Héctor me coloca de volta a cabine, está muito nervoso com tudo que aconteceu eu estou trêmula até agora, ele senta sobre a sua poltrona e tira suas botas, parece cansado.
Eu sento na cadeira e aperto as mãos aflita.
— Obrigada, por não ter me entregado para aqueles homens - digo fraca.
Ele passa sua mão sobre seus cabelos negros e respira pesadamente, ele me olha sério.
— Aquele homem a usaria até se cansar e depois a jogaria para seus homens e quando estivesse quase morta te jogaria aos tubarões, eu não desejaria isto nem mesmo para meu pior inimigo - desabafa pesadamente, sinto meu estômago embrulhar.
Me jogo de joelhos aos seus pés aos prantos.
— Muito obrigada Héctor devo minha vida a você - digo enquanto as lágrimas caem de meus olhos, ele parece surpreso e se levanta.
— Levante-se mulher, não me deve nada - diz sem jeito.
Obedeço e volto a sentar na cadeira mais calma.
Vejo ele se servir de um drinque de uísque bebi de uma só vez, mais um e mais outro, observo calada.
Ele parece incomodado com algo e tira sua camisa de botões, deixando seu peitoral nu a mostra, engulo em seco.
Nunca tinha visto um homem assim antes, tento não observá-lo tanto.
Ele volta a sentar na poltrona com outro copo de uísque.
Sua pele é bronzeada, com uma leve pelugem cobrindo seu peitoral forte e percorrendo sua barriga, preciso me concentrar em algo a não ser seu corpo a mostra.
— O que foi Sofie parece incomodada - ele diz seco
— Hum... o calor... este navio faz muito calor - digo.
Ele sorri ladino
— Amanhã chegamos ao nosso destino, vou pedir que tragam algo mais leve para você.
— Obrigada - digo, ele se levanta e se deita na sua rede.
Mas tarde Jason trás nosso jantar, Héctor parece bem cansado ou muito bêbado ele não se levanta para jantar.
— Obrigada Jason - agradeço
— Onde está o capitão - pergunta curioso tentando ver dentro do cômodo através da porta.
— Está exausto dormindo - digo enquanto olho em a direção rede.
— entendo - Jason diz e se vai
Como um pouco mas não consigo comer tudo o dia foi cheio de emoções me fez perder o apetite, Dexter come o resto do meu ensopado.
Aproximo da rede onde Héctor dorme, um de seus braços está pousado sobre sua cabeça, e a outra mão sobre sua barriga, sua respiração é profunda.
Espere vejo algo intrigante embaixo de sua pelugem sobre seu peito direito, parece ser um desenho.Aproximo ainda mais meu rosto, e afasto devagar o pelo de seu peito para ver melhor, é uma âncora pequena.
— O que pensa que está fazendo - sua voz predomina o lugar eu pulo de susto e me afasto ele segura um de meus pulsos e senta sobre a sua rede — Fale o que está fazendo ? Iria me enforcar? Ou enfiar uma adaga sobre meu peito ? - ele rosna
— não, eu apenas queria saber se queria jantar - digo assustada
— Não foi isso que me pareceu, fale logo ! - ele solta meu pulso com desprezo.
— Eu nunca tinha visto um desenho sobre a pele, já tinha ouvido falar mas nunca visto. - digo
Ele encara seu peito e passa uma de suas mãos sobre o desenho.
— Isto aqui ?
Confirmo com a cabeça.— venha cá - ele pede, eu fico imóvel — venha !
Aproximo devagar.
— pode tocar mas só desta vez - diz agora mais calmo, engulo seco e aproximo o rosto.
— Posso? - pergunto em um sussurro, ele confirma que sim com a cabeça.
Paço meu dedo indicador devagar sobre o pelo e o desenho.
— Dói- pergunto
— não, não dói - diz baixinho
— Que incrível, não sai mais de sua pele ?
— Acredito que não - ele diz e me encara, eu o olho melhor, nossos olhares se cruzam, Héctor se esconde atrás daquela barba mas parece ser um homem jovem e atraente.
Ele desvia e se levanta eu me afasto sem jeito.
No dia seguinte chegamos ao destino, os homens estão alegres e descarregam toda a mercadoria de meu pai.
Sinto falta de Charlote.
— Jason compre algum vestido leve para Sofie - escuto enquanto Héctor pede, Jason se vai entre as pessoas.
Héctor se ocupa em supervisionar os homens descarregar tudo, estão todos ocupados. Está é minha chance de fugir.
Não posso voltar para casa meu pai não me perdoaria qual seria meu destino, não posso voltar sou a vergonha de minha mãe, preciso continuar com meu plano de fuga.
Distraídos saio em passos calmos e entro em meio a multidão, acelero o passo e entro em algumas ruas sem direção, só sei que preciso andar, andar e andar o mais longe possível do cais.
Acho que caminhei o bastante, olho para trás e parece que meu plano de fuga deu certo, foi mais fácil do que imaginei, penso comigo mesma.
Volto a caminhar olhando para frente e esbarro em alguém alto.
— Onde pensa que vai - Héctor diz arqueando uma de suas sobrancelhas
— Héctor? Como me achou - consigo dizer, Dexter late logo atrás dele, Dexter me dedurou cão esperto penso.
— vamos volte por onde veio !
— Não voltarei - digo firme.
Héctor com um gesto rápido e simples me joga sobre seus ombros.
— Me solte - Grito enquanto bato sobre suas costas, pareço um saco de batatas.
Quando estávamos chegando no seu navio ouço os homens comemorarem
— Vejam só o capitão a encontrou - um deles gritam.
Ele entra comigo ainda jogada nos seus ombros, é vergonhoso é patético está situação.
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Raposa
RomanceSofie Lester é uma jovem espirituosa e um tanto teimosa, ela vem de uma família da alta sociedade. Seu pai a promete em casamento, ela se recusa casar-se sem amor mas seu destino já está traçado, não se Sofie puder impedir. Vestida com trajes de hom...