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— Parabéns, está esperando um bebê e tudo indica que já está com três meses de gestação. - o médico diz sorrindo enquanto prescreve algumas vitaminas e recomendações.

Fico ali sentada na cadeira extasiada, Charlote tinha razão estou grávida, terei um bebê de Héctor, é automático aliso minha barriga e solto um sorriso ladino, não estou mais só.

— Eu sabia ! - Charlote pula dando palmilhas no ar — Em breve serei titia.

Sentada na poltrona de casa sorrio da sua reação e aliso minha barriga.

— Um bebê bem aqui dentro, eu nunca imaginaria - digo

Charlote senta a minha frente.

— Precisa contar ao seu amado e resolver as coisas, tenho certeza que ele receberá a notícia com enorme felicidade.

Eu encaro o teto por um tempo sinto um nó na garganta.

— Sim, mas não tenho ideia de onde está - digo fraca.

— Hum... que pena - Charlote parece pensar em algo — Qual é mesmo o nome da mulher, você disse que ela me conhecia.

— Sim, foi o que me disse, Katarina.

— Sabe o sobrenome ?

— Não tenho ideia, ela é casada com Héctor Tuner, mas duvido que esteja usando o Tuner.

— Sim, me descreva ela - pede

A descrevo com detalhes e por último comento sobre o navio que a trouxe, Charlote fica surpresa estava no mesmo navio e com um estralar parece saber quem é Katarina.

— Katarina Dalton, sim eu a conheço - ela se levanta admirada e continua — Tão cheia de classe e arrogância nunca ninguém imaginaria de seu passado e que já é casada, ela usa o sobrenome Dalton com tanto prazer.

— Sim é ela mesmo - digo

Charlote está tramando algo conheço aquela expressão.

— Eu preciso ir Sofie.

— O que vai fazer Charlote, eu conheço esse olhar - digo

— não se preocupe irmã, descanse e cuide bem do nosso bebê, em breve voltarei com notícias.

Eu a abraço e nos despedimos.

1 mês depois ...

Minha barriga parece ter tido um salto, consigo senti-la, aliso ela enquanto a admiro no espelho, não contei nada ainda sobre minha gravidez preciso falar com Héctor primeiro, seus pais ainda não perceberam meus longos vestidos disfarçam bem.

Héctor ainda não retornou, em algum momento ele terá que retornar afinal ele ainda tem seus pais, só espero que não seja tarde demais.

Eu ainda estava deitada não durmo bem a noite mas quando está prestes a amanhecer o sono vem e me faz ficar um pouco mais na cama.

Ouço baterem na porta, será que é ele, visto a camisola apressada e corro para abrir a porta.

— Sofie ainda dormindo - Charlote brinca

— Entre, ando tendo muito sono pela manhã - digo e ela sorri.

Charlote me abraça e pede para ver minha barriga.

— Que linda, sua barriga já está mostrando - diz feliz

— sim parece ter crescido de um dia para o outro - brinco

— Eu tenho notícias sobre Katarina e Alicinha - Charlote diz agora.

Eu lhe sirvo café e sentamos a mesa, peço que me conte tudo que descobriu.

— Ela é esperta, as vezes que fui até lá não vi a menina e nenhum comentário se quer, fez perguntas sobre minha família e até de você mas não sou boba deixei a entender que não temos mais nenhum vínculo, desculpe minha irmã mas foi necessário.

— Não se preocupe, continue - peço ansiosa.

— Então... eu persuadir meu marido para que descobrisse algo sobre a menina, Dalton e ele são sócios e amigos e bum... !

Dou um pulo e ela sorri.

— Me desculpe não queria assusta-la, Dalton disse que a menina é uma sobrinha de sua esposa, e que assim que voltarem para a Europa a colocaram num orfanato, Dalton não parece contente com a presença da menina.

— Que desprezível essa mulher, tirou a menina de sua família por capricho e agora vai jogá-la num orfanato, que crueldade.

— Sim minha irmã, eu nunca vi a menina por que sempre está trancado no quarto, peça que Héctor vá busca-la tenho certeza que Dalton não se importará e se ele contar a verdade sobre a menina Katarina pagará o preço.

Sinto uma enorme empolgação, Charlote está me entregando o desfecho.

— Sim farei isso, eu preciso ir atrás de Héctor, não sei ao certo por onde começar - digo

— Espero que o encontre logo eles não demoraram por mais tempo por aqui a temporada de inverno na Europa está acabando.

— Sim - digo e a agradeço por tudo.

Charlote me dá carona na sua carruagem para o centro chegando lá nos despedimos e eu a agradeço mais uma vez e antes de seguir caminho ela me entrega um papel dobrado.

— Eu já ia me esquecendo, este é o endereço - confirmo com a cabeça e me vou.

RaposaOnde histórias criam vida. Descubra agora