Capítulo 7

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Pov. Lana

-Eu fico! - S/N respondeu ao Jack. Fiquei completamente surpresa, o pior é que eu não sabia como reagir em uma situação dessa, estava tratando S/N com frieza como se não a conhecesse, mas não era intencional e sim um sistema de segurança dentro de mim.

"Ela deve estar me odiando agora" - Pensava enquanto sentávamos na mesa.

A mesa era quadrada, tendo oito lugares, sentei com Jack de um lado e S/N sentou-se de frente para nós. O café já estava sobre a mesa, então começamos a nos servir em um completo silêncio, oque me deixava aflita.

-Então, S/N... - Onde conheceu a Lana? - Perguntou Jack.

-Bom, faço faculdade de arquitetura, já estou no meu segundo ano de faculdade. — S/N respondeu mentindo - Conheci Lana na faculdade, ano passado, mas não falava muito com ela, apenas o necessário. No final do ano passado um amigo em comum nos apresentou, e começamos a conversar mais e sair juntas - S/N falava tomando seu suco, e sorrindo como se aquilo realmente fosse verdade.

"Por essa eu não esperava! Boa S/N!" - Pensei, bebendo meu suco o mais rápido possível.

-Entendi. Confesso que fiquei surpreso quando ela me falou que você dormiu aqui. Nada contra você, é que Lana sempre foi muito reservada com todos seus amigos, tanto que eu só conhecia o Ezra. - Jack falava sem parar.

Não prestei muita atenção, apenas ficava focada em S/N, e em como ela estava linda com minha roupa. O cabelo longo e ondulado caindo sobre seus seios, linda!

"Nossa... Como eu queria comer ela de café da
manhã! Deitar ela nessa mesa e…"

-Experimentar cada pedacinho né amor - Jack falou me tirando de meus pensamentos.

-O quê? - Perguntei confusa.

-Eu tô falando para S/N, sobre o nosso bolo de casamento. Ele era bem exótico, cada camada dele tinha um sabor diferente. Lana me fez experimentar cada pedaço. - Ele continuava falando para S/N, que fingia curiosidade.

-Serio? Que legal! Aposto que foi o casamento do ano! - S/N falou com tom de ironia.

-Foi mesmo S/N, uma pena que não nos conhecíamos antes... Desculpe a pergunta, mas quantos anos você tem?

-23. - S/N respondeu bebendo o suco de uma vez só.

-Sério? Você parece ser bem mais nova! - Jack retrucou, sem dar muita atenção.

-Todos dizem isso, que loucura né? - S/N respondeu se levantando da mesa. - Bom Jack, foi um prazer te conhecer, mas eu realmente preciso ir, estou super atrasada para um compromisso.

Jack se levantou, e eu me levantei em seguida, acompanhamos S/N até a porta.

-Foi um prazer conhecer você S/N! - Disse Jack dando um abraço em S/N, que ficou totalmente sem graça.

-Ah... O prazer foi meu! — S/N disse se soltando do abraço e vindo até mim.

-Até mais tarde S/N - Falei sorrindo e a abraçando. Foi bom abraçar ela novamente. Acredito que isso não acontecerá tão cedo depois desse dia.

-Até... Amiga! — S/N respondeu se soltando do abraço e saindo.

Pov. S/N

Saí da casa de Lana arrasada, não só pela maneira que ela tinha me tratado, mas também porque menti para seu marido, ele parecia ser uma ótima pessoa, oque me deixou com mais remorso por ter transado com sua esposa.

"Nunca mais farei isso novamente! Lana que procure uma amante se quiser, mas não vou me submeter a isso novamente."

Continuei seguindo a pé pelo condomínio de Lana, porque a inteligente aqui esqueceu de pedir um táxi. Estava tão preocupada com tudo que estava acontecendo que me esqueci completamente. Passo a frente e vejo um carro se aproximar de mim.

-Licença, senhorita? - diz um homem com a cabeça para fora do carro.

-Sim? — respondo parando perto da porta do motorista.

O senhor Jack me pediu para que eu lhe deixasse em casa, sou o motorista particular dele.

-Não precisa, já estou indo até a portaria, eu chamo um táxi. Agradeça-lhe por mim. — falei continuando a caminhar.

-Moça, eu posso te levar sem problemas, sou um ótimo motorista. — ele falava com o carro em movimento ao meu lado.

-Aposto que sim, mas não precisa! - continuei andando.

-Sabe que a portaria fica longe né? — ele falava tentando me convencer. Olhei para meus saltos, já imaginando a dor que teria em meus pés quando concluísse a caminhada.

Desisti de negar a carona e entrei no carro, informei para o Rodrigo, o motorista, onde morava e então partimos.

A viagem inteira foi completamente calada, mas em compensação meus pensamentos eram muitos. Chegando em frente a minha casa, desço do carro e me despeço de Rodrigo. Entro e vou direto para meu quarto.

Pego meu celular que havia deixado carregando antes de sair com Will ontem, e vejo se tem alguma ligação perdida ou mensagem. Havia muitas ligações perdidas da minha mãe, mas resolvi não retornar, pois, provavelmente discutiríamos por telefone e isso não era uma boa no momento. Apenas joguei o celular para o lado e me deitei na cama, fitando o teto e pensando.

"Porque Lana me tratou daquela maneira? Com certeza ela deveria estar carente, e iludiu a trouxa aqui... Nossa como pude ser tão... Tão... Idiota!"

Professora e alunaOnde histórias criam vida. Descubra agora