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Héctor partirá amanhã para mais uma de suas viajens, já estou com saudades.

— Quantos dias ficará fora ? - pergunto baixinho enquanto estamos na sala de seus pais sentados.

Com seu braço apoiado sobre meu ombro ele deixa um beijo no topo da minha cabeça.

— por volta de uns sete dias - diz

Não disfarço minha tristeza, dormir ao lado dele é bom, Héctor é tudo que eu queria, amável e carinhoso.

— vou fazer de tudo para ser o mais breve possível e voltar correndo para seus braços - cochicha, sorrio satisfeita e ele retribui.

Alicinha brinca lá fora com Dexter, estão todos no jardim conversando e sorrindo, eu pedi para lavar a louça do almoço, era o mínimo.

Faço um coque o calor está de matar eu não me lembrava dos verões serem tão quentes por aqui.

Concentrada lavando os pratos sou pega de surpresa, Héctor me agarra por trás.

— Ei o que está fazendo? - pergunto torcendo um pouco o rosto para encara-lo enquanto está atrás de mim com as mãos entrelaçadas pelo meu corpo.

Ele sorri seus olhos estão semi serrados.

— Nada demais - diz no meu ouvido eu volto a olhar para frente e tentar me concentrar na louça.

Sinto seus lábios percorrerem pelo meu pescoço meu corpo arrepia é automático.

— Eu estava realmente muito cego, esse tempo todo bem aqui - diz

Suas mãos deslizam por cima do meu vestido e acaricia minha vulva.

— Héctor, aqui não - o repreendo sentindo meu rosto corar.

Ele sorri, sínico e antes de me soltar cochicha no meu ouvido.

— Mais tarde você não escapará - sua voz e a malícia de suas palavras fazem meu corpo formigar.

Ele me deixa ali lavando os pratos cheia de desejo.

Em casa assim que entramos Héctor me agarra.

— Passei o dia inteiro te desejando - diz com a voz rouca enquanto me beija.

Eu acaricio seus cabelos macios e sinto seu cheiro amadeirado com hortelã.

— Vamos para nosso quarto - digo

E assim faz me leva para o quarto, deitada na cama assisto ele tirar cada peça de roupa e por fim seu membro duro e grande a mostra, mordo o lábio.

Ele sorri e me ataca tirando minhas roupas com urgência. Temos mais uma noite de prazer, Héctor me leva a loucura, sinto coisas que pensava nunca sentir.

Héctor faz amor com urgência, suas mãos são firmes e suas estocadas fundas e fortes, gosto muito da forma que me conduz.

Levanto bem cedinho e preparo o seu café antes de partir. Me despeço com tristeza mas entendo este é seu trabalho.

***

Alicinha passa a maior parte do tempo comigo, estou a ensinando bordado, aprendi ainda criança e agora quero ensiná-la, ela está amando.

Já se passaram cinco dias que Héctor saiu para sua viajem em breve já estará de volta, sinto uma empolgação em imaginar seu retorno.

Vou ao centro comprar alguns mantimentos para casa quero que esteja tudo bem abastecido para quando Héctor retornar.

Fiz as compras e pensei em retornar para casa mas antes penso em dar uma olhada na livraria, talvez um livro novo que me agrade tenha chego.

A caminho da livraria passo de esquina com o cais onde os navios desembarcam por curiosidade observo os navios atracados, e um deles me chama atenção, eu reconheço, aquele é maresia o navio de Héctor, ele está de volta, meu coração da uma saltada no peito.

Não vou mais a livraria desvio o caminho e vou ao cais. Vejo alguns homens descerem alegres e conversando.

— Mulher a vista, capitão - Jason grita na proa do navio, ele acena para mim eu retribuo o gesto.

Héctor surge e salta do navio em pulo com a ajuda de uma das cordas.

Ali está meu homem, tão lindo, forte e viril. Abro um sorrisão e deixo as sacolas no chão e corro para seus braços Héctor me agarra com facilidade.

O encho de beijos ele gargalha, os tripulantes assoviam e sorriam.

— Pensei que chegaria só daqui dois dias - digo

— Eu disse que tentaria ser o mais breve possível.

— E foi, assim que descarregamos a mercadoria já retornamos o capitão estava ansioso para retornar - Jason diz

Héctor me coloca no chão.

— Olá, Jason - digo

— Senhora - ele diz sorrindo.

— Sofie, que prazer revela - um homem diz logo atrás de mim, me viro para ver de quem se trata, é Tony o amigo que fiz no navio quando todos pensavam que eu era um homem.

— Olá, Tony como está - digo animada

Héctor entrelaça suas mãos na minha cintura e observa calado.

— Estou bem, obrigado por perguntar - responde

— Vamos para casa ? - Héctor me pergunta

— Sim - digo

— Foi um prazer revela - Tony diz por fim e se vai.

— Hum... não gosto do seu amiguinho - Héctor diz eu o encaro.

— Está com ciúmes ? - cruzo os braços enquanto espero minha resposta.

— Eu não, foi um prazer revela, sei... - Héctor imita Tony fazendo careta, abafo um sorriso com uma das mãos.

— bobo - digo

Chegamos no vilarejo e o primeiro lugar que Héctor vai é na casa de seus pais ver sua filha, toda vez é aquela festa, Alicinha sempre o abraça e não desgruda do seu colo.

Deitados depois de uma noite de amor, estávamos exaustos, Héctor estava insaciável cheio de desejo e eu também morrendo de saudades.

— Posso te fazer uma pergunta ? - digo e me viro para observá-lo, ele alisa meu braço calmo.

— Sim o que quiser - diz com a voz mansa

— A mãe de Alicinha? Vocês não falam muito, faz muito tempo que faleceu ?

Ele para de alisar meu braço e fita o teto seu semblante muda está tenso.

— Me desculpe, deve ter sido muito doloroso - me conserto sem jeito.

Héctor se levanta e fica sentado na cama, ele respira fundo.

— Não posso esconder isso de você, em algum momento eu terei que contar - diz

Eu me ajoelho na cama e o abraço.

— Ei? Se não quiser falar sobre isto tudo bem - digo calma

Ele apoia uma de suas mãos sobre a minha que está no seu peito.

— Sofie eu sou casado não sou viúvo - diz de uma vez, fico surpresa e espero que continue e assim faz — O nome dela é Katarina a mãe de Alicinha, somos casados, quando Alicinha ainda era um bebê ela fugiu com um produtor deixando a sua família para trás.

Estou chocada eu nunca imaginaria algo do tipo.

— Mas Alicinha me disse que ela estava com as estrelinhas, pensei que havia falecido - digo ele me olha sem ânimo.

— Foi o que contamos a ela, não quero que cresça sentindo rejeitada, abandonada por sua mãe, já basta eu ...

— Ei... você é incrível, uma pena que ela tenha feito isso, uma pena mesmo - digo sincera.

Ele sorri fraco.

— Mas agora a vida me trouxe você e Alicinha ganhou uma mãe também.

— Sim - digo firme e o abraço forte.

RaposaOnde histórias criam vida. Descubra agora