9. trapped

129 22 65
                                    

🌼

Mais tarde quando Seungcheol voltou para o seu cantinho, ele achou algo diferente em cima da mesa, algo que não tinha sido ele que tinha posto ali.

Ele sentou na cadeira curioso e com os olhos meio arregalados, pegando a caixinha de papel perdida no meio da bagunça dos papéis de sua mesa, abrindo com cuidado.

Ele sorriu como uma criança ao ver um copinho de sorvete muito fofo de uma sorveteria muito famosa de Seul. Ele lembrou que Haneul quase sempre passava na frente dessa sorveteria com um sorriso de orelha a orelha, olhando pela janela do ônibus. Porém o local não ficava nem um pouco perto do prédio em que trabalhava. Como poderia ter chegado ali sem derreter?

Mas isso não importava nem um pouco porque o melhor de tudo, era que o sorvete era de limão. Então ele se lembrou de alguém.

Só podia ser ele, não é mesmo? Não tinha um cartão ou o nome escrito em nenhum lugar, mas ele concluiu assim. Só ele poderia saber.

Nos últimos dias Mingyu não esteve tão presente, mas Seungcheol podia entender que por motivos de trabalho eles não podiam se ver com mais frequência, ele se sentia grato por ter um amigo como ele que sempre achava uma forma de mostrar que se importava.

Seungcheol guardou a caixinha dentro da gaveta para comer depois, foi quando Lee Youngjoon se aproximou dele, apoiando o quadril relaxandamente em sua mesa.

— Choi-ssi, você está livre?

Seungcheol olhou para cima para ver o rosto dele.

— Oh, na verdade hoje eu não tenho muito para fazer. — ele sorriu despreocupadamente.

— Faz um favor pra mim? — ele cruza os braços sobre o peito — Pode comprar a tequila do gerente para mim? Sabe que ele é metódico com isso e não podemos atrasar, sabe o quanto ele fica estressado se não toma, até parece um viciado com abstinência. E eu meio que tenho muita coisa pra fazer agora.

— Não devíamos alimentar esse vício dele. — Seungcheol pendeu a cabeça para o lado.

— Não seja tão inocente, Choi-ssi. Mas e aí, você vai?

Seungcheol sorriu de volta para ele.

— Tudo bem, eu vou.

Depois de descer até até o térreo, Seungcheol foi no supermercado perto do prédio. Youngjoon quase sempre se encarregava desse tipo de coisa para o gerente Kim e ele só percebeu que o outro não lhe dissera que tipo ou marca de tequila comprar quando já estava na fila para pagar, que já era bem grande por sinal.

Ele passou por Youngjoon na volta, que apontou para a porta da sala do gerente para dar ênfase na urgência. Ele deu duas batidinhas e logo foi respondido.

— Entre logo!

Seungcheol abre a porta enxerga o gerente pela brecha, entrando na sala com cautela.

Ao perceber a presença do outro alí, o gerente rolou os olhos.

— Eu trouxe a sua... — ele começou a falar, mas o gerente o interrompe, puxando a garrafa de tequila com força de suas mãos.

— Me dê isso.

O mais velho abriu a garrafa em um instante, próprio de alguém que já fazia isso com frequência. Suas mãos tremiam ansiosas para tomar o primeiro gole, ele parecia um completo dependente nem mesmo colocando a bebida num copo e bebendo direto da garrafa.

A bebida desceu como água.

Mas não foi o que ele esperava.

O gerente olhou para ele com fúria fazendo Seungcheol recuar.

Begin again | S.Coups × MingyuOnde histórias criam vida. Descubra agora