𝐶𝑎𝑝. 𝑋𝑋𝐼 - "𝑀𝑒𝑢 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑛𝑜..."

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"Olá querida." Aquela voz me fez estremecer, e um arrepio subir por minha espinha. "O que está fazendo deitada na cama do meu irmão?" Ver sua imagem tomar forma ao meu lado me fez congelar.

"Que carinha é essa?" O mesmo se aproximou. "Você tá com medo Beatricce?" Seus dedos acariciavam minha mão. "Você não fez nada com o Bill, não foi?" A sua ironia me dava ódio, pois me causava pressão.

Fiquei calada, sem saber o que falar, apenas estava apavorada enquanto surtava por dentro, desesperada e sem rumo.
Ele com certeza iria me castigar.

"Eu não devia ter confiado em nenhum de vocês dois." O rosto dele ficou sem expressão, ou sentimento, e ele me puxou pelo braço me derrubando da cama. "Levanta porra!" Ele me puxava com mais força até fora do quarto.

Me levantei e ele continuou a me arrastar, assim me jogando para meu quarto com brutalidade.

"Porra Beatricce!" Seus gritos ecoavam no quarto. "Por quê você faz isso? Por quê você me faz fazer isso?!" O mesmo me empurrou para a cama e prendeu meus braços para cima com uma mão só.

"Você não sabe o quanto eu te odeio! Eu te odeio por quê você não sai da minha cabeça! Você me deixou louco depois de tudo aquilo! Depois de fugir de mim! E eu tenho que viajar para esquecer de você, e quando eu volto, descubro que você transou com meu irmão porra! E não me aceitou quando eu tentei ser o mais calmo possível com você!" O mesmo cuspia palavras em meu rosto, como se a culpada de tudo fosse eu.

"Eu não tive escolha! Eu não fiquei segura! Você tentou fazer sexo comigo depois de eu ter sido sequestrada por você, e depois de ser abusada por alguém que queria me matar e eu nem sabia o por quê! O que voce queria que eu sentisse?!" Eu gritava em sua cara. "A porra do meu sequestrador queria demonstrar amor por mim! Se é que aquilo era amor! Qual queria que fosse minha reação?!"

O mesmo ficou calado me olhando com ódio no seu rosto, ele franziu o cenho e descontou um soco na cama, ao lado do meu rosto.

"Tem razão! Quer que eu haja como seu sequestrador? Eu vou agir como seu sequestrador porra!" O mesmo se levantou e me puxou novamente, me arrastando até a sala.

"Me solta Tom! Para com isso!" Eu pedia quase em lágrimas enquanto ele continuava a me arrastar, sem nem olhar para trás.

Descemos uma escada e ele abriu uma porta, revelando uma sala pequena e escura.
O mesmo me jogou no chão do compartimento, e acendeu uma luz no meio do local, que já estava até fraca de tão antiga.
O local estava empoeirado e abafado, não havia um janela ou escapamento, e tinha uma cadeira no canto do local.

Ele ficou parado na frente da porta, e seu olhar para mim era indecifrável. Mas eu já sabia o que ele ia fazer, então me desesperei.

"Não... Tom por favor. Não me deixa aqui." Falei me levantando e indo até ele. "Por favor Tom, não faz isso comigo. Por favor..." lágrimas escorriam pelo meu rosto, e eu já estava com a respiração descontrolada.

"Sabe o que seu irmão fez comigo Beatricce?" Ele se aproximou de mim. "Ele matou a pessoa que eu mais amava na vida." O mesmo falou com ódio na voz, me deixando pasma e desacreditada.

"Ele quase matou meu irmão!" O mesmo se aproximava mais, fazendo eu me afastar. "Ele torturou o meu irmão mais novo na minha frente!" Suas palavras pareciam facas sendo cravadas em meu peito. "Ele quase matou o seu amado Bill!"

Agora eu não sabia no que acreditar. Meu irmão não podia ter feito isso.

"Ele matou a única mulher que eu já amei na vida! Na minha frente!" Aquilo foi um baque pra mim, meu irmão não fez isso, ele não tem coragem. "Tem noção do quanto seu irmão fudeu minha vida? E eu vou fazer isso com ele! Lentamente eu vou fazer ele pedir pela morte!" Ele gritava apontando para mim.

"Você é a única pessoa que ele ama Beatricce... Você é a única chance que eu tenho de me vingar." O mesmo falou indo até a porta, e me fazendo tentar alcançar ele, sem sucesso.

O mesmo fechou a porta e a trancou, me deixando sozinha lá.
Comecei a gritar por ele desesperadamente, batendo na porta.

"Tom!! Para com isso! Por favor abre! Não me deixa aqui sozinha! Por favor! Tom!" Lágrimas eram desenhadas por minha bochecha, como minha vida se tornou um inferno tão rápido?

"Me diz que é mentira! Por favor! Não faz isso comigo! Abre! Tom eu preciso de vocês dois! Por favor!" Eu gritava desesperadamente, mas não adiantava nada.

Chorei como se não houvesse amanhã, e gritei como das outras vezes que fiquei presa no quarto, mas dessa vez, era pior.
Aquele local era desesperador, mal havia claridade, espaço de luz, e era minúsculo, me deixando desesperada a cada segundo que eu passava ali.
Minutos se passavam e eles pareciam horas, eu batia na porta e a arranhava como se fosse adiantar algo.
Minha garganta estava rouca, e meus dedos doloridos cheios de farpa, mas eu não desistia. Tom e Bill tinham que estar ali, ao menos Bill tinha que me escutar.

"Por favor..." Minha voz falha saia pela última vez, eu já estava exausta de tanto gritar, assim me sentando encostada na porta, encolhida com as mãos na cabeça, derrotada.

Alam não podia ter feito aquilo, meu irmão não faria isso.
Meu irmão mais novo sempre foi um amor, desde quando nossos pais estavam vivos, mesmo eles não estando tão presentes, ele nunca deixou de ter um sorriso inocente no rosto, e de sempre ser gentil.
Uma vez ele pisou no formigueiro e correu pra mim chorando, foram quase 10 min para ele parar de chorar, e depois disso ele dormiu nos braços da mamãe.
Não acredito que esse Alam, era o Alam que tinha matado pessoas, assim como Tom disse.

Fechei os olhos e deixei as lágrimas caírem, deitada no chão empoeirado, essa sempre era a solução nesse inferno.

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Lembrem da ⭐ pfvrr!!

Gente, desculpa tô sem criatividade hj😭

Mas fiquem com a deprê🤍

Amo vocêsssss!!!
Hj teve 2 cap em um dia viu, só por quê disseram que eu não amo vocês por não postar 2😑
(Por isso saiu sem criatividade, foi na pressa)

𝐴 𝑝𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑟𝑚𝑎𝑜𝑠 𝐾𝑎𝑢𝑙𝑖𝑡𝑧. Onde histórias criam vida. Descubra agora