𝐶𝑎𝑝. 𝑋𝑉 - "𝐶𝑜𝑚𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çõ𝑒𝑠."

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Respirei fundo ao terminar de comer a comida, aquilo estava delicioso!
Fizemos Strogonoff de carne, com macarronada, salada, e mais algumas coisas. Dessa vez consegui comer até ficar cheia.
Passamos o jantar inteiro calados, e Bill apenas me olhava de vez em quando, já eu, desviava o olhar. Eu ainda estava com vergonha do que aconteceu antes, ele iria mesmo me beijar se eu não tivesse desviado...

Após ele terminar de comer, pegou os pratos e levou para a pia, então me levantei para ir lavar-los, mas ele me impediu assim que cheguei na cozinha, me puxando pela cintura.

"Vamos sair." Ele sussurrou em meu ouvido.

Fiquei nervosa e confusa, ele realmente vai me deixar sair?
Dessa vez, eu vou fugir!!

"Mas se você tentar fugir, eu terei que te caçar, até a morte." O mesmo me interrompeu em meus pensamentos. "Se você fugir, você morre, e o Tom me mata, então não vai ser bom para nenhum dos dois. Eu estou te deixando sair, Bea. Não vai fazer isso comigo, vai?" Seu queixo descansou em meu ombro, me fazendo estremecer por dentro.

"Não vou." Retomei minha posição, retirando minhas mãos de minha cintura, e se afastando e indo até o quarto, o fazendo me acompanhar com os olhos, e com um sorriso de canto no rosto.

Me troquei rapidamente, colocando uma regata branca colada, e uma calça moletom preta, não vou me arrumar pra ocasião, mas me previnir.

Sai do quarto e ele abriu a porta, fazendo o vento entrar dentro de casa, e me deixando de frente para a floresta imensa, com o barulho das árvores se mexendo.
Fechei os olhos e senti aquela sensação de paz inacreditável, era tão bom de se ouvir somente os sons naturais de tudo ao redor, algo que não incomoda, não deixa com dor de cabeça, como é na cidade.

A lua clareava a floresta, deixando uma vibe confortante.
Bill segurou meu braço por precaução, e me guiou pela floresta, enquanto eu ainda olhava ao redor admirada com essa paz.

Chegamos a um local em frente ao rio, com uma passarela até o começo da água, ele me levou até lá, se sentando nas tabuas e me esperando se sentar.
Me sentei e ficamos a observar a lua, que estava cheia e brilhante.

"Beatricce." Bill chamou minha atenção, sem me olhar nos olhos.
"Me desculpa não ter feito nada, quando você precisou."

Ele falou sério, me fazendo ficar pasma ao ouvir ele pedir desculpas.

"O que?" Perguntei confusa, ele está errado, eu sei, mas não esperei que ele fosse se desculpar.

"Eu sei que eu devia ter impedido, mas eu não posso. Ele é meu irmão mais velho, mesmo que seja por pouco tempo, ele é. Não posso contrariar ele, é como se ele fosse o meu chefe,e se eu não fizer o que ele mandar, sou demitido." O mesmo cruzou os braços, e olhou para o rio.

"Sabe o que gostei em você?" Ele perguntou, mirando seu olhar em mim.  Fiz que não com a cabeça, admirando seus olhos que pareciam mais chamativos naquele momento, e sua voz ecoava, deixando tudo mais calmo. "Você é simpática com os que te fazem mal, mas sabe a hora de parar. Você sabe os limites, e encara tudo tão diferente. Encara como se cada momento fosse o último..." Seu rosto foi se aproximando do meu, e sua mão percorreu minha nuca, acariciando meus cabelos.

"Você é incrível Beatricce." Ele falou com aquele brilho nos olhos, com um sorriso no rosto. 

Então, nossos rostos se aproximaram automaticamente.
Não impedi, pois não ousei processar direito, eu apenas queria sentir os lábios dele nos meus, até nossos corpos estarem em conexão.
Seu toque me dava arrepios, fazendo o momento ficar mais intenso.

Até que, sentimos respingos caírem sobre nossa cabeça, assim molhando nosso cabelo todo, e nos fazendo se separar.

"Tá chovendo?!" Ele questionou confuso, se levantando e olhando pra cima, colocando as mãos pra frente para aparar algumas gotas.

"Não, o céu tá chorando." Ironizei enquanto me levantava, fazendo ele rir.

Amém, pensava que ele ia me matar.

De repente, após alguns segundos de silêncio, ele agarrou minha cintura e me puxou para colar nossos corpos novamente.
Sua mão acariciou meus cabelos molhados, e a chuva nos deixou encharcados em poucos segundos.
Ele agarrou meu cabelo pela nuca com cuidado, e me puxou para um beijo.
Mas antes que pudéssemos encostar os lábios, um trovão me assustou, me fazendo me aproximar dele rápido, e o agarrar com força.

Ele riu, me abraçando. E depois do susto, eu ri também, deixando nossa risada sincronizada por um momento.

Ele suspirou fundo, e sorriu alisando meus cabelos.
Após um tempo em seus braços, ele ficou parado, e logo sua respiração se tornou tensa. Fiquei confusa e tentei olhar para ele, mas ele segurou minha cabeça em seu peitoral, não me deixando sair.

"Bill? Bill!" Me desesperei, tentando sair de seus braços.

"Silêncio!" Ele sussurrou autoritário, em posição de defesa.

Fiquei calada e tentei ouvir algo, e assim percebi que passos ecoavam ao nosso redor.
Prendi minha respiração sem nem perceber, os passos estavam ficando maiores.

Logo Bill agarrou meu braço, e me puxou para corrermos para casa, ele estava na frente me puxando e eu atrás dele, mancando.
Com os passos rápidos, minha coxa começava a latejar no ferimento, como pregos adentrando a pele.

"Bill!" Falei com dificuldade, enquanto ele me puxava.
As pontadas ficavam maiores.
"Bill!!" Segurei meu ferimento. "Porra Bill! Tá doendo!" Gritei diminuindo os passos.

"Porra!" Ele passou o braço por debaixo do meu ombro, me fazendo ir mais rápido com a ajuda dele.

"Ouvi passos ali!" Uma voz masculina ecoava longe, e barulhos de passos voltavam a nós rodear.

"Merda!" Bill me pegou pelo braço, e logo chegamos na casa.

O mesmo chutou a porta, e abriu, assim me colocando lá dentro em pé.

"Não sai daí, se esconde Beatricce!" Bill falou indo até a porta.

"Cuidado!" Gritei assim que ele saiu rapidamente, trancando a porta.

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Lembrem da ⭐ gentee!!

O resto desse EP, deixa pra amanhã, mas aja falta de criatividade gente 🙂

Desculpadaaa😭

𝐴 𝑝𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑟𝑚𝑎𝑜𝑠 𝐾𝑎𝑢𝑙𝑖𝑡𝑧. Onde histórias criam vida. Descubra agora