19. all the city lights

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Depois daquela noite, Mingyu passou a visitá-los com mais frequência.

No dia seguinte, ele veio quando Seungcheol menos esperava. Aparecendo na sua porta com um sorriso no rosto e a péssima desculpa de que Kkuma estava com saudades.

A famosa Kkuma que agora estava completamente diferente, com o pelo limpo e tosado, roupinha de marca e até lacinho na cabeça. Junção perfeita para fazer Haneul ter um ataque de fofura num nível extremo.

Elas brincaram juntas tarde inteira enquanto Mingyu e Seungcheol conversavam e puderam, finalmente, cumprir a promessa de dividir o bolo de aniversário.

Então os dias se passaram e algumas coisas mudaram.

A maneira como Seungcheol via Mingyu mudou. A maneira que ele o olhava também mudou. E, principalmente, como ele se sentia ao estar perto dele mudou. Agora, parecia que o tempo simplesmente parava quando ele estava perto dele. E ele poderia ficar assim para sempre.

No trabalho, Seungcheol chegava a passar mais tempo com ele do que trabalhando e nas horas em que estavam longe, ele se perguntava quando o veria de novo. Seungcheol perdeu tantas horas conversando, enviando mensagens e tomando cafés com ele, tantos que o fazia perder o sono à noite e sonhar acordado.

Ele se sentia tão bem ao lado de Mingyu, mesmo que não estivesse claro ainda o porquê.

Mas não foi só Seungcheol que mudou. A forma como Haneul via Mingyu também mudou depois do dia do seu aniversário.

Na manhã daquele sábado, Haneul desligou a televisão mais cedo e se sentou no chão do quarto para pintar. O que era curioso, já que a hora dos desenhos era quase em momento sagrado naquela casa. Seungcheol, então, deixou a comida no fogão por alguns minutos e subiu as escadas para dar uma olhada nela.

— Meu céu — ele se aproximou, sentando no chão ao lado dela — O que está fazendo?

Ele acaricia os seus cabelos.

— Estou pintando um retrato, appa. — ela sorri, mostrando a janelinha do dente que tinha caído naquela mesma semana.

— Um retrato? — perguntou curioso — De quem?

Haneul termina de dar os últimos retoques com o giz de cera no desenho e, finalmente, mostra para o pai.

— Eu, o appa e o Mingyu-oppa. Gostou appa?

Seungcheol analisou o desenho em silêncio. Havia um gramado, um sol amarelo sorrindo no canto da folha, árvores e passarinhos voando ao redor dos três bonequinhos de mãos dadas. Dois homens e uma menina. Os três estavam sorridentes e felizes.

Era um desenho exatamente igual ao daquele dia, mas, desta vez, havia alguém mais.

— Está muito lindo, meu amor. Mas por quê você desenhou o Mingyu-oppa junto com a gente?

Haneul pega o desenho de volta, começando a desenhar algumas flores e então fala:

— Porque a professora pediu para que a gente fizesse um desenho de um dia especial para uma exposição que vai ter no fim do mês. Ai eu desenhei um dia especial, o dia do meu aniversário.

Ela comentou distraída, colorindo as pétalas das flores de azul. A cor que ela mais gostava.

— E por quê você escolheu o dia do seu aniversário? — Seungcheol questionou, fazendo-a parar e pensar por alguns segundos.

— Porque foi a primeira coisa que veio na minha cabeça. — sorri simplista — Ah, appa, você pode chamar o Mingyu-oppa pra ver a exposição? Eu quero que ele veja os desenhos que eu vou fazer com as minhas amigas. Vou fazer uns dez! E pede pra ele levar a Kkuma também! Ah! — ela percebe algo — Eu tinha esquecido de desenhar a Kkuma, olha como eu sou esquecida.

Begin again | S.Coups × MingyuOnde histórias criam vida. Descubra agora