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Ele me beijou. Eu o beijei. Nós nos beijamos.

E eu adorei.

Quando se despediram, Seungcheol de repente não queria deixá-lo ir. Com a ardência do beijo em seus lábios e a sensação infinita de flutuar, ele não se importou nenhum pouco se estava todo molhado ou sujando o piso que ele tanto gostava de manter limpo. O sorriso tomou conta de sua expressão ao se lembrar do último e suave beijo que Mingyu lhe dera antes de entrar.

Haneul o fitou com uma expressão confusa, mas não fez muitos questionamentos. Ele tentou disfarçar, mas aquele sorriso... Aquele maldito sorriso não saía do seu rosto e fazia suas bochechas corarem vergonhosamente por causa daquele momento que não saía da sua memória. E o foi capaz de fazê-lo esquecer do dia terrível que estava tendo.

Begin again | S.Coups × MingyuOnde histórias criam vida. Descubra agora