𝐶𝑎𝑝. 𝑉𝐼𝐼 - "𝐷𝑒𝑠𝑒𝑗𝑜 𝑜𝑢 𝑝𝑒𝑐𝑎𝑑𝑜?"

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O ajudei a ir até a cozinha, e ao chegar lá o deixei sentado na cadeira.
Procurei a pessoa que havia invadido, o mais lógico era encontrar-lo morto no chão.
"Tom--" fui interrompida por ele.

"Ele não está aqui. Não se preocupe, eu dei um jeito." Ele falou em um tom sério, não olhando para o meu rosto ou me dando atenção.
Fiquei calada e não questionei, não vou interferir ou perguntar algo que possa deixar-lo bravo.

Fui em direção ao cômodo que sempre estava fechado, vi manchas de sangue levando a trila até lá.
Meu coração palpitava forte, e o ar estava ficando denso para quanto mais eu me aproximava dali.
Meus olhos foram em direção a poça de sangue que descia por debaixo da porta, me fazendo ficar paralisada.
Atrás da porta havia um cadáver, o Tom havia matado alguém...
Ele matou.

Dei mais um passo e coloquei minha mão na maçaneta, fazendo um frio subir pela espinha, eu não sei por quê eu continuava mas, eu queria tirar erra dúvida, que eu estava lhe dando com um assassino.
(Na verdade, eu só queria ver para ter certeza. Era tão provável.)
Fiquei segurando a maçaneta até sentir os braços de Tom arrodiarem meu quadril, me puxando para encarar-lo.

"Não irá ver nada aí." Ele falou sério, olhando em meus olhos.

Ao me ver assustada, ele colocou sua mão em minha cabeça e levou até o seu peitoral, me fazendo o abraçar de novo.

"Fica calma." Ele falava acariciando meus cabelos, enquanto eu não resistia a nenhuma de suas ações.

Após ficar um tempo ali, ele cambaleou um pouco para trás, me fazendo lembrar que ele ainda estava ferido.
O levei para a sala novamente, e o fiz se sentar no sofá, e o mesmo arfou com os olhos fechados enquanto sua ferida sangrava.
Peguei um pano, álcool, esparadrapo e gaze para cuidar do ferimento.

Fui em sua direção e ele se levantou do sofá, tirando a camisa e deixando aquela parte do seu corpo perfeito exposta.
Tentei ignorar os pequenos surtos que eu estava tendo, e comecei a limpar o ferimento de sua barriga, do que mais parecia ter sido uma faca encravada.

Eu limpava o sangue que escorria pelo ferimento, com álcool em um pano, enquanto ele me encarava fazer aquilo, me deixando um pouco nervosa.

Terminei de limpar e tentei ignorar o fato de seus olhos estarem em mim.
"Se vire." Falei enrolando o gaze pela sua cintura, arrodeando seu corpo.
Ele fez o que pedi, me fazendo perceber longas marcas de cicatrizes que havia nas suas costas.

 Ele fez o que pedi, me fazendo perceber longas marcas de cicatrizes que havia nas suas costas

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"O que é isso?" Perguntei encostando um pouco no local, o fazendo se afastar.

"Nada. Termine o que estava fazendo, Beatricce." Ele falou sério, me fazendo voltar ao trabalho.
Coloquei a fita, fechando o curativo e terminando de cuidar do seu ferimento.

"Pronto." Olhei para o mesmo, deixando ele se afastar.

Ele se virou para mim, e começou a me encarar enquanto o silêncio tomava conta da casa.
Ele começou a se aproximar, e sua respiração estava pesada enquanto o mesmo revesava o olhar entre meus olhos e minha boca.
Seu rosto se aproximou do meu, me deixando levemente nervosa enquanto eu já estava perdida naquele olhar que prendia minha atenção.

Quando num impulso só, ele agarrou minha cintura e grudou nossos corpos, me levando a um beijo caloroso, e pedindo espaço para sua língua adentrar minha boca, me fazendo dar permissão para entrar, o que fez o beijo ter uma conexão que fazia o desejo tomar conta de nois dois.

Minhas duas mãos foram ao seu pescoço, fazendo aquilo ficar mais intenso e a vontade parecer maior.
Ele apertava minha cintura, e segurava minha nuca, guiando tudo.
O mesmo agarrou meus cabelos com força, levantando um pouco minha cabeça, fazendo o beijo ficar ainda mais calorento.
Seu corpo estava quente, e cada toque dele ali me dava um desejo enorme de continuar.

Continuamos nos beijando até nos separarmos por falta de ar, e ele me olhar com aquele sorriso de canto que era raro de se ver em seu rosto.
Sua agarrou minha cintura, e me levantou, me levando até a cama do meu quarto.
Ele me jogou lá, ficando por cima de mim enquanto me beijava novamente.
Ele começou a desabotoar os botões do meu blazer, um por um, passando a outra mão na minha cintura.

Quando de repente, quando eu estava entrando no desejo maior, de irmos além, vieram fleches do que havia acontecido naquele dia.
Quando ele começou a me beijar no pescoço, senti como se fosse aquele homem me beijando.

"Você não é muita coisa, mas vamos nos divertir um pouco antes de eu fazer meu trabalho."

Minha respiração começou a ficar descontrolada, e eu estava extremamente desconfortável.
Aquele filho da puta não me deixa em paz nem nos meus momentos únicos.
Lágrimas escorreram pelos meus olhos, e eu não tive coragem de continuar.

"Tom! Tom para, para já chega." Falei me afastando de seus beijos, o fazendo se levantar e ficar sentado na cama na minha frente.

Me sentei no canto da cama afastado dele enquanto ele me olhava confuso.

"Qual o problema?" Ele perguntou meio sério.

"Eu não consigo, Tom." Falei com os olhos marejados, e vi sua expressão mudar quando eu falei isso, ele parecia estar bravo, mas não comigo.

O mesmo se levantou da cama rapidamente, e colocou a mão na cabeça, agoniado.
"Merda." Ele andava de um lado pro outro.

"Merda!" O mesmo derrubou as coisas que haviam em cima da cômoda, e chutou a porta com agressividade, me fazendo se assustar.

Ele olhou para mim pela última vez, e saiu fechando a porta e a trancando novamente, me deixando sozinha.
Não me aguentei e comecei a chorar incessantemente, enquanto eu segurava minha própria cabeça, apoiada nas minhas pernas.
Me enrolei com os lençóis que haviam ali, eu me sentia desprotegida, quebrada, com meu corpo vulnerável.

Até ouvir alguém bater na porta, provavelmente o Tom.

"Não é como se essa porra estivesse aberta!!" Gritei, e escutei alguém destrancar e abrir a mesma.

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Lembrem de dar a⭐ por favor!!!

Hoje a autora estava inspirada meus bens, fazendo vocês chorarem!!

(Eu ia mudar algumas coisas, o final desse EP não ia ser assim, mas eu decidi colocar um pouco de dor pra vocês, não vai ter felicidade pra essas crianças agora não 😘)

Amo vocêsssss!!!

𝐴 𝑝𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑟𝑚𝑎𝑜𝑠 𝐾𝑎𝑢𝑙𝑖𝑡𝑧. Onde histórias criam vida. Descubra agora