Professora e aluna

Capítulo 42

Pov. Lana

Não estava nada a fim de ir à festa de Henry, mas como já havia aceitado, não tinha como voltar atrás. Olhando para meu guarda-roupa, ri de mim mesma por querer me produzir para ele, deveria me produzir para S/N, não para ele. Então eu estava decidida de que iria vestida simples para essa festa. Coloquei uma calça jeans, um salto simples preto e uma camisa preta, peguei minha jaqueta e saí.

Chegando na casa, um dos empregados me atendeu. Tinha poucos convidados quando cheguei, achei ótimo, ninguém ali me conhecia e eu não precisava ficar forçando sorrisos a ninguém. Comecei a procurar pelo Henry, meu plano era que ele me visse, como uma confirmação de que fui à festa, depois eu iria despistar e ir embora.

-Aceita um vinho, senhorita? - O garçom ofereceu.

-Eu aceito sim - Disse pegando a taça - Obrigada!

Estava observando a festa, mas eu não encontrei Henry em lugar algum. Resolvi dar uma voltinha pelo lugar para ver se o encontrava. Com isso, tirei duas conclusões: a primeira era que lá era uma casa para uma família muito grande, pois pela quantidade de quartos… e a segunda é que Henry não tinha a menor ideia, de que uma festa estava acontecendo porque eu simplesmente não o achava em lugar nenhum.

Quando cheguei no terceiro andar, vi uma sala com vários instrumentos musicais, era lindo, pensei em entrar mas não podia perder tempo naquela festa. Segui para a próxima sala que era de jogos e lá estava ele, jogando.

-Licença - Disse batendo na porta, fazendo sua atenção se voltar para mim - Esqueceu que tem uma festa rolando?

-Oi - Ele disse sorrindo, parecia desacreditado que eu estava lá.

Game over

-Olha só você me fez perder, me deve uma partida. Quero ver o quanto aguenta em um apocalipse zumbi. - Ele dizia divertido.

"Não tem nada de mais jogar... certo?"

Me rendi e vi sobre o que o jogo se tratava, era um apocalipse zumbi, o foco era matar os zumbis que apareciam em seu caminho e continuar vivo, nisso, você tinha umas tarefas para cumprir até o fim do dia.

-Nossa, você é bom! - Disse impressionada, era o segundo dia dele no jogo e ele estava indo muito bem.

-Nada demais, esse jogo é fácil! - Ele se gabava.

Game over

-Vem, sua vez. Vou te dar três chances para ficar mais que dois dias viva. Se me passar, pode ir embora da festa a hora que quiser, caso não consiga, terá que ficar até acabar - Henry me desafiou.

"Aceito, esse jogo não pode ser tão difícil"

-Feito - apertei sua mão, como um desafio aceito.

Para meu azar, o jogo era mais difícil do que eu imaginava, então acabei perdendo a aposta. Henry me deu mais uma chance e quando vimos, estávamos jogando já fazia um tempo. Os garçons traziam bebidas para a gente de hora em hora, estávamos tão distraídos que esquecemos completamente que havia uma festa rolando.

-Nossa, olha a hora que é - Henry disse olhando em seu relógio - A festa deve estar bombando.

-Não vai descer? Seus convidados estão lá! - perguntei.

-Vou, você vem?

-Não, deve ter muita gente, quero ficar quietinha aqui mesmo. Até porque, terei que ficar até o final da festa.

-Isso mesmo, aposta é aposta! - Ele se aproximou de mim, estávamos sentados em um sofá, próximos.

-Hum... - me distanciei - Onde tem um banheiro?

-Nesse andar, só na suíte! É na próxima sala. - Ele disse se levantando. - Bom... Eu vou descer e ser um bom anfitrião, já já eu subo - Henry falou, me deixando sozinha em seguida.

Como eu estava muito apertada por conta das três cervejas que bebi, corri até a suíte. Era muito bonita, mas meu foco era não molhar as calças então fui às pressas ao banheiro e realizei minhas necessidades. Assim que saí, vi aquela cama confortável e me joguei na mesma, fitando o teto.

Meus pensamentos eram tomados por apenas uma pessoa... S/N, estava me sentindo mal de ter mentido para ela, ter evitado suas ligações.

"Como eu sou burra! Estou só piorando tudo, serei sincera com ela... É, ela vai me perdoar, ela me ama e quem ama perdoa certo?"

-Te encontrei... - Henry disse entrando na suíte, imediatamente saí da cama.

-Olha, sei que perdi a aposta, mas não estou me sentindo bem, vou embora...

-Qual é... Aposta é a aposta! - Ele reclamava, ficando frente a frente comigo

-Não tô me sentindo muito bem... Desculpa, mas preciso ir! - Disse já de saída em direção a porta.
Henry me impede, segurando meu braço e me puxando para próximo de seu corpo, me beijando.

-Qual é Lana... - Ele beijava meu pescoço, sei que você quer.

Suas mãos subiam da minha cintura para dentro de minha blusa, o tesão parecia falar mais alto, Henry parecia conhecer meu ponto fraco, o que me fez ficar em um campo minado. Já sem minha blusa, e tendo minha boca domada pelo mesmo. Senti seu corpo me guiando para a cama, onde ele me deitou e subiu em cima de mim.

"O que você está fazendo, Lana?" - Meus pensamentos me fizeram despertar e me alertar sobre a burrice que eu estava fazendo.

-Não... Chega! - Disse o empurrando para que saísse de cima de mim.

-Lana, vem... Sua amiguinha não vai nos atrapalhar hoje...

-O que? Que amiguinha?

-A S/N, ela está aqui com o Charlie, os dois estão se divertindo, só falta a gente - Suas mãos subiam pelas minhas pernas.

-Não Henry! - Saí da cama - Eu não deveria, é errado. Arruma outra pessoa, essa festa deve estar cheia de mulheres - Disse já pegando minha blusa e a vestindo novamente.

-Lana... Espera, errado porquê? - Ele falava enquanto eu me retirava do quarto.

Deixei Henry falando sozinho e saí a procura de S/N, desci para o segundo andar procurando ela em cada quarto e nada, quando ia descer as escadas para o térreo vi Charlie descendo.

-Ei... Charlie! - O chamei.

-Vocês são rápidos, já transaram?

-O que? Do que você está falando?

-Você e o Henry - Ele disse se sentando nos degraus - Pelo menos você está se divertindo, já eu...

-Para de ser dramático... Viu a S/N?

-Vi, eu a trouxe para cá, mas a ingrata nem um beijo quis me dar - Charlie falava indiferente, senti vontade de esganar ele, tenho certeza de que ele deu em cima dela.

Ele estava tão bêbado que só perderia meu tempo discutindo com ele.

-Cadê ela?

-Está lá em cima.

Subi às pressas para o terceiro andar e lá estava ela, com a mão na maçaneta prestes abrir a porta da suíte.

-S/N!