8. potential date

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O fim de semana passou como um sopro.

Seungcheol mal se lembrava quando foi o último final de semana que ele realmente descansou. Na realidade, o seu final de semana era uma extensão do seu trabalho, só que essa, por sua vez, não era remunerado.

Na sexta-feira, quando Mingyu o levou até a escola de Haneul, ele se sentiu extremamente grato. Seungcheol sabia o quão ocupado era Mingyu, o quanto muitas empresas pagariam para ter uma hora na agenda dele, o que ele tinha mesmo sem ter nada para oferecer em troca.

Haneul tagarelou o jantar inteiro sobre o tio Mingyu. Seungcheol somente sorriu, balançando a cabeça para cada afirmação e elogio que a pequena fazia sobre o seu novo tio.

No fim, o desenho remendado com fita durex foi parar na porta da geladeira, obra das idéias de Haneul e das mãos ajudantes de Seungcheol.

Ele adorava ter tempo para Haneul. Brincar com ela no quintal até o sol se pôr, levá-la ao parquinho do bairro para brincar com os poucos amiguinhos que tinha feito no bairro depois que começaram a morar lá.

Essa era a melhor parte de estar em casa, mas passava tão rápido quanto um piscar de olhos. Os momentos bons passavam rápido.

Nos últimos dias Seungcheol tinha sentido que não tem dado tempo e atenção suficiente para Haneul, então ele decidiu mudar. Nem que fosse pelo simples ato pentear o cabelo dela, ele queria fazer daquele momento um momento em que eles pudessem conversar. Ele não se perdoaria se Haneul crescesse reprimindo seus verdadeiros sentimentos pela falta de tempo.

Então o domingo acabou e já era segunda, a rotina recomeçava mais uma vez.

Ao chegar ao trabalho, os olhos de Seungcheol inconscientemente procuraram por Mingyu. Ele queria agradecer mais uma vez por tudo o que ele tinha feito.

As horas passaram. Às vezes Seungcheol se pegava olhando pelo vidro da sala de reuniões, observando o rosto de cada diretor, mas ele não estava lá, então ele voltava ao trabalho com a sensação de que algo estava faltando.

Perto da janela, onde ele sempre costuma estar para ler seus documentos, não havia sinal dele. Com uma pilha de papéis na mão, Seungcheol olhou por toda extensão do corredor, mas ele não estava lá.

Foi assim por um, dois, três... três dias.

Dias Seungcheol nem sabia que estava contando; no quarto ele desistiu de contar.

Mingyu devia ter muita coisa para fazer, aquela não era a única empresa que ele trabalhava. Mas, apesar de ter se convencido disso, ele sentiu a sua falta.

Contudo ele tinha que continuar com o trabalho, principalmente depois do que aconteceu com Mingyu; o gerente Kim não parecia nada contente com ele. Ele o evitou em todas as manhãs e, em seu lugar, Youngjoon o comunicava de tudo o que ele tinha que fazer.

Foi quando ele reparou que o trabalho tinha aumentado. As pilhas de papéis aumentaram, ficaram mais pesadas e difíceis de carregar. Muitas vezes ele tinha que correr de um lado para o outro, seus pés doíam ao fim do dia.

Mas essa era sua função, afinal.

Ele colocou o bloco de papéis em cima da mesa, sentindo um alívio. Ele tinha que copiar cada um deles e colocar um espiral até o final da manhã para o próprio gerente Kim. Era um tempo corrido, mas ele achava que era capaz.

Ele ficou lá por alguns longos minutos. Abrindo, virando, tirando, colocando outro. Ele de distraiu durante o processo, tornando-se uma ação automática.

Um trabalho repetitivo que estava se tornando cansativo.

De costas para a porta, ele se abaixou para colocar todos os papéis ordem no chão para conseguir visualizar melhor. Pelo barulho ele percebeu que alguém entrou na sala.

Begin again | S.Coups × MingyuOnde histórias criam vida. Descubra agora