𝐶𝑎𝑝. 𝐿𝑋 - "𝐸𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑚𝑒𝑎ç𝑎𝑠 𝑒 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜."

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ATENÇÃO!
leve alteração na narração inicial.
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~.

"Beatricc--" Tom não pode chegar até a porta a tempo.

"Mas que merda é essa?" A moça ia furiosa até o quarto onde se localizava Bill, sendo interrompida por Tom, que a impediu de passar pela porta com seu corpo.

"Não vai brigar com ele com a criança nos braços." Tom a repreendia, com ar de seriedade e seus lábios cerrados enquanto encarava a mesma.

Ela suspirou, ainda olhando para Tom;
"Ótimo." Sua voz não o convencia de que ela iria desistir fácil assim. "Eu quero essa mulher fora daqui até amanhã." Ela retratava ameaça em cada palavra, deixando assim o mesmo temeroso.

Bill se direcionou até a porta, olhando para a mais baixa por cima do ombro do irmão.
Seu olhar, sem nenhum sentimento expressado, causou mais desprezo em Beatricce, a fazendo encarar-lo e sair com seu filho nos braços sem dizer mais uma palavra.

Ao descer as escadas, a mulher de mais cedo se encontrava lá embaixo, a esperando temerosa e com constrangimento estampado em seu rosto.

"Me desculpe Bea, eu juro que eu não queri--" A loira foi interrompida por Beatricce, que segurou seu pulso com força com sua mão que estava livre, a encarando com fervura nos olhos;

"Não sei quem você é, e nem de onde veio, mas nunca mais queira encostar nos meus filhos. Nem se o seu "não sei o que" mandar. Eu sou a mãe deles, e ele não tem direito nenhum de vir e dizer o que você pode fazer com e onde encontrar-los." Beatricce cuspia ódio em cada palavra como forma de ameaça. "Eu posso estar apenas segurando seu pulso agora, mas garanto que um tiro de um revólver na sua mão não seria muito bom. Estamos entendidas?" Ela falou antes de soltar-la, rebolando seu braço para longe e passar pela mesma que a observava ir embora sem falar nenhuma palavra. 

.....

𝓑𝓲𝓵𝓵 𝓚𝓪𝓾𝓵𝓲𝓽𝔃...

"Você está bem?" Amélie perguntou enquanto subia as escadas acariciando seu pulso. "Ela fez algo com você?"

Neguei com a cabeça, olhando para a loira sardenta vindo em minha direção.

Tom, que já saia do quarto com minha filha nos braços, me repreendeu com o olhar, antes de descer as escadas ignorando a existência da mulher que estava ali.

"Por quê ela me odeia?" A mesma perguntou vindo em minha direção e passando os braços por meu ombro.

"Não sei." Respondi sem dar o mínimo de importância, vendo Tom ir até o quarto de Beatricce.

Amélie me puxou pelo pescoço, assim levando minha atenção diretamente ao seu rosto pálido e sem sal;
"Não acha que ela vai te impedir de ver seus filhos, não é?"

"Isso não é da sua conta." Respondi secamente.

"Bill, meu amor..." Seu rosto deslizava por meu pescoço enquanto a porra dos seus braços me puxavam para baixo. "Você acha que ela ainda vai voltar para você? Depois do que você fez?"

A encarei, pegando assim em seus braços com toda a minha força e a empurrando para longe de mim, antes de me aproximar novamente e agarrar seus ombros com minha mão que queria apenas esmagar-la.

"Tome cuidado do jeito que você fala." A ameacei, fazendo a mesma me olhar com aquele sorriso de merda.

"Tome cuidado com o jeito que você me trata, Bill." Ela falou me fazendo soltar seus ombros devagar... "Você sabe que eu te amo, não é?" Suas palavras me causavam náuseas. "Sabe que eu faria de tudo por você, e o quão você pode se livrar de mim, mas você só não quer..." Ela ironizou, aproximando seu rosto cada vez mais do meu.

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𝓑𝓮𝓪𝓽𝓻𝓲𝓬𝓬𝓮 𝓜𝓲𝓵𝓵𝓮𝓻...

"Sh..." Eu sentia cada pedaço de Jonah em meus braços, o balançando para lá e para cá. Aquele ser humano pequeno e indefeso em meus braços tinha o poder tão grande de me acalmar e transformar todos os meus problemas e pesadelos em somente amor e carinho.

"Bea." Ouvi a voz de Tom soar da porta.

O olhei, e ele segurava Bia com todo o cuidado imaginado enquanto ela brincava com seu mordedor. Foi impossível não sorrir ao ver-la olhar para mim, e soltar aquele sorrisinho banguela enquanto Tom vinha em minha direção.

"Por favor." O mesmo beijou minha testa enquanto sua mão livre acariciou meus cabelos. "Não se estresse assim na frente das crianças. Muito menos por causa dele." Sua voz calma tentava trazer conforto a mim.

"Eu sei." Suspirei e deixei todos os pensamentos ruins que eu tinha sobre isso irem embora, deixando sobrar apenas mágoas em meu peito. "Eu não quero ninguém desconhecido perto dos meus filhos. Se a gente não tivesse chegado, ele ia deixar aquela mulher estranha pegar meu filho nos braços. Você sabe o que podia acontecer? E se ela os pegasse e os levasse para longe de mim?" Meus olhos ardiam só de pensar nessa possibilidade.

"Eu ia recuperar-los." Tom respondeu firmemente confiante.

"Mas eles iriam passar por algo horrível. Iriam estar longe de mim!" Acariciei o rosto de Beatriz, deixando meu dedo deslizar por sua bochecha macia enquanto aqueles olhinhos azuis olhavam para mim como se eu fosse sua heroína.

"Eu sei, e você tem toda a razão meu amor." Tom me abraçou de lado. "Mais tarde iremos conversar sobre isso e você irá me falar como se sente, tá bom?" Ali eu me senti como a mulher mais sortuda do mundo por tê-lo ao meu lado.

"Tá bom." Soltei um sorriso confortante enquanto eu me apaixonava cada vez mais por aqueles olhos e suas atitudes. "Eu te amo." Falei quanto senti o mesmo encostar sua testa na minha, enquanto Bia segurava meu rosto, fazendo Tom rir.

"Eu também te amo. Vocês três." Ele sorriu, com sua mão passeando pelo meu rosto ao nos afastarmos.

"Bia!" Exclamei ao ver Bia puxando o macacão de Jonah. "Não pode meu amor!" Tentei tirar sua mãozinha que estava presa forte a roupa de seu irmão enquanto Tom ria silenciosamente para não acordar-lo.

"Me ajuda!" O repreendi o fazendo me ajudar enquanto Bia soltava uma gaitada alta e Jonah já se estressava se mexendo.

Conseguimos a fazer soltar após distrair-la com um brinquedo, assim causando uma situação engraçada que fez eu e Tom rirmos sem parar.

"Imagina quando tiverem grandes! Uma ótima lutadora!" Ele riu sem parar enquanto eu colocava Jonah no berço, também me aguentando para não rir.

"Tom!" O repreendi também me deixando levar.

Até sentir que estávamos sendo observados, e olhar para a porta no canto do quarto, vendo apenas um vulto passar rapidamente.
Temi por um momento, sentindo algo estranho percorrer minha espinha, até sentir a mão de Tom ser depositada cuidadosamente nas minhas costas.

"Tudo bem?" Sua voz com um toque de preocupação veio em meu ouvido, enquanto eu ainda observava atentamente para ver se via algo a mais.

"Sim." Fingi voltar a realidade, olhando para ele novamente, que não se convenceu com minha resposta.

"Certeza?" Tom reforçou a pergunta, me fazendo apenas assentir com a cabeça antes de selar seus lábios levemente.

"Tudo bem. Não se preocupa." Sorri, colocando a mão em sua bochecha, tranquilizando um pouco seus sentimentos, também o fazendo sorrir.

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Lembrem da ⭐,  por favor.

Beijo pra vocês, a autora ama cada leitor, obrigado!
Desculpem por o atraso, ou até mesmo por qualquer palavra errada ou repetida, nem todos estamos dboa, fml.🤙

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𝐴 𝑝𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑟𝑚𝑎𝑜𝑠 𝐾𝑎𝑢𝑙𝑖𝑡𝑧. Onde histórias criam vida. Descubra agora