𝐶𝑎𝑝. 𝑋𝐼𝐼 - "𝐴ç𝑜𝑒𝑠 𝑒 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠."

7.8K 820 141
                                    

________________________________________

Adentrei a sala com rapidez, Gustav e Georg estavam lá, e eles me olharam rapidamente, franzindo a testa ao ver a arma apontada na direção deles.

"Calma cara, é a gente. Larga essa arma." Georg falou se aproximando.

Guardei a arma no quadril imediatamente, e olhei para Gustav, a procura de Bill.

"Cadê meu irmão?" Perguntei adentrando o meu quarto, procurando por ele.
(Ele dormia lá quando eu não estava, o quarto completamente é nosso.)

"Ele saiu, já que a Beatricce deixou ele ir." Gustav falou cruzando os braços.

"Deixou ele ir? Como assim "deixou ele ir?" Perguntei confuso.

"Cara, ela teve um ataque de pânico depois que você saiu." Georg falava se sentando no sofá. "Gustav q teve q resolver isso." O mesmo falou pegando uma caixinha de suco que estava em cima da mesinha.

Olhei para Gustav confuso, e ele fez sinal para irmos ao quarto dela.
O acompanhei, e quando chegamos lá ela estava dormindo na cama, encolhida e com lençóis ao redor. Seus olhos estavam inchados e ela estava um pouco vermelha, seu braço estava enfaixado na região onde a cortei. O sangue do ferimento ainda marcava o curativo, deixando uma mancha vermelha enorme no gaze branco.

Fui até a cama e a balancei na tentativa de acordar-la, mas sem sucesso.

"Por quê ela tá dormindo assim?" Falei passando o dedo por seu rosto, para sentir sua pele macia novamente, enquanto ela ainda deixava.

"Ela teve um ataque de pânico por ter te ferido, Tom." Ele falou olhando para ela. "Ela é uma garota inexperiente com isso, até a alguns meses ela vivia a vida dela normalmente, agora ela teve que ferir alguém para sobreviver. Acho que é muita coisa pra ela, tivemos que injetar um sedativo nela para ela se acalmar e conseguir dormir."

A observei calado.

"Tsk, eu não sou psicólogo e nem sirvo para curar ninguém. Eu sou encarregado do nosso porte de armas, não posso ficar cuidando dela sempre que você decidir fuder a vida e o psicológico a garota."
Ele falava olhando para mim, me fazendo franzir o cenho.

"Tom, você tem que acabar com isso cara." O mesmo colocou a mão no meu ombro. "Sabe que ela não vai aguentar se você continuar assim, e sua tentativa de vingança vai ser em vão. Além disso, o irmão dela é o próprio diabo, como sabe se está fazendo mal a ele se ele nem veio procurar-la?" Ele me olhou pela última vez, e saiu me deixando a sós com ela.

Eu não me sinto mal por fazer mal aos outros, mas ela não ter culpa de ser irmão do capeta do Adam.

Tenho que pensar no que fazer com a garota, se não isso tudo será um trabalho perdido, e outra distração pra minha cabeça

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Tenho que pensar no que fazer com a garota, se não isso tudo será um trabalho perdido, e outra distração pra minha cabeça. Não posso sentir nada por ela, nem pena, nem compaixão.
Aquele filho da puta não irá ter a chance de tomar tudo de mim novamente. Não de novo.

Fui interrompido em meus pensamentos quando escutei o rangir da porta abrir.
Georg entrou tomando aquele suco de morango nojento que ele gostava, e se encostou no umbral da porta.

"Aí Tom, seu irmão chegou." Ele falou e se retirou de novo, dando espaço para Bill entrar.

Me encostei na parede ao lado da cama de braços cruzados, ainda olhando a Beatricce dormir.
Bill estava com algumas sacolas na mão, e logo se direcionou a mesinha perto da cama, colocando alguns aperitivos lá em cima.

"Por quê se desesperou tanto para me chamar?" Falei sem ao menos olhar nos seus olhos.

"O Gustav já te falou Tom, ela teve um surto." Ele falou se levantando e colocando algumas roupas na cabeceira da cama.
"Ela chorou feito louca, te pedindo desculpas. Achou que tinha te matado. Aposto que foi a primeira pessoa que ela feriu." O mesmo foi até a porta e se encostou nela.

"Ela achou que tinha me matado só com isso?" Peguei em minha barriga. "Foi só um canivete."

"Não sei. Eu só não entendo.... Como ela se sentiu tão mal assim por ter te ferido, se você foi quem a torturou?" Ele falava olhando para ela com a testa franzida, confuso.

"Essa garota é louca." Soltei uma risada fraca, olhando para ela.

Bill ficou calado, nós dois estávamos a admirando dormir.
Como ela pode prender tanto a gente nela? Olhar para ela não cansa.

"Você vai continuar com tudo isso?" Bill perguntou, olhando sério para mim.

O olhei, suspirei e sai de perto dela, por precaução. "Vou passar um tempo fora Bill. Mas não sinta pena dela, não agora. Eu ainda não decidi o que vou fazer, preciso pensar." Falei de braços cruzados.

"Onde vai?" O mesmo perguntou corrigindo a postura, e saindo de perto da porta.

"Vou voltar para Tokio." Falei, fazendo o mesmo se revoltar.

"Tokio?! Cara, você disse que não ia voltar lá! E a Beatricce?"

"Você consegue cuidar dela sozinho, é só não deixar-la fugir."
Falei pegando minha arma e o entregando. "Vou passar um tempo lá, eu vou voltar para pensar."

"Mas Tom, todo mundo de lá te quer morto!"

"Vou refazer minha dignidade por lá. Recuperar tudo que é meu, e eu volto em pouco tempo. Só preciso ficar longe de tudo. Você irá cuidar dela não vai?" Falei o olhando no fundo de seus olhos, com sinceridade.

O mesmo suspirou, convencido; "Tá bom, eu cuido dela. Mas pense bem antes de ir pra lá Tom... Sabe o que aconteceu da última vez não sabe?"

"Sei. Mas preciso sair de perto dela." Fui até ela, e fiquei a admirar.
"Posso matar-la agora se eu ficar aqui, e isso não seria benefícios pra gente. Quero me vingar dele da forma mais cruel existente."

"Mas ela não tem nada a ver."

"Mas ela pode ser o único ponto fraco dele... Tenho que pensar como vou usar isso." Falei me retirando do quarto rapidamente, passando por ele.

"Gustav, Bill, e Georg." Os chamei trazendo a atenção dos G'gs, e de Bill que estava a vir atrás de mim. "Vocês vão tomar de conta dela, pelo tempo que eu passar fora."

"Mas cara, a gente tem assuntos para resolver! Não vamos ficar aqui só para cuidar dela! Temos muitas coisas para tomar de conta!" Gustav se revoltou, enquanto Georg só nos olhava, comendo rosquinha no balcão.

"Eu falei, vocês obedecem. Vocês vão revezar os dias, mas quem mais vai ficar com ela vai ser o Bill, quando ele tiver que sair, não importa o que vocês estão fazendo, vocês vão vir cuidar dela! Estão me entendendo?!" Aumentei o tom de voz em forma de comando, fazendo somente Gustav me olhar revoltado, e abaixar a cabeça, e Bill olhar para eles, calado.

"Georg, para de comer. Você vai vir comigo se responsabilizar pela passagem." Falei o puxando e o fazendo bufar, enquanto saíamos da casa, com Bill me olhando cabisbaixo.

________________________________________

Lembrem da ⭐ gente !!

Hoje eu tava atrasada, por isso escrevi na pressa amores, mas amanhã tem mais um poquin melhor 🤍🤍

Talvez aos fins de semana eu escreva duas vezes, estou pensando nessa possibilidade, depois notifico vocês!!

𝐴 𝑝𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑟𝑚𝑎𝑜𝑠 𝐾𝑎𝑢𝑙𝑖𝑡𝑧. Onde histórias criam vida. Descubra agora