𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑉 - "𝑀𝑢𝑑𝑎𝑛𝑐𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑛𝑡𝑖𝑛𝑎𝑠."

7.3K 862 319
                                    

▶ 𝙃𝙤𝙩𝙚𝙡 - 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑒𝑙𝑙 𝐹𝑖𝑠ℎ. 🎧

_____________________________________

Eu estava a uma semana assistindo filmes todas as noites com Tom, a única coisa que estava me lascando era ser obrigada a se sentar no chão, por quê o 'bonitão' lá não queria ficar sentado no sofá, e sim deitado.
No caso, eu era como uma simples decoração lá enquanto ele assistia todos os tipos de filmes de terror existentes, aquilo já estava me deixando enjoada. Eu só estava ali, para sair daquele quarto a não ser para limpar, ou varrer. As palavras que saiam da boca de Tom eram "Lave isso." "Limpe aquilo." "Varra a casa." Ele disse que iria me ajudar, mas só faz atrapalhar, não sabe nem lavar uma louça por completo mesmo tendo mais de dezoito anos!! Aquele cavalão.

Dessa vez estávamos assistindo o massacre da serra elétrica, e ele, como sempre nem tirava os olhos da tela, fixado no sangue que escorria no filme, ver ele assim me dava medo. Vai que ele gosta disso por quê é um psicopata, e eu sou só mais uma pessoa que ele vai torturar?
Deus me livre.

Meus olhos já estavam se fechando enquanto minha cabeça pesava, então encostei minha cabeça no sofá sem nem perceber, e fechei os olhos, caindo no sono mesmo estando no chão.
Depois de alguns segundos, senti um remexido no sofá, e comecei a despertar, mas vi Tom se levantando, então disfarcei para ver se ele ia até o quarto dele para eu ficar sozinha como ele sempre fazia, mas dessa vez, eu iria arrumar um jeito de fugir.
Ele se levantou e deu dois passos assim ficando em minha frente, dava para sentir a presença do seu grande porte de altura na minha frente. Ele se abaixou e me pegou nos braços com facilidade, e me levantou.
O mesmo suspirou comigo em seus braços, e senti que ele estava com os olhos fixos em mim. Ele me levou até o meu quarto e me colocou na minha cama, sem dificuldade como se eu fosse uma pena em relação a ele.

Após ele sair do quarto, eu ia me levantar, mas escutei a porta ser aberta de novo e me deitei rapidamente, ele havia voltado.
O mesmo veio até mim e pegou o edredom que estava na cama, e me cobriu até os ombros, me deixando quentinha e confortável no meio daqueles panos. Agora realmente estava me dando sono.
Senti ele ficar na minha frente, e logo após, uns passos indo até o outro lado da cama, seu peso foi depositado ao meu lado, ele havia se sentado. Como eu estava de costas para ele, não vi ou senti oque ele fez, o mesmo iria fazer algum movimento, mas desistiu.

Após alguns segundos, senti o dedo dele deslizar pelo meu rosto, tirando alguns cabelos que haviam em minha bochecha, e levando para trás da minha orelha.
Ele parou a mão na minha nuca, e deu para sentir que ao menos a mão dele estava quente, me dando um conforto que nem eu sabia explicar, ele nunca havia demonstrado ser pacífico assim comigo.
Meus olhos pesavam cada vez mais, e após ele se levantar, saindo do quarto, respirei aliviada e deixei o sono me dominar, dormindo imediatamente, sem nem pensar direito no que havia acabado de acontecer.

...

Eu saí do quarto com a roupa que havia em meu corpo, no caso um blazer branco, e um short preto de legging. Eles não souberam comprar pijamas, então eu visto esses carrascos que me deixam meio desconfortável ao dormir, mas nada que seja tão pavoroso, eu estava me acostumando com esse tipo de 'pijama'.
Fui até a cozinha e olhei ao redor procurando Tom, que não deu sinal de vida.
  Na esperança da porta estar aberta, fui até lá e tentei abrir-la, mas ela estava trancada.

"Não vai abrir" A voz grossa e rouca de sono de Tom vinha do outro lado da sala, sendo na verdade bastante atraente por ele ter acabado de acordar.

"Sabe que eu sempre estou com as chaves, ratinha."

"Ratinha." Esse foi o apelido que Tom me deu nesses meses, ele sabia que aquele apelido me deixava brava, por estar insinuando que eu era inferior e inofensiva, mas isso não o impediu de me chamar assim.

Me virei para ele contendo a raiva que havia em mim, mas ela foi esquecida quando eu o vi sem blusa e com um short fino, de braços cruzados, encostado no umbral da porta do quarto dele.
O seu peitoral me chamava atenção, deixando assim meus olhos hipnotizados por aquela parte visível do corpo dele.
Meus olhos foram descendo até ver o short preto que ele estava usando, de pano fino, que destacou bem a entrada do seu abdômen, o deixando cada vez mais atraente.

"O que está olhando?' Ele soltou uma risada e veio em minha direção. "Perdeu algo aqui Beatricce?" O mesmo me encarava enquanto caminhava em minha direção, me fazendo dar passos para trás, e me dar de costas com a porta, ficando encurralada.

Eu engoli a seco, ficando nervosa enquanto o corpo dele ficava cada vez mais perto do meu,  fazendo eu sentir que desaprendi a respirar ali.
Ele se aproximou do meu rosto, ficando a centímetros de mim enquanto mexia o piercing em sua boca sorrindo. Suas mãos foram em direção a porta acima do meu ombro, me deixando encurralada pelo seu corpo.
Ele soltou uma risada mais uma vez, provavelmente rindo da minha cara de desespero por ser abordada daquele jeito.
O mesmo se afastou e foi em direção ao quarto dele, me fazendo soltar o ar que eu nem sabia que estava prendendo, e quando saiu, ele estava vestindo uma camiseta.
O mesmo foi até a mesa e se sentou, ajeitando a cadeira.

Ele olhou para mim; "não vem?" O mesmo perguntou na maior naturalidade do mundo.

Me dei de conta que eu ainda estava parada e fui em direção a mesa, me sentei para comer e enquanto eu cutucava o prato com ovos mexidos, e bacon ele olhava para mim sorrindo de canto.
Então lembrei que Tom não era bom em cozinhar, e na vez que ele tentou fazer ovos mexidos com bacon ele acabou deixando o ovo sem sal, e o bacon mal torrado, e eu não havia feito o café da manhã hoje pois acordei tarde.

"Quem cozinhou isso?!" Perguntei ao Tom, o fazendo parar de mastigar e me olhar fixamente.

"O Bill."

_______________________________

Lembrem da ✧ por favor!!

Obs;

Desculpa a demora meu povo, a criatividade tava lá no ralooo!!!
Amanhã faço um EP para vocês sofrerem e gadearem...

𝐴 𝑝𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑟𝑚𝑎𝑜𝑠 𝐾𝑎𝑢𝑙𝑖𝑡𝑧. Onde histórias criam vida. Descubra agora