A ignorância [2]

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A alma inquieta é como um pássaro em busca do horizonte infinito, alçando voo para além dos limites impostos pela realidade concreta. Seus lábios tremem ante a possibilidade de deixar escapar a verdade e a profundidade que essa tão obstinadamente persegue, como se fosse um segredo que pudesse mudar o curso do universo. O peso do saber é como uma mochila pesada que arrasta o corpo para o chão, mas ainda assim, é carregado com orgulho por aqueles que acreditam na grandeza do conhecimento.



A mente inquisitiva é como um farol que ilumina as profundezas do oceano, buscando incessantemente pelas verdades mais profundas que possam existir. No entanto, o preço a ser pago por esse empenho é alto: o conhecimento é como uma faca afiada que corta a alma em pedaços, expondo as feridas da existência.



A ignorância é, de fato, uma benção, pois permite que se viva na superficialidade e na tranquilidade da mente simples, como um cãozinho feliz brincando com sua bola. Mas, para essa alma inquieta, a ignorância é um insulto, um abandono daqueles que acreditam na grandeza do saber. É como estar preso em uma caverna escura, sem saber o que há além da escuridão.



É um constante conflito interno, onde o desejo de saber é como uma chama que queima no coração, tão forte quanto o medo de conhecer, que é como uma sombra que encobre o sol. É uma luta entre o conhecimento e a ignorância, entre a luz e as sombras, como uma batalha épica entre deuses e demônios. E assim, a luta continua, um eterno embate entre a mente inquieta e o universo que a cerca, como uma dança interminável entre a curiosidade e a sabedoria.


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