Capítulo 24

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*Olá, amores! Este é o penúltimo capítulo, tem cenas hot, espero que gostem! Boa leitura ♥*

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Milo


Retornou a Berkant naquela manhã. Tinha viajado de dirigível por quase seis horas, durante praticamente toda a madrugada. Estava cansado e com sono, mas não podia deixar transparecer. Isso porque veio com o intuito de encontrar Kendrik!

Ele passou por uma punição que durou alguns dias, não foi nada sério como temeu que seria. Precisou trabalhar para o seu pai redigindo cartas, traduzindo pergaminhos e escrevendo três pedidos de desculpas de três páginas cada um, prometendo ser responsável e rever suas ações antes de tomar decisões que poderiam prejudicar os outros.

Claro, seu pai ainda tinha fé que ele poderia aceitar ser o herdeiro do trono de Volkan. Contudo, Milo deixou claro que seu irmão Arturo era perfeito para isso e o indicou para o cargo, tentando tirar seu corpo fora.

Depois de cinco dias, foi capaz de retornar para Berkant. Claro, desta vez se atentando a deixar todos avisados de sua viagem e com data para retorno. Não os culpava, de fato sua família era muito boa com ele e todos se preocupavam demais. Não queria provocar mais preocupação a eles.

Em Berkant, nada mudou. A cidade continuava cheia e todos queriam uma chance de falar com ele. Não foi capaz de esconder suas vestes reais, precisou andar com um grupo de guarda-costas.

Milo foi até o esconderijo de Kendrik que ele chamava de casa. Ficava em um edifício de madeira que era até um pouco torto, colado em várias outras casas com mais de um andar. A rua estava bem sombreada para a hora do dia, também por haver muitas roupas penduradas em varais compartilhados na parte de cima.

Havia uma portinha que levava ao porão. Milo bateu esperando por resposta, mas ninguém respondeu. Ele bateu novamente e, sem resposta, decidiu forçar a entrada. De fato, a porta estava destrancada. Ele entrou sozinho, fechando a porta atrás de si.

O porão se manteve em um estado ainda pior do que quando veio pela primeira vez. Estava repleto com uma camada de poeira por todos os lados, teias de aranha nas extremidades do teto que lhe deram calafrios, uma mesa cheia de garrafas vazias...

Assustou-se quando encontrou Kendrik jogado sobre um colchão velho, definhando em sua própria miséria.

— Kendrik! — Milo se ajoelhou ao seu lado, desesperado. — Kendrik, fale comigo? Você está vivo?

Ele o virou e Kendrik resmungou, ainda meio bêbado. Por que ele...?

Milo o observou e depois a mesa repleta de garrafas. Isso só queria dizer que alguma coisa deu muito errado enquanto esteve fora.

Um pouco mais tarde, quando Kendrik finalmente conseguiu acordar sóbrio, com uma terrível ressaca, foram capazes de sentar e conversar.

— Agora você consegue me dizer o que aconteceu? Não sabe o meu desespero te ver assim...

O feneco sentou na outra cadeira, cabisbaixo. As lágrimas verteram imediatamente. — Perdi meu emprego... Tian era o único que me mantinha lá, mas ele deixou o castelo...

— Oh... — Sentiu-se mal por ele... no entanto, perder o emprego não significava o fim, Milo poderia ajudá-lo a se reerguer de novo, ele só tinha que deixá-lo ajudar.

— Mas esse nem é o problema. — Kendrik esfregou os olhos, soluçando. Cortou seu coração vê-lo assim. — Levaram meu irmãozinho... adotaram ele... e eu nem posso saber para onde foi.

A Lenda de Orhan [Romance BL]Onde histórias criam vida. Descubra agora