- o campo de guerra não é lugar de hesitação... - Kira puxou o ar dos pulmões enquanto dava passos para trás. - Yukimura!- eu não sou louca... - ela sorriu grande, enquanto uma linha de sangue descia de sua testa. - jamais irei conseguir derrotar você, mas ainda preciso passar por você. - o homem a frente dela sorriu de lado.
- pensei que me respeitasse! - Kira ficou em modo de batalha.
- meu respeito não irá desaparecer por ser mais rápida que o senhor. - ela girou seu bastão de gelo. - mas entenda, é o meu pai que está atrás daquela porta, Aokiji-Senpai!
Antes:
Foram 11 anos sem ver sua filha, e ela estava ali em sua frente, e as únicas palavras que disse foi "desculpe", mas Kira queria mais, uma explicação talvez, por quê? Ela queria uma explicação concreta, seus pais a abandonaram, sem mais nem menos, foi então que Akemi começou.
- quando eu descobri que estava grávida, seu pai e eu já estávamos separados... - na sala estava apenas Ace, Akemi, Kira e Marco. - não éramos tão novos assim, tínhamos a cabeça no lugar, por isso não vou usar está desculpa. - Akemi bebeu de seu saquê recuperando a coragem. - eu tive você no mar... Mas eu era incompetente demais para cuidar de você, foi então que tentei te vender para um Ricaço, ele iria te dá do bom e do melhor, você merecia pais de verdade, e uma vida boa, mas Shanks descobriu sobre você, a filha dele. - Akemi apertou suas mãos com força. - mas ele não via, o que eu via...
- o que você via? - Kira perguntou com seus olhos marejados, querendo derramar suas Lágrimas.
- a filha de dois dos piores piratas do mar, uma criança marcada pela Marinha, que tinha apenas um destino, uma criança amaldiçoado, que nasceu com pescoço na forca. - ela olhou para Ace, naquele momento ela não falava apenas de um de seus filhos... - se você tivesse em uma família normal, as chances de você ser morta seriam poucas. - Akemi bebeu mais um gole de seu saquê, e limpou a boca. - naquele dia Shanks e eu travamos uma guerra, mas não corporal... Kira, quero que saiba, seu pai e eu nunca deixamos de te amar, apenas tínhamos ideias diferentes, ele acreditava que seria o bastante para lhe proteger, eu acreditava que nunca seríamos bons pais, e no fim... Eu estava certa. - Kira assentiu levemente.
- vocês se amavam?
- não sei se posso chamar o que tínhamos de amor. - Marco se mexeu incomodado, Apenas um cego não veria o quanto ele e Akemi tinham uma afeição um pelo outro, mesmo vivendo em uma guerra constante. - depois que você comeu suas duas akuma no mi, eu fiquei ainda mais preocupada, não levaria tanto tempo para a Marinha chegar até você, foi por isso que tentei te entregar para um almirante, ele iria te ajudar a aperfeiçoar sua akuma no mi, e te tornaria uma Marinheira! - Akemi falou da Marinha com cara de nojo. - mas seu pai foi tão teimoso, foi então que seu acidente aconteceu, e você foi morar com Fugaku.
- Fugaku...
- eu não sei, não sei sua história, não sei de nada. - Akemi abaixou seu olhar com um pequeno sorriso. - Mas seu avô, Garp, me deu sua palavra de que seu tio está vivo.
- tem visto o Vovô? - Kira perguntou eufórica, fazia um tempo que o velho não ia lhe visitar em sua ilha.
- capitã! - um dos subordinados abriu a porta, era Brand. - olá Kira-San, sou Brand. - Akemi sorriu pequeno para Kira.
- Brand é o médico do meu navio, foi ele que fez o seu parto. - Kira ficou surpresa, e sorriu. - foi a primeira pessoa a te ter nos braços.
- eu fui o segundo. - Marco sorriu provocador para Akemi. - ganhei de você, de novo.
- claro, você joga sujo, não pode me ganhar em outras coisas. - Akemi sorriu enorme, enquanto deixava o mais velho com raiva.
- Bruxa, eu ganho de você em muitas outras coisas. - Kira olhava para os dois estranhos, a rivalidade deles lembra de Zoro e Sanji, mas tinha certeza que entre os dois a sua frente rolava uma enorme tensão sexual. Ela balançou a cabeça afastando os pensamentos, e olhou para Ace que ria, Marco e Akemi rolavam no chão da pequena sala em uma lutinha.