Capítulo 49

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Pov. S/N

Sai correndo da casa de Lana, não deveria ter entrado, não deveria ter transado com ela. Eu não a perdoei e me sinto mal por fazê-la pensar que sim. Não voltei para empresa depois da casa de Lana, fui diretamente para minha casa mesmo. Quando cheguei na mesma, vi várias ligações perdidas de Will, tudo aconteceu tão rápido que eu esqueci de contar para a única pessoa que realmente quis me alertar.

Chorei por horas conversando com Will ao telefone, ele realmente me entendia e não me julgava. Ele não me disse aquela típica frase "Eu te disse", muito pelo contrário, ele me apoiou em minhas decisões, me ouviu chorar, me consolou, e agora vai me ajudar a seguir.

Como disse, eu seguiria com minha vida normalmente, então fui para a faculdade. Tudo estava tão estranho, minha vida sofreu tantos altos e baixos que eu não sabia o que esperar de um dia realmente bom. Não vi Chris, muito menos Lana, queria conversar com o Chris pois tudo o que aconteceu foi uma loucura, não o queria ter como amigo mas naquela altura do campeonato, inimigos não seria uma boa também.

Sem ter Lana em minha mente eu me concentrei mais nas aulas, esse primeiro período seria cheio de trabalhos, e pelo preço da mensalidade, não estaria nem em opção ficar de DP em alguma matéria, por isso o foco era o meu estudo e meu trabalho.

***

As semanas passaram voando, Vanessa e eu ficamos mais próximas. Eu pedi desculpas por conta da situação que Lana causou e a mesma pediu para eu esquecer. Não tinha muito tempo, mas em todos os almoços dessa semana ela estava. Era bom ter uma nova amiga, não via muito a Lana na empresa, éramos de departamentos diferentes, por isso era quase zero contato. Achei bom essa distância, ela estava dando o tempo que eu queria, isso me ajudava a pensar.

Charlie, um caso sério. Após segunda-feira, a única coisa que ele sabia era pedir perdão. Ele manda mil flores diariamente para a minha casa, como se isso fosse mudar de repente o que ele fez. Dessa vez, não foram as palavras que me machucaram, mas sim seu toque. Só pensar em chegar perto dele novamente já me causava arrepios.

Tomara que ele aprenda que ele não é dono de ninguém, ele não pode beijar ninguém a força ou qualquer outra coisa do tipo. Minha mãe não tentou me procurar também, achei ótimo assim, não queria ver ela. Minha vida estava começando a voltar aos trilhos e justamente porque todos que me fizeram mal estavam distantes. Espero que continue assim.

*****

-S/N… - Ouvia uma voz bem longe me chamando. Junto aquela voz, senti meu rosto ser acariciado - S/N dorminhoca... Acorda! - reconheci a voz de Vanessa.

E lá estava ela sentada ao meu lado na cama, "Mas espera... O que ela está fazendo na minha casa?" - pensei despertando completamente.

-O que está fazendo aqui? - Falei sentando na cama e encarando a mesma que olhava indiscretamente para o meu sutiã. Sim, eu estava somente de calcinha e sutiã, mas a outra parte estava coberta com o lençol.

-Você fica linda dormindo, sabia? - ela sorria.

-Não, não sabia. Dá para responder minha pergunta? - Disse já estressada, éramos amigas, mas não a esse ponto.

-liih S/N, se acalma tá! Vim te buscar para irmos à cachoeira. - ela disse animada.

-Eu não acredito - olhei no relógio - Não tô acreditando que você me acordou às 7:00hs da manhã, para irmos à cachoeira - disse bufando de raiva e me deitando de novo.

-Precisamos ir cedo para aproveitarmos, a praia é longe daqui!

-Não - Reclamei me escondendo debaixo do lençol.

Professora e alunaOnde histórias criam vida. Descubra agora