35. i found you

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🌼

Haneul passou a maior parte da noite brincando. Em alguns momentos sua barriga doía e suas bochechas ficavam dormentes de tanto rir. Ela até tentou ajudar os adultos a fazer as panquecas, mas desde que ela, sem querer, rasgou o saco de farinha, ela saiu de fininho da cozinha para não levar uma bronca.

Mingyu riu e a colocou sobre os ombros enquanto corria pela sala. E os dois levaram bronca por estarem correndo dentro de casa.

Haneul estava feliz. Há muito tempo ela não sabia o que era se sentir sozinha.

Depois do jantar, Haneul tentou lutar contra o sono com todas as suas forças. Queria brincar mais, queria estar mais com o seu appa e o seu oppa. Mas, com os olhos pesados como uma bigorna, ela se deitou no sofá sem energia e, segundos depois, já estava dormindo.

Sem Mingyu se dar conta, distraído com a louça suja sobre a pia, Seungcheol levantou Haneul e subiu as escadas com a pequena nos braços, o abraçando como um coala, caminhando devagar para não acordá-la.

Ao terminar de lavar a louça, Mingyu olhou para trás e não viu Seungcheol. Ele subiu as escadas um pouco nervoso por estar subindo sem permissão, mas — ao espiar pela porta entreaberta do quarto de Haneul, de onde vinha a luz que iluminava o corredor — ele sentiu o coração rodopiar e pular dentro do peito.

Com uma voz mansa e suave, quase inaudível, Seungcheol cantava.

You are my sunshine

my only sunshine

You make me happy

when skies are gray

You'll never know dear,

how much I love you

Please don't take my sunshine away

Mingyu se encostou no umbral e, fechado os olhos, soltou um longo suspiro, ouvindo-o cantarolar, tentando conter as teimosas lágrimas de emoção que brotaram em seus olhos. Uma delas escorreu pela sua bochecha e Mingyu logo a enxugou, abrindo um sorriso.

Haneul segurava a mão do pai em seu sono
profundo, sentindo-se segura e amada enquanto o seu hyung cantava. Mingyu assistiu Seungcheol terminar de cobrir Haneul com o cobertor e depositar um beijo em sua testa.

Como ele pode ser tão precioso?

Mingyu empurra a porta e Seungcheol finalmente percebe que ele estava alí.

— Mingyu... — ele sussurrou, parecendo envergonhado com a possibilidade de Mingyu ter assistido tudo. Ele não se considerava um bom cantor. — Você estava aí há muito tempo?

— Um pouco.

Seungcheol estendeu a mão, como se chamasse Mingyu mais para perto. Mingyu se aproxima, segurando a mão do seu amado e admirando o anjinho alí adormecido.

— Quer dar um beijinho de boa noite nela? — sussurrou Seungcheol.

— Eu posso?

Seungcheol assentiu.

Mingyu se ajoelhou do lado da cama e abaixou a cabeça por um segundo. Seus lábios se curvaram para cima ao encarar a criatura mais adorável de todo universo. E, pela primeira vez na vida, Mingyu deu a Haneul um beijo de boa noite.

E gostaria de fazer isso para sempre. Todos os dias, até o fim de sua vida.

Ao deixarem o quarto de Haneul, Mingyu abraçou o mais velho por trás. O peito de Seungcheol se moveu com um riso, seguido de um arrepio, ao sentir os lábios de Mingyu contra o seu pescoço.

Begin again | S.Coups × MingyuOnde histórias criam vida. Descubra agora