Despedaçada

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Cheguei na mansão do Batman com medo que alguém me visse na porta, afinal aquela era a mansão do Bruce e se alguém me visse ali, teria problemas. Toquei a campainha e Alfred atendeu.

- Senhorita Diana, que prazer! O que a traz aqui essa hora da noite?

- Boa Noite, Alfred. Preciso falar com o Batman. Ele está?

Ele esperou alguns segundos antes de responder :

- Ele está por ai, Senhorita. Creio que hoje ele chegará mais tarde... ouvi dizer que ele está em alguma missão...hã...secreta.

Achei Alfred estranho, como se estivesse me escondendo algo. Achei estranho tudo aquilo mas confiei nele. Ele não mentiria, eu espero.

-Obrigada, Alfred. Quando ele voltar, peça para ele me procurar , por favor.

- Claro, Senhorita. Boa noite.

Sai do quintal da mansão e resolvi me sentar em um dos prédios virados para a mansão do Batman. Fiquei ali parada por alguns minutos olhando para a lua. Então olhei para o chão e vi um movimento rápido demais. Ouvi um barulho estranho e então o silencio. Fui até o outro lado da janela e vi que estava tudo escuro lá dentro. A mansão era rodeada de janelas e fiquei tão curiosa com o barulho que resolvi olhar as outras. Foi então que os vi. Na última janela com as luzes apagadas só se ouvia os suspiros. E gemidos.

Batman estava sentado no chão e a mulher gato enrolada na sua cintura, no meio das suas pernas. A blusa levantada mostrando metade do seu abdômen.

Ele estava de uniforme ela também mas sem os sapatos. Sua mão acariciava o abdômen dele enquanto ele beijava seu pescoço. Ele abriu o zíper da blusa dela e seus seios quase a mostra se não fosse pelo tecido do sutiã lilás. Puxa, Alfred... é mesmo uma missão secreta. Agora eu sabia porque Hera venenosa estava tão brava com essa felina maldita. Ela SABIA que eles tinham um caso e agora eu estava lá, presenciando isso. A janela estava fechada e de repente eu senti meu sangue subir e não me controlei. Voei e quebrei o vidro, dando um susto nos dois pombinhos. Parei tão próximo deles que mal parecia real.

Batman arregalou os olhos e pela primeira vez o vi de máscara mas com reação pois a boca estava aberta. Já a pulguenta estava rindo. Ainda mexendo no peito dele até que ele segurou seu pulso com força e retirou a mão dela.

-Diana.

- O que está acontecendo aqui ? Eu não acredito que você é capaz de fazer isso, você esta traindo a Liga , esta traindo seus amigos, sua família. Como pode?

- Ele não resiste, querida. Sou muito atraente e sexy. Isso porque você ainda não me viu sem roupa, sou uma maravilha não é , Bat?

Eu voei pra cima dela. Imunda. Pulguenta. Fui com a mão fechada mas um simples soco meu ia destruir aquela carinha de safada. A peguei pelos ombros e prendi na parede.

-Você não sabe com quem esta falando, sua imunda! Pense muito bem antes de dirigir uma palavra para mim.

Senti braços fortes me envolverem e eu estava sendo puxada. Comecei a relaxar mas minha raiva não passou. Deixei os braços me apertarem.

-Selina, sai.

- Ah Batman... agora que a brincadeira começou? Vamos brincar. Quer participar Mulher Maravilha?

Me soltei e dei um tapa na cara dela mas tinha certeza que não havia doído pouco pois era o MEU tapa. Vi a ira nos seus olhos e ela foi mais rápida. Senti minhas costas ardendo e o sangue fluindo. Gritei de dor. Aquela nojenta tinha me arranhado! Caí no chão, aquilo ardeu demais. Nunca havia sentido uma dor assim, apenas uma vez que enfiaram uma lança nas minhas costas e o Superman tentou tirar. Batman pegou Selina pelos pulsos e a carregou até a janela.

-Sai.

Ela fez uma cara de piedade e fechou o zíper da blusa. Mordeu os lábios dele e pulou da janela. Sabia que ela não quebraria nada mas desejei que torcesse o pé . Não conseguia sair do chão de tanta dor, logo eu me curaria mas aquilo ia demorar.

Batman se ajoelhou e me pegou no colo.

- Me solta. Eu estou com nojo de você. Você traiu todos nós e tenho certeza que jamais irei te perdoar por isso.

Ele não disse nada apenas me olhou e me levou para o corredor.

- Por que você fez isso? Por que tem um caso com ela?

- Não devo satisfações da minha vida pessoal.

- Na verdade você tem sim a partir do momento que vai para cama com alguém que quer destruir seus amigos.

Ele não respondeu e chegamos em uma sala toda branca. Enfermaria. Quem tem uma enfermaria em casa? Ele me colocou de costas em uma maca e fechei os olhos. Ele passou um pano quente nas minhas costas e gemi de dor.

- Calma... eu vou limpar para não infeccionar. Depois vou passar uma pomada e ai vamos enfaixar. Você se cura rápido, amanhã já estará bom.

Senti ele começar a passar o pano mas a dor estava insuportável.

- Bat...man, não estou aguentando. Esta doendo demais.

Ele foi até uma gaveta e pegou uma agulha...droga.

-Vou colocar você para dormir, está bem?

- Eu vou dormir aqui ?

Fiquei esperando ele responder até que senti uma picada no braço e o liquido sendo injetado.

Depois daquilo ouvi poucas coisas e a escuridão me levou.


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