𝐶𝑎𝑝 𝐿𝑉 - "𝑜 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑒𝑖𝑜."

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𝙄 𝙡𝙤𝙫𝙚 𝙮𝙤𝙪 -  𝘽𝙞𝙡𝙡𝙞𝙚 𝙚𝙞𝙡𝙞𝙨𝙝.

𝙅𝙚 𝙩𝙚 𝙡𝙖𝙞𝙨𝙨𝙚𝙧𝙖𝙞 𝙙𝙚𝙨 𝙢𝙤𝙩𝙨 - 𝙋𝙖𝙩𝙧𝙞𝙘𝙠 𝙒𝙖𝙩𝙨𝙤𝙣.

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"Bom dia... Meu amor." A voz sonolenta de Tom me despertava. Seus braços se rodeavam por minha cintura me trazendo para um abraço.
Seu rosto descansou em meu pescoço e um sorriso se formou em meu rosto ao sentir seus beijos por minha pele.

"Pronta para sair?" Perguntou ele, virando meu rosto para que eu pudesse lhe encarar.

"Bom dia." Sorri assim recebendo selinhos em meus lábios.

"Ansiosa?"

"Talvez." Ironizei o fazendo revirar os olhos e voltar a me abraçar com força, me virando para ficar em cima dele.

"Sabe que hoje vai ser incrível." Tom falou me encarando, com as mãos na minha cintura.

"Eu estando com vocês, vai ser sim." Voltei a deitar por cima dele. "Cadê o Bill?"

Não tive respostas, além de um suspiro fundo de decepção.

Me levantei;
"O que está acontecendo com ele, Tom?"

"Olha, meu amor. Isso temos que conversar com ele. Você tem que conversar com ele." O mesmo acariciava meu rosto.

"Não acha que ele quer desistir, acha?" Perguntei cabisbaixa.

"Não... Não posso responder nada por ele." Ele deu de ombros. "Mas você sabe que nós lhe amamos. Ele não ia desistir por nada. Vocês precisam de uma conversa."

"Eu sei." Meus dedos brincavam em seu peitoral enquanto eu pensava sobre o que eu iria conversar com ele. O que Bill estava pensando.

"Mas agora" Tom se levantou repentinamente comigo em seus braços, me fazendo se segurar no mesmo. "Vamos a praia!" Ri junto com ele enquanto ele me colocava no chão.

"Já escolheu com que roupa Jonah e Bia vão?" Tom perguntou me fazendo assentir com a cabeça.

"A Bia vai com esse biquíni que Georg comprou para ela. " falei tirando as roupinhas deles do guarda roupa. "E o Jonah vai com essa blusinha que Gustav comprou." Tirei a blusa de banho e mostrei a Tom, o fazendo rir.

"Acho que eles tem um bom gosto com criança." O mesmo falou vestindo sua blusa. "Melhor do que para eles mesmos."

"Para com isso!" Ri colocando as roupas em uma bolsa, junto com mais algumas coisas que talvez os bebês iriam precisar.

Depois disso, nos arrumamos e fizemos as bolsas juntos, riamos e conversávamos sobre várias idiotices.
Como eu tinha saudade disso, por mais que não acontecesse toda hora, eu tinha saudade de estar tão bem com Tom.
Em pensar que há um ano eu estava com uma tremenda indecisão se tinha ódio ou se tinha síndrome de Estocolmo por ele.
Descemos as escadas e eu coloquei as bolsas no sofá, logo voltando a subir enquanto Tom preparava o café da manhã na cozinha.

Abri a porta do quarto e peguei Jonah, que já estava acordado olhando para o teto enquanto brincava com seus próprios dedos.
"Oi meu amor" O peguei nos braços e fui até o berço de Bia.
Ela dormia profundamente, feito um anjinho.

Fiquei a encarar a minha filha e de repente aquele sonho veio em minha cabeça.
O sonho que tive com Alam.
Ele disse que ela seria igual a ele... Mas tem como uma coisinha linda e sorridente como essa se parecer com um monstro daquele? Não.
Ela não vai ser igual o meu irmão, até por quê, não vou deixar. Qualquer memória ou lembrança que eu tiver do Alam, vou esconder deles dois.
Vou esconder que eles tiveram um tio que foi o motivo de eu quase ter morrido. É o melhor a se fazer.

𝐴 𝑝𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑟𝑚𝑎𝑜𝑠 𝐾𝑎𝑢𝑙𝑖𝑡𝑧. Onde histórias criam vida. Descubra agora