Narrativa Sophie.
[...]
Ja estava na pista esperando para que fosse liberada a largada, olhei para o lado onde o Chris estava lhe dando um sorriso de lado.
Tinha algumas pessoas que estavam torcendo por mim assim como tinham também torcendo pelo Chris.
A moça que segurava duas bandeiras em cada mão subiu a primeira, apertei minhas mãos no volante sentindo meu coração acelerar. Fazia tempo que eu não corria, estava nervosa mais muito animada também.
A mulher levantou a segunda bandeira pro alto, dei uma acelerada sem sair do lugar fazendo apenas barulho, então ela abaixa as duas bandeiras ao mesmo tempo indicando que tinha começado.
Arranquei com o carro ao mesmo tempo que o Chris mas em poucos segundos o dele ficou pra trás, dei um sorriso olhando pelo retrovisor.
A pista era cheia de curvas, uma coisa que eu amava ao contrário de muitos, eu era bom em fazer curvas em alta velocidade e se o outro piloto tivesse que dar uma mínima desacelerada eu já podia ganhar alguns km de distância.
na primeira curva observei Chris fazer como tinha imaginado, ele largou o acelerador para poder fazer a curva enquanto eu acelerava até o último.
Vi algumas pessoas que assistiam com o semblante preocupado por eu estar em tamanha velocidade prestes a virar, seria arriscado porém eu amava sentir adrenalina.
Assim que cheguei na curva girei o volante fazendo o carro derrapar e fazer um lindo drift, durante aqueles pequenos segundos senti uma felicidade imensa, viver de riscos é uma das coisas que eu mais amo, me faz sentir viva.
Quando o carro voltou a se estabilizar em linha reta comecei a acelerar até o limite do carro, dando olhadas pelo retrovisor conseguia ver o carro de Chris para trás e ele com uma feição irritada no rosto, não contive minha risada ao ver aquela cena.
Foram mais ou menos uns 15 minutos de três voltas naquela pista cheia de curvas, como o esperado eu ganhei.
Quando cruzei a linha de chegada final desci do carro com meu ego lá em cima, ouvido aplausos e gritos pelo meu nome. Logo o carro de Chris parou ao lado do meu, ele que a poucos minutos estava com uma cara péssima agora estava com um sorriso debochado nos labios.
-Ate que você não perdeu as manhas. -diz ele se apoiando sobre meu carro-
-Eu disse para não cantar vitória antes da hora docinho. -sorri parando ao seu lado.- Vou estar esperando pelo dinheiro cair na minha conta, não que fizesse diferença. -gargalhei adentrando meu carro novamente-
Chris saiu de perto enquanto eu saia do meio da pista indo para onde Stella estava.
-MEU DEUS, você arrasou, aquelas curvas arriscada e você passando por toda velocidade nelas meu Deus, meu coração estava por sair da boca. -ela dizia eufórica entrando dentro do meu carro- Bem feito para aquele babaca. -ela riu achando o máximo ele ter perdido pra mim-
-Muito difícil ganhar de mim Ste, eu sou a melhor. -joguei meu cabelo pro lado me gabando fazendo ela rir mais-
-Nao quer ficar mais um pouco? -pergunta a garota ao meu lado vendo que eu estava indo em direção a saída.-
-Eu não preciso ver outras pessoas correndo, eu só corro, ganho e vou embora. -digo zoando, mas no fundo sempre foi assim- Eu amei ter vindo Stella, me fez distrair um pouco a mente, mas agora eu realmente preciso apenas de uma bela noite de sono.
Stella acabou concordando, ao contrário da ida a volta foi bem calma e silenciosa, Stella na metade do caminho acabou pegando no sono.
Aproveitei para parar num posto e abastecer, quando ela acordou enquanto eu abastecia pedi pra que ela voltasse dirigindo o resto do caminho se não quisesse que eu dormisse sobre o volante e ela aceitou.
No que o carro começou a balançar eu fechei os olhos e adormeci...
[...]
"mamãe, acorda. Papai, acorda."
"acordem por favor"
"o que tá acontecendo"
"alguém me ajuda"
"meus pais estão dentro daquele carro"
"socorro, por favor..."
[...]
Acordei com o coração acelerado e sentindo alguém me cutucar.
-Sophie, acorda! -ouvi a voz da Stella-
Abri meus olhos levando minha mão ao meu peito tentando controlar minha respiração.
-Ei calma, foi só um sonho, calma. -ela consolava enquanto eu raciocinava- Sonhou com eles de novo, não foi? -concordei com a cabeça quando senti minha respiração e coração se acalmarem-
-Eu me sinto tão culpada ainda. -digo sentindo um nó na garganta sendo formado ao lembrar deles, a uns dias que eu vinha tendo sonhos com meus pais, na verdade estavam mais para pesadelos.-
-Sophie, você não teve culpa, foi um acidente e você era uma criança.
-Mas eu podia ter tentado impedir, por que não foi eu no lugar deles? Por que? -nao consegui impedir com que uma lágrima caísse seguida por varias-
-Vem cá. -ela abriu os braços, me deitei sobre seu peito sentindo ela me dar um abraço bem forte, não aguentei e comecei a chorar igual um bebê no colo dela.- Eles devem estar orgulhosos que você sobreviveu, e onde quer que eles estejam, eles estão cuidando de ti, não se culpe por algo que você não teve a mínima culpa.
-Voce acha que eles tem orgulho do que eu me tornei Stella? A ovelha negra da família, dona de uma facção, a única que esteve naquele carro e não morreu junto. A única perfeitinha é a Isabelly-desabafei com as lágrimas descontroladas que desciam-
Stella se calou provavelmente não sabendo o que falar mais, apenas apertando mais seu abraço como consolo enquanto eu me acabava em lágrimas dentro daquele carro em frente a nossa casa.
Notas da autora:
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It is love? | TOM KAULITZ
RomantizmSophie Schulz era apenas uma garotinha com uma vida normal quando um trágico acidente fez sua vida mudar completamente, ela e sua irmã mais nova Isabelly Schulz cresceram com essa dor e tiveram rumos diferentes, Isabelly optando por uma vida normal...