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— Isso mesmo Alicinha, essas são as vogais - digo para Alicinha enquanto a ajudo com o dever da escola.

Ela é muito inteligente, tem um pouco de dificuldade com as letras mas aprende rápido.

— Que sorte a sua minha neta, Sofie vai lhe ajudar sempre com os seus deveres, já que sua vó aqui não entende bulhufas alguma - a senhora Tuner diz, ela não sabe ler não teve o privilégio de frequentar a escola na sua infância, uma pena.

— Não seja por isso, eu posso lhe ensinar algumas coisas - digo animada

— Há minha querida não precisa, já estou velha demais para isto. - diz sorrindo

Antes que eu pudesse dizer algo para convencê-la ouço latidos de cachorro, Alicinha salta da cadeira correndo.

— Papai ! - diz correndo para fora.

A senhora Tuner vai até a porta eu continuo na mesa guardando os livros de Alicinha.

Ouço Héctor falar com a filha e a mãe.
— Sim Sofie estava ajudando Alicinha com o dever - escuto a senhora Tuner dizer enquanto entra na cozinha.

Eu me levanto depois de juntar os livros.

E lá está ele, em pé com a Alicinha no colo, seus olhos brilham, a sua barba sumiu.

Como Héctor é jovem, toda aquela pelugem no seu rosto escondia seus traços, seu maxilar alinhado e seus lábios bem desenhados. Além da barba algo está diferente nele.

— Oi - ele diz arqueando uma de suas sobrancelhas.

— Oi - digo com um leve sorriso.

— Quanto tempo não via este rosto bonito escondido atrás daquela barba meu filho - sua mãe diz, Héctor fica sem jeito.

— Muito bonito meu filho não é mesmo Sofie ? - a senhora pergunta.

Sinto meu rosto queimar, Héctor parece sentir o mesmo.

— Há ... sim - digo sem jeito, Héctor me encara e nossos olhares se cruzam sinto uma leve palpitação.

Dexter entra correndo e lati para mim, veja só ele ainda se lembra de mim, me agacho e faço carinho na sua cabeça.

— Oi garotão, eu também senti sua falta - digo de forma amável.

Não demora e o Senhor Tuner seu pai chega e os dois conversam sobre a viajem.

Vou para o jardim e observo Alicinha brincar com Dexter, parecem não se cansarem nunca.

Héctor me faz companhia sentando ao meu lado.

— Trouxe algo para você - diz eu fico surpresa.

— para mim ?

— sim. - ele coloca a mão no bolso da calça e tira um envelope de dentro — tome pegue - pede

Eu pego o envelope confusa, e abro tem uma quantia alta de dinheiro, arregalo os olhos.

— O que é isso ?

— seu dote, isto é seu - ele cruza os braços e observa a filha brincar

— Meu ? - pergunto sem conseguir acreditar.

— Isso mesmo seu, fui buscá-lo, é seu por direto - diz convicto

— E meu pai lhe deu sem protestar - questiono, ele parece se recordar de algo e sorri.

— Ou isso ou a devolveria - ele me olha sorrindo.

Eu dou um leve tapa no seu ombro.

— Bobo - digo

RaposaOnde histórias criam vida. Descubra agora