𝐶𝑎𝑝. 𝑋𝐼 - "𝐵𝑎𝑔𝑢𝑛ç𝑎."

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𝓣𝓸𝓶 𝓚𝓪𝓾𝓵𝓲𝓽𝔃 . . .

Respirei fundo ao sentir o álcool percorrer o ferimento que Beatricce havia feito em mim.

Bill se sentou ao meu lado, enquanto eu enfaixava o local, completando o estancamento.

"Não devia ter feito aquilo." Bill falou, de cabeça baixa.

"Como?" Perguntei.

"A Beatricce, Tom. Ela não merecia aquilo." O mesmo falava sem ao menos olhar nos meus olhos.

"Se for defender ela, olhe nos meus olhos para fazer isso." Falei o encarando. "Me desafia por ela, se você não quer ver ela sofrer."

"Ela não merece." O mesmo se revoltou, mirando seu olhar de remorso em mim.

"Quem disse que não?!" Me alterei, falando em um tom mais alto.

"Você a esfaqueou!" Ele tentava justificar.

"E o que importa?!" Meus punhos estavam cerrados, e a raiva pelo meu irmão estava se alimentando novamente, por causa da Beatricce.

"Ela tá sangrando! Gustav teve que ir lá para estancar o sangue!" Ele se levantava, apontando para a porta do quarto dela, como se fosse óbvio.

"E o que importa?! Ela é uma pessoa normal Bill! Normal!" Eu gritava, também me levantando e o empurrando. "Ela é uma pessoa normal, por isso eu posso matar ela ou torturar-la quando eu quiser! Essa garota, ela não tem nada de especial!!" Meus gritos ecoavam pela sala, e eu esperava só escutar o silêncio, mas meu irmão finalmente teve coragem de me responder em uma briga.

"Ela não é! Sabe por quê?! Por quê você ainda a deixou viva! Mesmo ela sendo a irmã do nosso maior inimigo Tom! E você não a matou até agora!" Ele gritava verdades também vindo para cima de mim. "Ela também te deixou encantado! Admite! Mas você quer a fazer sentir dor, por quê a dor dela é parecida com a sua! E você não aceita isso!" Ele gritou mais alto no final, me fazendo o empurrar de novo e ir até a porta.

"Onde vai?" Ele perguntava se acalmando, e ficando sem respostas, pois se eu fosse responder ele, ia acontecer de novo. Eu ia fazer o que eu sempre fazia com meu irmão nas nossas brigas.

Fechei a porta em um impulso de raiva, e sai em direção ao carro.
Dei a partida e a luz do luar refletia no espelho do carro, junto com o vento que vinha das árvores da floresta.
Concentrei os olhos na estrada e parti em direção a cidade, na maior velocidade possível.
Os aceleradores eram onde eu descontava a raiva, correndo a toda velocidade, para depositar e esquecer meus problemas, coisa que dessa vez, não adiantaria. Eu tô vivendo com a minha refém, e isso tá me deixando louco.

O sorriso dela estava me deixando tão cativado, que isso me assustava. E o pico de tudo, foi quando íamos ter relações, íamos ficar no quarto dela, quando a tentação foi tão grande. A pele macia dela, me dava vontade de tocar-la cada vez mais.
Seus lábios eram viciantes, e o beijo daquela garota, era a pior droga que eu poderia ter tomado, pois o quanto mais íamos longe, mais esse beijo me deixava louco, seu toque, suas mãos passando pelo meu pescoço.

Merda Beatricce!

Piso o pé no acelerador.
Pensar isso, só me dá mais raiva, pois eu caí naquela tentação, as minhas reféns, eu só trato como cadelas, e as mato no final. Elas me dão ânsia.
O choro, os gritos, a arrogância por dinheiro, e pela vida.

Mas, por algum motivo, as lágrimas dela me faziam sentir um aperto no coração.
Mas eu sou o Tom Kaulitz, não tenho receio de torturar e nem matar, por quê a Beatricce me faria sentir isso?
Assassinatos, briga de cassinos, desaparecimentos, sou eu! Por quê merdas ela me faz ficar assim?
Como karalho ela tem coragem de me atingir desse jeito?

Toquei no ferimento na minha barriga, ainda de olho na estrada, pensando em tudo.
Como ela tem coragem de fazer isso, se olhar nos meus olhos lhe dá medo?
Eu sei que ela resiste a tanta coisa, ela me desafia, ela me xinga sem medo de ser morta, ela cuspiu na minha cara, e ninguém nunca teve esse atrevimento.

Por quê pensar tanto nela?
Merda. Ela tá me deixando louco, me fazendo pensar em uma refém insignificante.
Amanhã vou deixar-la agonizar-se no chão, por tentar ser mais do que eu, por tentar me desafiar, por ter essa coragem, por não sair da minha cabeça.
Quero ver sua reação.

 Quero ver sua reação

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215 km/h.

Cheguei a velocidade apropriada, e ultrapassei todos os carros possíveis para poder ficar na frente de todos, sozinho na rua, com tempo para pensar enquanto dirigia, sem interrupções.
Parei o carro no galpão da família, e sai de lá, ficando sozinho naquele local enorme.
Coloquei as mãos na cabeça, agoniado, sem tempo para pensar, sem ter o que pensar, que karalho eu ia fazer?
Não vou matar a Beatricce. Não devo. Ela é... Diferente.

Não queria admitir, mas ela tem um traço de diferença das outras pessoas de sua idade.
Como eu, ela não parece ter passado por coisas felizes na infância, e com isso, amadureceu sozinha.

Me sentei no chão de cabeça baixa para processar. Eu estava sendo derrotado por uma garota?
Não. Derrotado não.
Sendo convencido a deixar ela viva, sem ao menos ela implorar.

Suspirei fundo.

Ela tá me deixando tão confuso.
Que porra é essa, Kaulitz?
Amanhã eu vou resolver isso, frente a frente com a garota.
Irei analisar suas atitudes, tudo, para ver o que ela tem de tão diferente para ter entrado assim na minha mente.

Senti meu celular vibrar várias vezes, até ver a notificação de Bill.

Dei um soco na parede com toda a minha força, com a raiva decorrendo por minhas veias

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Dei um soco na parede com toda a minha força, com a raiva decorrendo por minhas veias. Ela de novo.
Corri até o carro e dei a partida, indo o mais rápido possível pela pista, desviando todos os carros.

Adentrei a floresta e deixei o carro longe da casa, sacando minha arma e dando passos devagar até o local, tentando não fazer barulho. Podiam ter vindo atrás de Beatricce.

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Lembrem da ⭐!!

Oieee de novo amores, hj o EP não foi tudo isso, mas é por quê eu tava sem criatividade🥺
Vamo ver o que vem por aiiiieeee!

𝐴 𝑝𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑖𝑟𝑚𝑎𝑜𝑠 𝐾𝑎𝑢𝑙𝑖𝑡𝑧. Onde histórias criam vida. Descubra agora