Capítulo 28

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Pov. SN

Nunca imaginei que me apaixonaria por uma mulher, mas aqui estou eu, apaixonada por ela. A única mulher que consegue me deixar mais aérea do que eu já sou. Ela é perfeita com suas imperfeições, com seu ciúme bobo, tudo! Ela cuida de mim como eu jamais sonhei que alguém pudesse cuidar, suas preocupações, seus carinhos. Uma mulher especial, a mulher dos meus sonhos e futuramente espero que seja a mulher da minha vida.

-Eiii... - Lana me chamou, fazendo com que eu despertasse de meus pensamentos sobre a mesma. Estávamos deitadas na cama, sentindo o corpo uma da outra, eu conseguia ouvir seu coração bater aceleradamente, sentir sua respiração, tudo perfeito como sempre é quando estou com ela. Suas mãos faziam massagem em meus cabelos, lentamente, tornando cada vez melhor aquele momento.

-Oi, meu amor - Falei subindo a cabeça para olhá-la.

-Não sei você, mas estou morrendo de fome! - ela disse, me fazendo rir em seguida.

-Achei que ia falar algo fofo agora! - falava em meio a risos.

-Desculpa te desapontar... Tá vendo? É a fome que está me deixando assim, sem criatividade para frases românticas no momento.

-Sei... Mas eu também estou com fome!

-Vamos descer e você me ajuda a preparar algo. Comida nessa casa é o que não falta.

-Claro! Mas já aviso que sou péssima na cozinha, vou realmente apenas te auxiliar.

-Tudo bem, meu amor... Você ficando comigo é o que importa! - Ela disse me fazendo sorrir e depois beija-lá.

-Hummm viu só... - Ela falou interrompendo o beijo.

-O que? - perguntei confusa

-Mesmo com fome, minha mente trabalhou bem para essa frase! Consegui até um beijo! - Ela falou, fazendo com que caíssemos na gargalhada.

-Boba! - Dei um tapinha em seu braço - Vamos logo, estou morrendo de fome! - Disse já me levantando da cama, junto de Lana.

Depois de algumas horas nos amando de todas as formas possíveis, Lana e eu descemos para preparar algo para comermos. Colocamos o roupão e fomos para a cozinha. Ela decidiu que queria fazer uma macarronada que havia aprendido com uma de suas babás. Não questionei, apenas ajudei no preparo, pegava os ingredientes enquanto ela ia fazendo. Me explicando cada passo, como uma ótima professora, e minutos depois, estava pronta a macarronada para podermos devorá-la.

Após termos comido, estávamos como duas bobas apaixonadas, trocando carinho no sofá. Eu estava sentada em seu colo, com um de meus braços em volta de seu ombro, deixando livre a aproximação da boca de Lana, que já estava fazendo um ótimo trabalho, me proporcionando o melhor beijo da minha vida. Não que os outros não tenham sido bons, muito pelo contrário, foram ótimos. É que se tratando de Lana, tudo fica melhor!

-Já falei o quanto você fica gostosa de roupão? - sorri contra sua boca ao ouvir as declarações que Lana fazia no meio do beijo.

-Não... - Sussurrei próximo a sua boca - É bom saber disso, mas acho... - Soltei o laço do roupão, deixando ele aberto - Que eu fico mais gostosa sem ele... Não acha? - mordi seu lábio.

-Com certeza... Muito! - Lana falou já partindo para o ataque.

Enquanto uma de suas mãos subiam em direção ao meio das minhas pernas, sua boca beijava meu pescoço lentamente. Distribuindo várias mordidas me deixando ainda mais excitada.

Em seguida a campainha toca!

"Que saco!" - pensei já frustrada e brava com a pessoa que estragou nosso momento.

Levantei do colo da Lana e ajeitei o roupão, amarrando novamente.

-Quem será que é o infeliz que atrapalhou... - Ela disse indo em direção a porta, ajeitando seu roupão.

Sentei novamente no sofá, acompanhando Lana abrindo a porta. Não conseguia ver quem era pelo ângulo que eu estava, mas a cara da Lana não me dizia ser uma visita boa.

-Jack? - Ela falou fazendo com que eu saltasse do sofá.

Assim que ela falou, ele entrou na casa sem autorização, mas nem notou minha presença.

-Não te convidei para entrar, Jack! - Ela disse fechando a porta e em seguida encarando o mesmo que estava de braços cruzados encarando ela.

-Essa casa é minha também...

-Era sua, no passado! Não é mais! Não depois de tudo que me fez passar...

-Me perdoa meu amor, isso foi uma fase ruim... -Ele se ajoelhou - Juro que nunca mais farei isso novamente, eu te amo tanto. Não amo ela, nem ela me ama, isso foi um erro! Assumirei minhas responsabilidades com o filho que teremos, mas não quero ficar com ela.

-Para com esse drama Jack! - Ela se afastou - Levanta desse chão! Para com isso, eu não te amo mais, eu estou com outra pessoa agora e estou muito bem assim. Na verdade, eu estou ótima com essa pessoa. Voltar com você seria uma grande burrice minha! - Ela falou, fazendo com que ele levantasse raivoso.

-Quem é ele? Quem é Lana? - Ele gritava cada vez mais. Lana não se abalou em nenhum momento, sua postura era firme e fria.

-Não é ele, é ela! - Ela falou sorrindo para mim. Jack acompanhou seu olhar, até que parou sobre mim. Sua expressão facial mudou de um homem com raiva, para um desacreditado no que via. Parecia até que ele tinha visto um fantasma.

-Vo...Vo...V - você? - Ele mal conseguia falar.

-Sim. - Respondi firme - Surpreso?

-Então é você?! - Ele gritou, vindo em minha direção como um touro. Ele se aproximou de mim e segurou meu braço com força - Você é uma vadiazinha aproveitadora! Foi por esse projeto de prostituta que você me trocou, Lana? - Ele disse, me deixando com ódio nos olhos. Não pensei duas vezes, com uma mão livre dei um tapa na cara dele.

-Me respeita, seu lixo! - disse em seguida, soltando meu braço de suas mãos. Lana entrou em minha frente, separando nós dois.

-Jack, eu juro que se você não sair dessa casa agora, você ganhará muito mais que um tapa! - Ela gritou o empurrando para trás, ele riu cinicamente e se afastou mais.

-Eu vou... Mas isso ainda não acabou... Eu não vou ser trocado por uma prostituta. Se eu não puder te ter Lana, ninguém mais poderá! - Ele ameaçou e em seguida saiu batendo a porta.

Assim que ele bateu a porta, Lana virou para mim, me puxando para um abraço forte.

-Me desculpa meu amor, desculpa te fazer passar por isso! - Ela disse fazendo com que meu ódio sumisse, respirei fundo e a abracei também.

-Tudo bem meu amor, isso não é culpa sua! Ele que é um louco! - disse já mais calma.

Ela me soltou de seus braços e pegou no braço em que Jack havia apertado.

-Você está bem, está doendo? - Ela apontava para a marca vermelha em meu braço.

-Não, está tudo bem, eu estou bem. - disse puxando seu corpo próximo ao meu e a abraçando - Só fica assim... Próxima a mim.

-Eu fico meu amor... Sempre!

Depois dessa cena ridícula protagonizada pelo rei do drama, eu e Lana resolvemos não deixar nosso dia ser estragado por conta dele. Depois de algumas ligações que Lana realizou para a portaria de seu condomínio e a segurança da empresa onde trabalhava, ela ficou mais tranquila, Jack estava proibido de entrar em qualquer um desses lugares, sua ceninha não se repetiria outra vez.

Voltamos novamente para o quarto para continuar a séria conversa que estávamos tendo antes de sermos interrompidas pelo traste. Apesar já termos feito sexo antes de realmente gostarmos uma da outra, aquilo era bom, mas não era nada comparado a conexão que tínhamos agora. Conhecíamos o corpo uma da outra muito bem, conhecíamos os pontos sensíveis de cada uma.

Mesmo o sexo sendo quente e selvagem, por estarmos apaixonadas, tudo parecia diferente. Muito mais gostoso e insaciável do que era antes. Agora ela parecia uma peça importante em meu corpo, a parte essencial, ficar sem ela seria o mesmo que ficar sem uma parte de mim.

Professora e alunaOnde histórias criam vida. Descubra agora